Os investidores ajustam suas apostas para os juros no Brasil e nos Estados Unidos com as divulgações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), além do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e o índice de preços ao produtor (PPI) americano, todos de agosto.
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Por aqui, são esperados também os números da pesquisa mensal de serviços e das vendas no varejo de julho. Lá fora, a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) é outro destaque da semana e serão conhecidos também os resultados da produção industrial do Reino Unido, da zona do euro, dos EUA e da China, além de vendas no varejo e investimentos em ativos fixos da economia chinesa.
A percepção de que a economia chinesa está se estabilizando ampara o bom humor nas bolsas europeias e futuros de Nova York, embora as asiáticas tenham fechado mistas. Os preços ao consumidor chinês subiram menos que o esperado, os empréstimos bancários cresceram acima das expectativas e o governo adotou novas medidas de estímulo voltadas a seguradoras, visando estimular o investimento no mercado de ações no país.
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Entre as moedas, o iene disparou ante o dólar mais cedo, pressionando o índice DXY do dólar, após o presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, dizer em entrevista no fim de semana que acabar com a atual política de juros negativos será uma opção se os ganhos dos salários e dos preços ao consumidor parecerem sustentáveis.
No Brasil
Os sinais de que melhora da economia chinesa também tendem a ajudar no humor local, dando fôlego ao Ibovespa, enquanto o dólar mais fraco ante várias moedas emergentes e ligadas a commodities pode beneficiar também o real e a curva de juros, embora o avanço dos retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) seja contraponto.
O mercado também olha o Boletim Focus, uma vez que as expectativas para IPCA de 2024, que é o foco do BC, tiveram alta nas duas últimas semanas, de dois pontos no total, e está em 3,88%, o mesmo porcentual de um mês atrás.
Investidores também estão à espera do IPCA, na terça-feira (12), que deve acelerar a 0,28% em agosto, de 0,18% em julho, reforçando a ideia de corte de 50 pontos-base da Selic neste mês e reduzindo apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) possa ser mais agressivo no afrouxamento monetário nas reuniões seguintes.
Agenda
Hoje tem o Boletim Focus (8h25) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa da Reunião Bimestral de Presidentes de Bancos Centrais, promovida pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), em Basileia, Suíça.
A agenda doméstica traz como destaques o IPCA de agosto, nesta terça-feira, a pesquisa mensal de serviços de julho, na quinta-feira (14), e as vendas no varejo de julho, na sexta-feira.
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