A Petrobras (PETR4) divulgou que suas estimativas de reservas provadas de óleo, condensado e gás natural, segundo critérios da Securities and Exchange Commission (SEC), a CVM dos Estados Unidos, resultaram em 11,4 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), em 31 de dezembro. Em 2024, a companhia alcançou um índice de reposição de reservas (IRR) de 154%.
Na avaliação do BTG Pactual, os números são sólidos, mas é improvável que a atualização das reservas tenha impacto significativo no desempenho das ações da Petrobras, uma vez que terá implicações limitadas no lucro no curto prazo. Além disso, o mercado tem se concentrado mais em outras questões, como o preço dos combustíveis e a estratégia de dividendos.
Mas o BTG reforçou que as ações da Petrobras ainda são a top pick do setor. O banco tem recomendação de compra para PBR, as ADRs (American Depositary Receipts) da estatal, com preço-alvo de US$ 20 – uma alta potencial perto de 43%.
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“Inegavelmente, o risco político persistente impede a PBR de ser negociada a um prêmio parecido ao dos pares. E, não, não esperamos que isso mude até que os riscos associados a mudanças significativas nas estratégias de alocação de capital diminuam”, diz o relatório escrito por Luiz Carvalho, Pedro Soares e Henrique Pérez. “Mas, comparando um múltiplo justo entre a Petrobras e outras operadores da América Latina, o portfólio autossuficiente da estatal justifica um valuation maior.”
O BTG destacou que a recomendação de compra para Petrobras tem a ver com a resiliência operacional, baixos custos de extração e um dividend yield atraente entre 12% a 15% em 2025, a depender do anúncio de dividendos extraordinários no 2º semestre de 2025.