- O gestor Luis Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset, e equipe veem "com preocupação as primeiras sinalizações e discussões fiscais" da equipe do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva
- "A tal 'PEC da Transição' está se tornando (mais um) trem da alegria brasiliense de crescimento dos gastos descontrolado, e a mídia já fala de mais de duzentos bilhões de gastos, algo completamente descabido, para falar o mínimo", diz a carta da gestora
O gestor Luis Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset, e equipe veem “com preocupação as primeiras sinalizações e discussões fiscais” da equipe do governo do presidente eleito Lula da Silva. “A tal ‘PEC da Transição’ está se tornando (mais um) trem da alegria brasiliense de crescimento dos gastos descontrolado, e a mídia já fala de mais de duzentos bilhões de gastos, algo completamente descabido, para falar o mínimo”, diz a carta da gestora.
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No texto, a Verde observa que o presidente eleito disse ao longo da campanha que teria responsabilidade fiscal “pois assim tinha sido nos seus dois mandatos anteriores, que não precisava de teto dos gastos ou outros arcabouços legais para cumprir isso”.
“Essa espécie de ‘la garantia soy yo’ periga ter vida bastante curta se não for seguida de decisões e comportamentos que a corroborem”, diz a carta. O gestor lembra que, há poucas semanas, o governo do Reino Unido sofreu algumas reviravoltas depois de a ex-primeira-ministra ter feito apresentado um plano que provocou sério impacto na libra esterlina e nas taxas dos títulos públicos. “Seria salutar que os integrantes do novo governo estudassem o que aconteceu com o malfadado governo de Liz Truss no Reino Unido”, diz a carta.
Desempenho do fundo Verde
Depois de amargar uma variação negativa na cota, o fundo Verde teve uma alta importante em outubro: 3,51%, bem acima do indicador de referência (CDI, +1,02%), mas abaixo do Ibovespa (5,45).
Os ganhos do fundo, inclusive, vieram das posições de bolsa brasileira, do petróleo e em posições de moedas, juros globais e no livro de crédito no exterior, segundo a carta. Já a posição de bolsa global, a compra de inflação implícita no Brasil e a posição de ouro foram os destaques negativos do mês.
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Ao longo de outubro, o fundo aumentou posição vendida na bolsa americana. “Iniciamos também alguns hedges na Bolsa brasileira. Mantivemos posição comprada em inflação implícita no Brasil, tomada em juros na Europa, comprada em ouro, e voltamos a aumentar posição de petróleo. Continuamos vendidos no euro, mas zeramos venda de libra”, diz a carta. Além disso, o gestor manteve posições compradas em crédito, tanto no Brasil quanto exterior.
Com o resultado de outubro, o fundo multimercado de Stuhlberger acumula um ganho de 15,2% em 2022.