Mercado

KPMG revela perfil do fraudador empresarial no Brasil

Cerca de 80% dos golpes foram realizados por profissionais do gênero masculino

Homens entre 26 e 45 anos e que ocupam cargos de liderança são maioria entre fraudadores empresariais no Brasil. Foto: Pixabay
  • A KPMG realizou uma pesquisa para identificar o perfil do fraudador empresarial no país. O levantamento apontou que 80% dos fraudadores são homens, com idades entre 26 e 45 anos
  • O levantamento foi feito com 120 profissionais de todo o Brasil que atuam em compliance, investigação corporativa, auditoria interna e outras áreas no período de janeiro de 2020 a junho de 2021

Não faltam casos de corrupção ou de fraude em empresas no Brasil. Um dos mais emblemáticos aconteceu na Petrobras (PETR4) e foi descoberto em meados de 2014, no âmbito da operação Lava Jato. Em 2020, as fraudes contábeis no ressegurador IRB (IRBR3) também assustaram o mercado e fizeram os papéis desabarem 87,5% desde o início do ano passado até esta terça-feira (14).

Visto a relevância do tema, a KPMG realizou uma pesquisa para identificar o perfil do fraudador empresarial no País. O levantamento apontou que 80% dos fraudadores são homens, com idades entre 26 e 45 anos (73%), com experiência de um a quatro anos dentro das companhias (45%) e que atuavam em cargos de liderança, como gerência, coordenação e supervisão de especialistas.

“Fraudadores com perfil de liderança, que possuem acessos ilimitados a pessoas, processos e sistemas sem monitoramento ou dupla verificação, normalmente são aqueles que causam maior dano à empresa”, afirma Alessandro Gratão Marques, sócio-diretor da prática de Forensic & Litigation e líder do CoE TPRM da KPMG no Brasil.

Preencha os campos abaixo para que um especialista da Ágora entre em contato com você e conheça mais de 800 opções de produtos disponíveis.

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão , com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso

Obrigado por se cadastrar! Você receberá um contato!

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Os principais motivos para o cometimento das fraudes envolveram atingir metas corporativas (38%), omitir erros (31%) e promover ganho pessoal (27%). Por outro lado, os maiores golpes estavam relacionados a conflito de interesses (68%), apropriação e desvio de ativos (52%), adulteração de documentos (49%) e vazamento de dados (24%).

Na visão de Vinicius Carvalho, sócio-diretor da prática de Forensic & Litigation da KPMG no Brasil, o cenário de recessão e os impactos da covid-19 podem ter impulsionado as fraudes ligadas ao atingimento de metas corporativas. “Este fator, na realidade de algumas empresas e funções, seria preponderante para manutenção do emprego dos colaboradores, aspecto encarado como pressão situacional”, explicou Carvalho.

O levantamento foi feito com 120 profissionais de todo o Brasil que atuam em compliance, investigação corporativa, auditoria interna e outras áreas no período de janeiro de 2020 a junho de 2021.