Após alguns adiamentos, ontem o texto final do novo arcabouço fiscal foi entregue ao Congresso pelo Ministério da Fazenda. A julgar pelo comportamento negativo dos mercados domésticos na sessão desta quarta-feira, o texto não reduz as incertezas sobre o cumprimento das metas de superávit primário e à trajetória da relação dívida/PIB, dado que, entre outros pontos, traz uma lista extensa de exceções ao limite de aumento de gastos.
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Neste ambiente, próximo às 13h50, o Ibovespa apresentava queda de 1,69% aos 104.369 pontos, com forte avanço do dólar frente ao real de 1,43%, aos R$ 5,04, e abertura das curvas de juros, com movimento mais pronunciado principalmente nos vértices mais longos – mais sensíveis à situação fiscal do país. A aversão ao risco na sessão é agravada também pelo desempenho das commodities, com recuo significativo do petróleo de 2,14%, cotado a US$ 82,94 o barril, e queda do contrato futuro mais negociado do minério de ferro, na Dalian Commodity Exchange da China, de 0,96%, cotado a US$ 112,74 a tonelada.
Além disso, o ambiente no exterior também não é favorável. As bolsas em Nova York recuam com expectativas renovadas de altas de juros por lá, além balanços corporativos que frustraram as expectativas. Enquanto na Europa, os dados mais fortes de inflação ao consumidor (CPI) no Reino Unido impactou negativamente o FTSE, porém os índices dos principais países que compõe a Zona do Euro encerraram em alta moderada.
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