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- Ambev (ABEV3) é a 6ª colocada no Prêmio Broadcast Empresas e terminou o ano de 2022 com uma alta de 19,8% na receita líquida e de 17,1% em seu Ebitda ajustado no conceito “orgânico”
- A companhia tem pela frente o plano de aumentar sua receita sem depender tanto de altas expressivas de volumes, com foco no mercado “premium”
A Ambev (ABEV3) terminou o ano de 2022 com uma alta de 19,8% na receita líquida e de 17,1% em seu Ebitda ajustado no conceito “orgânico”. Reconhecida por sua liquidez na Bolsa, o que faz seus papéis serem fáceis de negociar, a 6ª colocada no Prêmio Broadcast Empresas, tem pela frente o plano de aumentar sua receita sem depender tanto de altas expressivas de volumes, que foi um de seus principais motores de crescimento até então. Para isso, o mercado “premium” é uma das principais apostas.
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O Prêmio Broadcast Empresas, elaborado pela Agência Estado em parceria com a FGV EESP, destaca as dez empresas de capital aberto que tiveram o melhor resultado para seus acionistas no ano anterior.
Para o CFO da companhia, Lucas Lira, o que faz a companhia seguir atraente para os investidores, que em sua maioria são estrangeiros e de longo prazo, são três motivos: melhora de resultados nos últimos anos, com recordes em volumes, crescimento em receita e Ebitda; percepção mais positiva do mercado sobre as estratégias comerciais e apostas em inovação e tecnologia; e transformação da visão de negócio da companhia para uma “empresa de plataforma”.
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“Hoje, temos um portfólio de bebidas além de cerveja, além de soluções digitais, como o BEES (aplicativo voltado ao abastecimento de bares e restaurantes) e o Zé Delivery, que vêm trazendo mudanças estruturais”, afirma Lira. Ele diz ainda que os avanços nos indicadores financeiros da companhia continuaram a aparecer mesmo em um contexto de alta de custos para a companhia.
De agora em diante, com custos mais favoráveis, a empresa aposta em aumentar sua receita por hectolitro. Para isso, a estratégia é investir nas marcas que têm mais valor agregado. Esse norte vem sendo repetido pela companhia desde o final de 2022. “Mais uma vez, o segmento premium e super premium superou o crescimento de volume total e dos outros segmentos, com alta de aproximadamente 35% em relação ao ano passado, com destaque para Original, Spaten, Stella Artois e Corona”, diz Lira. Ele afirma, porém, que as demais marcas da companhia também têm crescido e ganhado importância.
Custos
O CEO da Ambev, Jean Jereissati, disse na última teleconferência com investidores, na divulgação dos resultados do primeiro trimestre deste ano, que a menor inflação de custos e despesas devem se manter ao longo de 2023. De acordo com o CFO da companhia, Lucas Lira, a produção da área de cerveja Brasil terá custos significativamente menores em 2023 do que teve em 2022.
Lira acredita que a empresa agora sai de um cenário “em que tudo jogava contra”. A companhia acredita que vai fechar o ano com expansão de Ebitda maior do que o apresentado em 2022.
Sobre as demandas dos investidores, em sua maioria estrangeiros, Lira diz que os pilares de Meio Ambiente, Social e Governança (ESG, na sigla em inglês) têm crescido. “O mercado vem olhando para isso, os acionistas, estrangeiros ou não, têm entendido esse movimento e isso, atrelado aos nossos resultados, têm atraído o mercado”. A companhia tem metas públicas até 2025 em várias áreas, como ação climática, gestão de água, agricultura sustentável, embalagem circular e equidade racial. Lira diz, porém, que a companhia não vê esses índices como diferenciais, e, sim, como questões mandatórias no mundo de hoje.
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