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Kid Investor: “As pessoas deixam de ter resultados por medo do risco”

Felipe Molero, investidor, empresário e influencer de 13 anos, explica como enxerga o mercado financeiro

Kid Investor: “As pessoas deixam de ter resultados por medo do risco”
Felipe Molero, CEO do Kid Investor, administra a própria carteira de investimentos. (Foto: Legado Jovem)
  • Felipe Molero, mais conhecido como Kid Investor, começou a investir com 10 anos de idade
  • Hoje, aos 13 anos, gere sua própria carteira de ativos
  • Molero tem mais de 700 mil seguidores no Instagram e 130 mil inscritos no Youtube, plataformas em que dá dicas de finanças

O que você fazia quando tinha 13 anos? Felipe Molero, mais conhecido como ‘Kid Investor’, estuda o mercado financeiro e há pelo menos três anos gere a própria carteira de ativos. A paixão pelas finanças é dividida com 730 mil seguidores no Instagram e outros 132 mil no Youtube.

O sucesso aconteceu em pouco tempo. Os conteúdos sobre investimentos começaram apenas em meados de 2020, início da pandemia. Atualmente, o jovem é sócio-fundador de empresa ‘Legado Jovem’, uma comunidade para jovens investidores que oferece materiais sobre marketing, empreendedorismo e investimentos por assinatura.

Molero também está à frente da ‘Dog Produções’, voltada para marketing digital, além da própria marca ‘Kid Investor’. Na Gramado Summit, conferência de inovação, tecnologia e finanças que ocorreu em Gramado (RS), ele palestrou sobre as lições que aprendeu antes dos 13 anos.

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“Como eu fui conhecendo muita gente, eu diria que evolui uns 15 anos nos últimos dois anos”, afirma Molero.

O investidor, empresário e influencer mirim revelou ao E-Investidor que cerca de 70% do seu portfólio atual é dedicado à renda variável. “Gosto bastante de investir em ações. Acho bacana porque estamos falando de empresas, e não existe nada mais gerador de riqueza do que empresas”, diz Molero. “ Eu sou um investidor bastante arrojado.”

Leia a entrevista completa:

E-Investidor – Quais foram as lições que você aprendeu antes dos 13 anos?

Felipe Molero – Eu aprendi bastante coisa, principalmente depois que comecei a produzir conteúdo. Como eu fui conhecendo muita gente, eu diria que evolui uns 15 anos nos últimos dois anos. Aprendi muito com os investimentos e também com os meus negócios.

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A principal lição é: lidar com risco. Vejo que as pessoas têm muito medo de tomar risco, que é algo muito importante. As pessoas deixam de ter resultados por conta desse medo. Então vou falar da importância dele e o porquê de eu acabar tomando bastante risco.

Tem também a parte de críticas. Por eu produzir conteúdo de finanças e ser bem novo, acabo recebendo muita crítica também. Essas críticas podem colocar a gente para baixo, mas são feitas por pessoas que não fazem a mesma coisa que a gente. Até porque um dos pontos que eu vou colocar na palestra é: você nunca vai ser criticado por alguém que faz mais do que você.

Acabei mesclando (na palestra durante o Gramado Summit) a questão de dar o primeiro passo para conquistar um objetivo, para fazer o que você quer fazer e não ter medo do que irá acontecer, a importância de tomar risco e um pouco de como lidar com as críticas que recebemos.

Então você se considera um investidor arrojado?

Molero – Eu sou um investidor bastante arrojado. Tomo conta da minha carteira e invisto desde os 10 anos, até ensinei um pouquinho para a minha família. Quando tomei a iniciativa de começar a investir, eles (família) não entendiam tão bem. Então eu comecei e tomo conta da minha carteira até hoje.

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Como está a alocação atual do seu portfólio?

Molero – Gosto bastante de investir em ações. Acho muito bacana porque são empresas, e não existe nada mais gerador de riqueza do que empresas. Por esse motivo, gosto de colocar boa parte do meu capital em ações. Gosto também de fundos imobiliários (FIIs), porque imóveis nunca irão deixar de existir. Além disso, o mercado imobiliário faz muito sentido quando algumas outras coisas estão em crise.

Ultimamente venho dolarizando bastante a minha carteira, diminuindo o ‘risco país’, até porque lá fora tem oportunidades que o Brasil não tem. E por esse motivo, tenho gostado de comprar ações americanas, por exemplo. Estou aproveitando a queda do dólar, com certeza.

Quais são as suas ações favoritas, tanto no mercado doméstico quanto no exterior?

Molero – Eu dedico mais ou menos 70% da minha carteira para ações. Entre as ações brasileiras, eu gosto de B3 (B3SA3) e Taesa (TAEE11). Nos EUA, estou comprando bastante Google (GOOG). Os papéis da Facebook (FB) [que agora é Meta], também tenho comprado um pouquinho, por conta essas últimas quedas.

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Contudo, nos EUA eu invisto mais em ETFs, em fundos americanos, do que em empresas.

Qual a dica para investidores iniciantes, principalmente pensando nos mais jovens, que não têm pais que investem para orientá-los?

Molero – Uma das coisas que eu colocaria como uma das principais dicas é a diversificação. É preciso diversificar bastante porque, não importa o quão inteligente você for, não dá pra saber o que realmente está acontecendo com o mercado. Quem realmente movimenta o mercado são as ‘Moby Dicks‘, são as grandes baleias, isto é, as pessoas que têm muito capital, um dinheiro inimaginável.

E por mais que você pense que está ali entendendo tudo do mercado, isso não é verdade. No fim, é muito importante estar diversificado para diminuir esse risco e por outro lado conseguir aumentar a sua rentabilidade.

Outra coisa importante é não ficar com medo de volatilidade. Muitas vezes compramos uma ação, aí ela cai um pouco, a gente vende e acaba perdendo dinheiro com isso. Então, saber lidar com volatilidade é importante.

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E se você acha que não consegue lidar com ver seu dinheiro despencando um pouquinho ou até subindo demais, pelo medo de que pode ser uma bolha, tome cuidado com a exposição a investimentos de renda variável. Talvez não seja para você.

Tome cuidado, aprenda a lidar com essas movimentações grandes.

Qual a sua visão sobre criptoativos?

Molero – Eu gosto bastante de criptoativos. Acredito que, pelo fato de serem descentralizados e não terem essa dependência do governo, eles são muito legais. Ainda mais quando olhamos para países que estão passando por problemas com suas moedas, como a Argentina e a Venezuela.

Lá, as pessoas que têm condição de ter acesso a essas ativos, acabam usando muito mais as criptos do que a própria moeda nacional. Criptomoedas ajudam países que estão passando por problemas.

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Qual o lugar que os investimentos ocupam na sua infância?  

Molero – Investir não é um trabalho e não dá trabalho. A gente acaba tendo essa impressão por ver filmes como o Lobo de Wall Street.

Investir também não é chato e nem necessariamente legal, é uma coisa que vai acontecendo no seu dia a dia. Eu apenas gosto muito de estudar sobre investimentos porque acho interessante o jeito que o mercado financeiro funciona.

No entanto, se o seu investimento está te deixando animado demais, às vezes isso pode ser sinal de um problema. Se está tirando seu sono, também pode ser sinal que há algum problema.

Investimentos são simples e razoáveis, mas que me entretém bastante, me divertem bastante. Eu gosto do mercado.

 

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