- A economista e sócia fundadora da Ações Garantem o Futuro (AGF) Louise Barsi participou da live do E-Investidor nesta quarta-feira (8)
- Com a Reforma do IR, ela diz que as empresas vão analisar se vale a pena continuar distribuindo dividendos ou se devem mudar o tipo de bonificação aos acionistas, como a recompra de ações
- A recompra de ações é uma operação em que uma empresa compra as ações de sua própria emissão, negociadas no mercado secundário. Ou seja, elas aem de circulação e passam a integrar a conta de ações em tesouraria
(João Santos, especial para o E-Investidor) – Com a Reforma do IR, aprovada na Câmara e encaminhada para o Senado Federal, as empresas vão analisar a partir de agora se vale a pena continuar distribuindo dividendos ou se devem mudar o tipo de bonificação aos acionistas. O alerta foi feito pela economista Louise Barsi durante live do E-Investidor nesta quarta-feira (8).
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Para Louise, que é sócia fundadora da Ações Garantem o Futuro (AGF) e colunista do E-Investidor, é um pouco cedo para especular o posicionamento das companhias. A especialista, no entanto, ressalta que elas sempre buscam pagar a menor quantidade de impostos, e devem analisar outros tipos de estratégias de distribuição de lucro, como a recompra de ações.
Chamada também de buyback, a recompra de ações é uma operação em que uma empresa compra as ações de sua própria emissão, negociadas no mercado secundário. As ações recompradas saem de circulação e passam a integrar a conta de ações em tesouraria. Isso significa que essas ações não terão direito a proventos, fazendo com que no momento da distribuição o dividendo por ação seja maior.
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Por causa de alternativas como essas, a filha do maior investidor individual da Bolsa, Luiz Barsi, mostra que não há motivos para o investidor se desesperar com a Reforma. “Este tipo de tributação de dividendos acontece no resto do mundo e isso não fez com que acabassem os dividendos nestes lugares”, explica Louise.
Ela disse ainda que, em momentos de mudanças e crises, como a que acontece neste momento no Brasil, são consideradas como oportunidades para o Jeito Barsi de Investir. “Tensões políticas e econômicas não faltam no Brasil, e não devem deixar de existir. O Jeito Barsi de Investir enxerga essas questões como ruídos, e que ao final a Bolsa vai refletir o longo prazo os resultados das empresas. Assim, surgem oportunidades de mercados para investir em algumas empresas que não sofrem em seus resultados, mas sofrem em preços, então surgem oportunidades.”
O Jeito Barsi de Investir ensina que os investidores devem comprar ações de boas empresas a bons preços e que paguem bons dividendos. Louise destacou empresas que costumam ter esse perfil, as chamadas “empresas BEST” (bancos, energia, saneamentos, seguro e telecomunicações) que fazem parte de setores que conseguem crescer independente dos ruídos.
Confira a live completa para ficar por dentro de todas as dicas de Louise Barsi sobre dividendos e recompras de ações.
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