Mercado

Expectativa de auxílio-desemprego nos EUA derruba bolsas mundiais

Investidores mudam o foco : danos econômicos causados do coronavírus

Expectativa de auxílio-desemprego nos EUA derruba bolsas mundiais
Foto: Renato Cerqueira/Futura Press
  • Senado americano aprova pacote fiscal de cerca de US$ 2 trilhões
  • No Brasil, a Câmara pode votar hoje um auxílio emergencial para os trabalhadores informais

A forte alta vista nos dois últimos pregões nos mercados internacionais deve ser substituída nesta quinta-feira por um dia de ganhos para o investidor. O movimento de pressão por retornos na Bolsa, porém, deve puxar o Ibovespa para baixo. Na quarta-feira (25), a bolsa brasileira registrou alta de 7,50% aos 74.955 pontos, com valorização de de 17,91% nos dois últimos dias.

Após a aprovação do pacote fiscal de cerca de US$ 2 trilhões pelo Senado americano nesta madrugada, o texto agora segue para a Câmara e tem votação prevista para esta sexta-feira (27). Com isso, os investidores mudam o foco e dão atenção a outro fator: os danos econômicos causados pelo coronavírus.

Entra no radar a pesquisa semanal dos EUA sobre pedidos de auxílio-desemprego, com expectativa de aumento expressivo, que será divulgada na manhã desta quinta. A agenda do dia ainda terá a última prévia do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA do quarto trimestre de 2019.

Às 7h19, horário de Brasília, os índices futuros de Nova York operavam em baixa. O Dow Jones caía 1,06%, o S&P 500 baixava 1,46% e o Nasdaq recuava 1,29%.

As bolsas asiáticas registraram perdas após o fechamento, com o índice de Tóquio liderando os números com um tombo de 4,51%. Em Xangai, houve baixa de 0,6%, e, em Hong Kong, queda de 0,74%. Indicadores fracos de Alemanha e Reino Unido também contribuem para a abertura mais negativa na Europa. Às 7h35, a bolsa de Londres perdia 1,53%, a de Frankfurt desvalorizava 1,78% e a de Paris cedia 1,44%.

Cenário doméstico

No Brasil, a Câmara pode votar hoje um auxílio emergencial para os trabalhadores informais e pessoas com deficiência, o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O País registra 57 mortes e 2.433 casos de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Às 9h, o Banco Central divulga o IBC-Br, índice de atividade econômica do BC, de janeiro. Contudo, os números trazem uma visão anterior à crise causada pelo coronavírus, não incorporando os impactos da doença e trazendo uma leitura atrasada. As 24 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast projetam de estabilidade (0%) a alta de 0,60% para o IBC-Br na margem, com mediana de 0,39%.

Empresas em destaque

A Petrobras anunciou em fato relevante o adiamento do pagamento de R$ 1,7 bilhão de dividendos por causa do coronavírus. A remuneração aos acionistas passa do dia 20 de maio para 15 de dezembro. Além disso, a petroleira adiou a Assembleia Geral Ordinária (AGO) do dia 22 para 27 de abril.

O dia também tem a divulgação de diversos balanços corporativos. Via Varejo, Oi, Embraer, Hapvida e Copel publicaram os números do quarto trimestre de 2019.

A Lojas Renner informou que não demitirá colaboradores sem justa causa por tempo indeterminado. A iniciativa ocorre simultaneamente ao fechamento de todas as lojas físicas da varejista no último dia 20.

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