A agenda econômica desta terça-feira (27) traz a inflação medida pela prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, em meio às apostas de elevação da taxa Selic. No mercado financeiro hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de um evento do Santander (SANB11) no início da noite. No exterior, será divulgado apenas o índice de confiança do consumidor americano de agosto.
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Ainda na agenda hoje, será divulgado o Índice Nacional de Custo da Construção – (INCC-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV). O Tesouro realiza leilão de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B, títulos públicos com rendimento atrelado à inflação).
Confira os 5 assuntos mais importantes do mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
O tom é moderado nos mercados internacionais, em um dia de agenda esvaziada. As bolsas europeias avançam, impulsionadas pela valorização das ações de mineradoras, em meio à elevação de commodities metálicas e após o balanço bem-recebido da BHP. Na segunda-feira (26), as bolsas europeias e americanas fecharam sem direção única, mas o Dow Jones renovou o recorde de fechamento.
A gigante da mineração informou aumento na receita no ano fiscal encerrado em junho, o que apoia principalmente a Bolsa de Londres, que reabriu hoje após o feriado no Reino Unido. Contudo, há certa cautela por conta da queda no índice GFK de confiança do consumidor da Alemanha e da contração do Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre.
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Nesta terça-feira, a libra voltou a subir aos maiores níveis desde março de 2022 em relação ao dólar, em meio à expectativa de que o Banco da Inglaterra (BoE) adote uma postura cautelosa no ciclo de cortes de juros.
Os índices futuros de ações norte-americanos operam próximos da estabilidade nesta manhã, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) miram alta e o dólar ante moedas fortes apresenta estabilidade.
Nos próximos dias, são esperados o balanço da Nvidia (NVDC34), na quarta-feira (28), nos Estados Unidos, e o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) do país, na sexta-feira (30). Os investidores mantêm expectativa para um iminente corte de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), dado que indicadores recentes esfriaram temores de uma recessão nos EUA.
Commodities
O petróleo recua enquanto as tensões no Oriente Médio se acomodam. Já o minério de ferro fechou em alta de 3,34% em Dalian, na China.
Novo CEO na Vale (VALE3)
A Vale anunciou na noite desta segunda-feira (26) que o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da companhia, Gustavo Pimenta, foi escolhido para substituir Eduardo Bartolomeo como CEO a partir de 1º de janeiro. Saiba mais nesta matéria.
A definição do novo presidente da Vale pode ser bem recebida e estimular ganhos nas ações da mineradora e no setor metálico, impulsionados pelo avanço do minério de ferro.
Prévia do IPCA
Uma confirmação da desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) em agosto para 0,19%, conforme a mediana das estimativas, após 0,30% em julho e na comparação em 12 meses, tende a aliviar pontualmente os mercados.
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Ainda que o IPCA-15 venha baixo, pode ser insuficiente para apagar as apostas de elevação da taxa Selic em setembro, dadas a desancoragem das expectativas inflacionárias e dúvidas a respeito dos impactos das intempéries climáticas recentes nos preços.
Mercado brasileiro
O viés de baixa dos índices futuros de ações norte-americanos pode abrir espaço para uma realização de lucros no Ibovespa, que fechou com um novo recorde (136.888,71 pontos) no último pregão – veja aqui. Além disso, o recuo do petróleo no exterior é um fator de baixa para o Índice Bovespa.
Dessa forma, os juros futuros podem ceder, embora a alta dos rendimentos dos Treasuries seja um risco, enquanto o dólar tende a operar de lado. Além disso, fica no radar no mercado financeiro hoje a espera pela indicação do novo presidente do Banco Central (BC).
* Com informações do Broadcast