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- A Engie (EGIE3), quarta colocada no Prêmio Broadcast Empresas e uma das principais geradoras de energia renovável do País, vem apostando no modelo de plataforma de negócios, por meio da diversificação de sua atuação, como forma de proteger seus resultados
- Segundo a empresa, ela deixou de ser uma geradora pura e entrou em transmissão e no segmento de gás
- Contudo, a estratégia não significa o fim dos investimentos em geração de energia
Uma das principais geradoras de energia renovável do País, com mais de 10 gigawatts (GW) de capacidade instalada, a Engie (EGIE3) vem apostando no modelo de plataforma de negócios, por meio da diversificação de sua atuação, como forma de proteger seus resultados. A companhia é a quarta colocada no Prêmio Broadcast Empresas deste ano, e credita o reconhecimento a essa estratégia, adotada entre 2016 e 2017.
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“Deixamos de ser uma geradora pura e entramos em transmissão e no segmento de gás com a TAG, para garantir capacidade de investimento e proteger nosso resultado”, disse o diretor-presidente da empresa, Eduardo Sattamini.
Embora a geração ainda seja o carro-chefe da Engie para os próximos anos, como descreve o executivo, há grande interesse em buscar oportunidades greenfield nos leilões de transmissão, como o que acontece no dia 30 de junho. A expectativa da empresa é conquistar novas concessões no certame para se consolidar num segmento considerado estável por oferecer remuneração fixada e corrigida pelos índices de inflação.
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Contudo, segundo o executivo, a estratégia não significa o fim dos investimentos em geração de energia, e neste ano a companhia deve colocar em operação comercial o conjunto eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte, com 434 megawatts (MW) de capacidade instalada.
Há, ainda, outros 1,5 GW em construção referentes às usinas Assú Sol, no Rio Grande do Norte, e Serra de Assuruá, na Bahia. Ambos os projetos devem estar 100% em operação comercial a partir de 2025. “Ainda estamos sob o efeito expansionista da geração de energia, que nos próximos dois ou três anos continuará como o carro-chefe do crescimento, e depois vem a transmissão”.
Essa energia nova deve atender contratos no mercado livre, especialmente num cenário de abertura a consumidores de menor carga, o que deve gerar novas oportunidades de crescimento à empresa. A partir de 2024, aproximadamente 106 mil unidades consumidoras em alta tensão poderão acessar esse ambiente de contratação, contingente que tem sido disputado pelas comercializadoras.
Há também uma expectativa forte em relação à abertura total do mercado, o que pode acontecer nos próximos anos. “Já começou a jornada em direção ao mercado pulverizado e estamos trabalhando na abertura do mercado livre para a alta tensão, mas também olhando com atenção para o acesso da baixa tensão [que acontecerá num segundo momento]”, destacou o executivo.
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Já no segmento de gás natural, a empresa atua desde 2019, quando, junto ao Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ) comprou da Petrobras (PETR3; PETR4) a transportadora TAG, que tem uma infraestrutura de 4.500 quilômetros (Kms) de gasodutos de alta pressão atravessando 10 Estados brasileiros. A subsidiária também tem prospectado oportunidades no segmento de hidrogênio verde (H2V).
O crescimento nesse nicho deve acontecer por meio de acordo com potenciais clientes para expansão da malha de gasodutos da companhia. Entretanto, essa avenida de crescimento deve acompanhar também o próprio desenvolvimento do setor de gás natural no País, que ainda está em fase de amadurecimento com a criação de um mercado livre. “Gás é um processo lento de criação de mercado com novos players, mas já começam a aparecer oportunidades como terminal de Sergipe”.
