A venda dos aviões C-390 da Embraer (EMBR3) para a Suécia reforça a visão positiva para a empresa dos analistas, que recomendam compra para a ação. Casa mais otimista, o BTG Pactual estima que o papel pode subir cerca de 25,56% nos próximos 12 meses. Os mais pessimistas são os analistas do Itaú BBA, que estimam alta de 14,88% para o fim de 2025.
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Segundo informações do Broadcast, Brasil e Suécia assinaram hoje uma carta de intenções para promover um negócio casado no qual a FAB comprará mais caças Saab Gripen, enquanto o país nórdico irá adquirir aviões de transporte tático Embraer C-390. O acordo foi fechado na visita do ministro de Defesa sueco, Pal Jonson, a Natal. A proposta sueca para a Embraer que está na mesa prevê um aumento na frota brasileira do caça sueco nos 25% permitidos. Em valores atuais, isso daria algo como R$ 4 bilhões a mais, a serem amortizados em 25 anos, mas com desembolsos anuais prévios.
Na visão dos especialistas do BTG, as vendas da Embraer com o C390 Millennium impulsionaram os negócios do Ministério da Defesa. Eles lembram que os negócios da companhia se intensificaram nos últimos meses, e que não foi somente o acordo com a Suécia que mostrou que a empresa está em uma boa fase, mas sim com todos os outros países.
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Os analistas pontuam que a companhia já havia assinado contrato com a República Tcheca, África do Sul, Holanda, Paraguai e agora com a Suécia. “O acordo com o país nórdico marca a primeira compra do C-390 por um país no norte da Europa, o que é muito positivo para a empresa. A Suécia é a sexta nação europeia a escolher a aeronave, com Áustria, República Tcheca, Hungria, Holanda e Portugal”, apontam Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, que assinam o relatório do BTG.
Quais foram os destaques do balanço da Embraer (EMBR3)?
Os analistas comentam que a empresa reportou um bom resultado no terceiro trimestre de 2024. A Embraer registrou lucro líquido ajustado de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre de 2024, alta de 618% na comparação com os R$ 167,1 milhões reportados no mesmo período do ano passado.
“Com esse bom resultado e mesmo após um rali de 103% em 1 ano, vemos que a ação está sendo negociada a com um desconto de 31% em relação aos pares, o que faz com que elevamos nosso preço-alvo da American Depositary Receipts (ADR) de US$ 39 para US$ 47 para os próximos 12 meses”, explicam Lucas Marquiori e Fernanda Recchia.
Desse modo, o BTG recomenda compra para as ações da Embraer com preço-alvo de US$ 47 para a ADR negociada em Nova York, potencial alta de 25,56% na comparação com o fechamento de sexta-feira (8), quando a ação era cotada a US$ 37,43. O Itaú BBA tem uma recomendação similar, de outperform, que é equivalente à compra. Os analistas calculam um preço-alvo de US$ 43 para o fim de 2025, alta de 14,88% em relação ao fechamento de sexta-feira.
“A Embraer relatou resultados consistentes no terceiro trimestre de 2024, com surpresas positivas no crescimento da receita e lucratividade. Acolhemos os resultados deste trimestre, mantendo nossa classificação de outperform e mantemos a companhia como uma das nossas preferidas do setor” explicam Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Pedro Tineo, que assinam o relatório do Itaú BBA.
As receitas da Embraer totalizaram R$ 9,4 bilhões entre julho e setembro, com aumento de quase 50% ano contra ano. No release de resultados, a Embraer ressalta as receitas da Aviação Executiva e Defesa & Segurança, com crescimento superior a 85% no comparativo ano a ano, cada uma.
Quais foram as melhoras no balanço da Embraer?
O Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) ajustado da produtora de jatos somou R$ 1,976 bilhão entre julho e setembro de 2024. Com isso, o resultado mais que dobrou em relação aos R$ 736,7 milhões registrados no mesmo intervalo de 2023. A margem Ebitda ajustada subiu de 11,7% para 21,1%.
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Segundo os analistas do Goldman Sachs, todos esses números foram sólidos com receita e Ebitda à frente do consenso. A perspectiva para 2024 foi atualizada para certos itens com receita inalterada e Fluxo de Caixa Livre (FCL) aumentado.
“A Embraer tem uma posição dominante no mercado de jatos regionais, onde a demanda permanece forte, uma boa posição no mercado de jatos executivos, onde a oferta e demanda permanece apertada, e melhorando as margens e o fluxo de caixa”, dizem Noah Poponak, Anthony Valentini, Nicholas Walker e Connor Dessert, que assinam o relatório do Goldman Sachs.
Em meio ao otimismo, o Goldman Sachs elevou seu preço-alvo da ADR de US$ 42 para US$ 44 para os próximos 12 meses. O novo valor estipulado equivale a uma potencial alta de 17,55% em relação ao fechamento de sexta-feira (8), quando a ADR encerrou o pregão em Nova York a US$ 37,43. O banco recomenda compra para a Embraer (EMBR3) por acreditar que o ativo está sendo negociado a múltiplos atrativos.
(Com informações do Broadcast)