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Ibovespa hoje: índice renova recorde pelo 2° dia seguido e Braskem (BRKM5) lidera ganhos

Em Nova York, investidores seguem à espera da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed)

Ibovespa hoje: índice renova recorde pelo 2° dia seguido e Braskem (BRKM5) lidera ganhos
O Ibovespa é o principal índice da B3. Foto: Adobe Stock
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  • O Ibovespa hoje terminou a sessão em alta de 0,23%, aos 136.087,41 pontos, com volume negociado de R$ 21,2 bilhões
  • As três ações que mais valorizaram no dia foram Braskem (BRKM5), Klabin (KLBN11) e Petz (PETZ3)
  • As três ações que mais desvalorizaram no dia foram CVC (CVCB3), Assai (ASAI3) e LWSA (LWSA3)

O Ibovespa hoje renovou pelo segundo dia seguido seu recorde histórico de encerramento, alcançando a marca inédita de 136 mil pontos. Após chegar a operar no campo negativo pela manhã, o índice se recuperou ao longo da tarde desta terça-feira (20) e terminou a sessão em alta de 0,23%, aos 136.087,41 pontos. Durante o pregão, oscilou entre máxima a 136.329,80 pontos e mínima a 135.311,69 pontos, com volume negociado de R$ 21,2 bilhões.

Com o desempenho, os ganhos da principal referência da B3 sobem para 1,42% em 2024. Quem observasse o Ibovespa em meados de junho, quando o índice chegou à mínima de 119,1 mil pontos, não acreditaria que ele estaria alcançando máximas históricas agora. Explicamos nesta reportagem o que levou a Bolsa brasileira a ir da “lama” ao recorde de encerramento. Por trás do maior otimismo, estão as apostas por um primeiro corte de juros nos Estados Unidos na reunião do Federal Reserve (Fed) do dia 18 de setembro.

Na segunda-feira (19), quando atingiu seu maior nível de fechamento pela primeira vez, o Ibovespa não estava sozinho. Segundo dados de Einar Rivero, CEO da Elos Ayta, outros dez índices da B3 também atingiram seus picos, refletindo um período de grande otimismo no mercado acionário brasileiro.

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Quem também registrou suas maiores pontuações históricas na data foram: Índice Financeiro (IFNC), Índice de Utilidades Públicas (UTIL), Índice Brasil Amplo (IBRA), Índice Brasil (IBXX), Índice de Governança Corporativa Trade (IGCT), Índice de Ações com Tag Along Diferenciado (ITAG), Índice MidLarge Cap (MLCX), Índice de Blue Chips (IBXL), Índice de Dividendos (IDIV) e Ibovespa Smart Dividendos (IBSD).

“Esses índices representam uma variedade de setores, sugerindo que o movimento de alta foi bastante disseminado entre diferentes segmentos da economia”, afirma Rivero. “No entanto, setores como o de consumo ainda enfrentam dificuldades para recuperar suas máximas históricas”, pondera. O Índice de Consumo (ICON), por exemplo, está 47,13% abaixo do seu recorde registrado em 23 de janeiro de 2020.

Nesta terça-feira, papéis de grandes bancos contribuíram para a renovação de recorde do Ibovespa. Santander (SANB11) puxou o movimento de alta, em valorização de 1,04%, com Itaú (ITUB4) logo atrás, em avanço de 0,73%. Entre as ações de maior peso, Vale (VALE3) também foi bem no pregão, subindo 0,39%. Já a Petrobras (PETR3;PETR4) destoou dos maiores nomes da Bolsa brasileira. Enquanto as ações ordinárias (PETR3) recuaram 0,36%, as preferenciais (PETR4) caíram 0,39%.

Em Nova York, o dia foi negativo para os principais índices acionários. Nasdaq finalizou a sessão em baixa de 0,33%, enquanto Dow Jones e S&P 500 registram perdas de 0,15% e 0,20%, respectivamente. Os investidores aguardam a ata da reunião de julho do Fed, que será divulgada na quarta-feira (21). O discurso do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole na sexta-feira (23), também fica no radar, enquanto o mercado espera novas sinalizações sobre o corte de juros no país.

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O dólar, por sua vez, encerrou em alta de 1,31% a R$ 5,4831 nesta terça-feira. O movimento foi de ajuste técnico, já que o real ainda acumula valorização de 3% em relação à divisa americana no mês de agosto. “A subida da moeda estadunidense hoje também foi resultado da aversão ao risco por parte dos investidores, que aguardam o que o Fed tem a dizer a respeito das perspectivas para as taxas de juros no país”, destaca Felipe Castro, planejador financeiro e sócio da Matriz Capital.

As maiores altas do Ibovespa hoje

As três ações que mais valorizaram no dia foram Braskem (BRKM5), Klabin (KLBN11) e Petz (PETZ3).

Braskem (BRKM5): 3,15%, R$ 17,71

As ações da Braskem (BRKM5) registraram a principal alta do Ibovespa nesta terça-feira, finalizando o pregão em valorização de 3,15% a R$ 17,71. O movimento ocorreu após o Citi elevar a recomendação da empresa para compra/alto risco. A decisão veio após a divulgação dos resultados do segundo trimestre da companhia, que ficaram ligeiramente acima das estimativas do banco.

A BRKM5 está em alta de 0,91% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 18,98%.

Klabin (KLBN11): 3,1%, R$ 21,95

Quem também se saiu bem nesta terça-feira foi a Klabin (KLBN11), que subiu 3,1% a R$ 21,95. Os papéis da companhia foram impulsionados pelo movimento de valorização do dólar, que tende a beneficiar empresas exportadoras.

A KLBN11 está em alta de 0,97% no mês. No ano, acumula uma valorização de 12,74%.

Petz (PETZ3): 3%, R$ 4,81

Outro destaque positivo foi a Petz (PETZ3), que avançou 3% a R$ 4,81. Investidores seguem reagindo positivamente ao anúncio de um acordo de associação com a Cobasi para junção de negócios. Na segunda-feira (19), os papéis chegaram a disparar 23,87%, liderando os ganhos do Ibovespa na sessão.

A PETZ3 está em alta de 37,43% no mês. No ano, acumula uma valorização de 21,77%.

As maiores quedas do Ibovespa hoje

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram CVC (CVCB3), Assai (ASAI3) e LWSA (LWSA3).

CVC (CVCB3): -4,67%, R$ 2,04

Os papéis da CVC (CVCB3) registraram a principal queda do Ibovespa, finalizando a sessão em baixa de 4,67% cotados a R$ 2,04. As ações, que tendem a ser penalizadas por ciclos de aperto monetário, foram pressionadas pela alta nos juros futuros longos nesta terça-feira.

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A CVCB3 está em alta de 12,09% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 41,71%.

Assai (ASAI3): -4,58%, R$ 10,22

Entre as principais quedas do pregão, também estiveram as ações do Assai (ASAI3), que encerraram o dia em baixa de 4,58% a R$ 10,22. Os papéis da rede de supermercados também foram penalizados pelo avanço dos juros futuros longos.

A ASAI3 está em alta de 4,07% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 24,46%.

LWSA (LWSA3): -3,83%, R$ 5,02

Outro destaque negativo do Ibovespa hoje foi a LWSA (LWSA3), antiga Locaweb, que recuou 3,83% a R$ 5,02. “A LWSA3 se desvalorizou devolvendo parte da forte alta registrada na sessão anterior, em um movimento tipicamente técnico, de realização de lucros”, afirma Castro, da Matriz Capital.

A LWSA3 está em alta de 14,09% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 16,47%.

*Com Estadão Conteúdo

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