- A Padtec (PDTC3) é uma empresa que atua no desenvolvimento, fabricação e comercialização de soluções para fibra óptica
- A companhia fornecerá tecnologia de transmissão óptica para que todas as operadoras possam colocar o 5G em funcionamento
- Por conta da oportunidade de crescimento trazida por esse aumento de demanda, a SaraInvest recomendou compra para os papéis da Padtec e estabeleceu um preço-alvo de R$ 8,45
Quando o assunto é 5G, as empresas da Bolsa que normalmente vêm à mente são Oi, Claro, Tim e Telefônica. Entretanto, fora o famoso quarteto das telecomunicações, há outra empresa que deve se beneficiar da chegada da quinta geração da telefonia: a Padtec (PDTC3), que atua no desenvolvimento, fabricação e comercialização de soluções para fibra óptica, além de operação e manutenção de redes para clientes executivos.
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Em outras palavras, a Padtec fornecerá tecnologia de transmissão óptica para que todas as operadoras possam colocar o 5G em funcionamento. “A chegada de próxima geração de redes móveis vai aumentar a demanda por fibra, aumentar a quantidade de pessoas conectadas e, com isso, a Padtec cresce também”, afirma Marco Saravalle, estrategista-chefe da SaraInvest, salientando que o Brasil ainda é pouco conectado.
O 5G vai permitir uma velocidade de conexão muito mais rápida do que a atual e viabilizará inovações relacionadas à internet das coisas, como a utilização de carros autônomos e casas inteligentes. Outro ponto positivo para a companhia veio através da aprovação do decreto 10.610/2021, que determinou a ampliação da cobertura de internet no Brasil por fibra óptica, que deve atingir 5.500 municípios brasileiros até 2024.
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“Uma das disposições do decreto que favorece a Padtec é a preferência na contratação de serviços por empresas situadas no país e, dentre elas, aqueles com tecnologia nacional”, afirmam os especialistas da SaraInvest, em relatório. “Enxergamos, assim, uma excelente oportunidade para a companhia, que conseguirá, para os próximos anos, ampliar ainda mais sua base de clientes.”
Por conta da oportunidade de crescimento trazida por esse aumento de demanda, a research independente SaraInvest recomendou compra para os papéis da Padtec e estabeleceu um preço-alvo de R$ 8,45. A projeção representa um potencial de valorização de 33,49% em relação à cotação desta segunda-feira (19), de R$ 6,33.
Histórico e desafios
A companhia nasceu em 2000 sob o nome de ‘Ideiasnet’, uma venture capital que investia em projetos de internet. Passou a ser negociada no mesmo ano na B3 com o ticker IDNT3 e, em meados de 2015, entrou em processo de desinvestimento. O único ativo restante foi a Padtec S.A, que teve suas ações de emissão incorporadas em 1º de junho do ano passado – data em que a PDTC3 passou a ser negociada, então no patamar de R$ 2.
Em 2020, a companhia obteve lucro líquido de R$ 16,3 milhões, um crescimento de 39,2% em relação ao resultado obtido em 2019, de R$ 11,7 milhões. A Padtec também não apresentou endividamento líquido no período. “Com fortes avenidas de crescimento proporcionadas com a chegada do 5G, além de planos de expansão nacional e internacional, a Padtec terá um ano de 2021 próspero”, explica o time de analistas da SaraInvest em relatório.
Para Saravalle, apesar de se tratar de um case pequeno, pois a empresa é avaliada em apenas R$ 485 milhões, as perspectivas para a Padtec são promissoras. A companhia é o único grande player do segmento em que atua no hemisfério sul, com cerca de 200 mil quilômetros de redes ópticas iluminadas.
Além disso, atua fortemente no Brasil, mas tem alcance em países como Argentina, Chile, Colômbia e está começando a entrar no mercado americano. Atualmente, os principais desafios da Padtec estão ligados à expansão.
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“A Padtec é uma empresa muito pequenininha. Por dia, ela tem negociado cerca de R$ 1 milhão. Então a companhia precisa, além de mostrar que tem resultados consistentes, ter uma melhora na liquidez, trazer novos acionistas e investidores para a companhia”, afirma Saravalle.
A Padtec chegou a anunciar que faria uma nova oferta de ações em Assembleia Geral Extraordinária, iniciativa que melhoraria a questão de liquidez, mas decidiu adiar o follow on devido a condições de mercado. “Acharam que no patamar de preço atual não fazia sentido seguir com a oferta. Então todo esse plano que traria liquidez e que enxergamos como um driver de crescimento foi adiado. Por isso vemos volatilidade nos papéis”, afirma Saravalle.
