A agenda econômica desta sexta-feira (26) concentra atenções no índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, com expectativas para a inflação de 1 e 5 anos. Ainda no mercado hoje, há a divulgação das contas do Governo Central do Brasil e o lucro industrial da China, ambos de junho, e repercussão do balanço da Vale (VALE3).
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A agenda local traz também o evento público relacionado ao novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No Rio de Janeiro, o G20 (grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia) realiza a terceira reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais.
Confira os 4 assuntos mais importantes do mercado hoje
Bolsas internacionais
O cenário exterior se mostra mais calmo nesta sexta-feira, com mercados em alta, recuo dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense), dólar mais perto da estabilidade ante principais rivais e em baixa em relação à maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities.
As bolsas europeias operam sem direção única à espera de dados de inflação americana, que devem ajudar no ajuste das apostas para o ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos. Na quinta-feira (25), o CME Group apontava 100% de probabilidade de redução das taxas pelo Fed em setembro.
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Na política, o destaque é o anúncio do ex-presidente Barack Obama e sua esposa e ex-primeira-dama Michelle Obama de apoio à candidatura da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, para concorrer à Casa Branca nas eleições de novembro próximo. Era o último grande apoio democrata que faltava à provável candidata democrata.
Commodities
As commodities vão na contramão do cenário positivo no exterior. O minério de ferro fechou em baixa de 1,5% em Dalian, na China, e o petróleo amplia perdas.
Vale (VALE3)
Investidores brasileiros devem repercutir os resultados financeiros da Vale. A mineradora apresentou lucro líquido de US$ 2,769 bilhões no segundo trimestre deste ano, alta de 210% ante igual período de 2023 e 65% superior na comparação trimestral, de acordo com balanço divulgado na quinta-feira (25).
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A expansão reflete o aumento das vendas de minério de ferro, que tiveram expansão anual de 7% e no trimestre de 25%, impulsionadas por uma produção recorde para um segundo trimestre desde 2018, bem como pelas vendas de estoques, de acordo com o balanço. Veja os detalhes nesta reportagem.
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Mercado brasileiro
O clima positivo no exterior pode favorecer o Ibovespa, o real e o recuo dos juros futuros, mas o mercado também olha para notícias locais, como os resultados da Vale e o relatório da Braskem (BRKM5).
O Governo Central deve apresentar um déficit primário menor, de R$ 37,70 bilhões (mediana), após saldo negativo de R$ 60,983 bilhões em maio. As despesas previdenciárias devem puxar o resultado deficitário do governo nesta leitura.
O mercado também já fica em compasso de espera pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira (31). Segundo o Projeções Broadcast, em unanimidade, o mercado manteve a percepção de que a taxa Selic deve ficar estável em 10,50%. A mediana do mercado para a taxa básica de juros no fim de 2024 se manteve em 10,50%.
Além das expectativas de inflação desancoradas – como mostram as últimas edições do boletim Focus, veja a mais recente aqui –, o câmbio mais depreciado consolidou a percepção do juro básico estacionado no atual nível, observam os analistas do mercado hoje.
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*Com informações do Broadcast