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Negócios

O que está acontecendo com o Carrefour (CRFB3)? Entenda os efeitos do boicote

O episódio ocorre em um contexto de tensões crescentes envolvendo o acordo entre Mercosul e União Europeia; veja se vale a pena comprar a ação

Bruno Andrade é repórter do E-Investidor
Por Bruno Andrade

26/11/2024 | 12:32 Atualização: 26/11/2024 | 13:27

Veja o motivo para a empresa relatar falta de carne (Foto: Adobe Stock)
Veja o motivo para a empresa relatar falta de carne (Foto: Adobe Stock)

O Carrefour da França pediu desculpas para os agricultores brasileiros no mesmo dia em que o Carrefour Brasil (CRFB3) confirmou desabastecimento de carnes em algumas de suas unidades. Em nota, a empresa francesa disse que lamenta o fato de sua comunicação ter sido percebida como uma contestação da parceria da empresa com a agricultura brasileira e uma crítica a ela, revela a nota divulgada no site do Carrefour Frances nesta terça-feira (26).

Leia mais:
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O pedido de desculpas do Carrefour acontece após tensões entre os franceses e os brasileiros. Na quarta-feira, 20 de novembro, o Carrefour anunciou que suas operações francesas não venderiam mais carnes do Mercosul após agricultores locais protestarem contra proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul). Com a repercussão, a empresa se manifestou reforçando que as operações Brasil e outras franquias em outros países continuam livres para venderem carnes do bloco sul-americano.

Associações de comerciantes, setores do agro e pecuária e o Ministério da Agricultura do Brasil repudiaram a decisão da empresa e companhias de proteínas, como JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3) interromperam o envio de suas carnes para redes do Carrefour, Atacadão e Sam’s Club no Brasil.

Quais são os efeitos do boicote?

Na manhã desta terça-feira (26), o Carrefour informou que desde a última quinta-feira (21), as entregas de carne bovina nas lojas do grupo não ocorreram conforme programadas e que constatou desabastecimento de alguns cortes de carnes nas lojas da bandeira Atacadão em algumas regiões. A empresa destaca, no entanto, que ainda não houve impacto relevante nas operações de venda de mercadorias, dado o nível de estoque dos produtos.

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Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa ainda que nas lojas do segmento de varejo e no Sam’s Club, no momento, o nível de ruptura está no curso normal de negócios.

“Atualmente, carnes bovinas representam menos de 5% das vendas brutas do Grupo Carrefour Brasil, com menor participação relativa na bandeira Atacadão, e com perfil de rentabilidade inferior à média dos negócios”, afirma a empresa.

Para os analistas da Ativa Investimentos, esse movimento deve impactar fortemente as receitas do Carrefour no curto prazo, além de pressionar a margem bruta, rupturas de estoque e prazos com fornecedores de carnes que aceitarem fazer negócio com a empresa. Além disso, podem ocorrer maiores pressões por parte de órgãos fiscalizadores para com a empresa. “As companhias envolvidas na interrupção do fornecimento de carnes ao Carrefour exigem que o supermercadista se retrate publicamente para reavaliarem sua decisão”, explicam os analistas.

Na visão dos analistas do BTG Pactual, a interrupção pode afetar cerca de 150 lojas do Carrefour e acontece em um momento em que a inflação dos alimentos vem ganhando força e deve impulsionar a alavancagem operacional dos varejistas. Antes de o boicote ser anunciado, os especialistas esperavam uma melhora nos resultados trimestrais da companhia, com a empresa apresentando vendas descentes. O que pode acontecer agora é uma deterioração das receitas.

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Os analistas lembram que o Atacadão responde por cerca de 70% das vendas do Carrefour, e que o grande impacto pode ser sentido nessa rede. “Estimamos que as vendas de carne bovina equivalem a 5% das vendas do Atacadão, e as proteínas respondem por cerca de 10% das vendas totais. Vale mencionar que, além da participação nas vendas totais, este é um item importante para direcionar o tráfego nas lojas, o que pode complicar a situação da companhia com um menor fluxo de clientes”, dizem Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima, que assinam o relatório do BTG.

Bradesco BBI faz alerta sobre o Carrefour

Na visão do Bradesco BBI, o Carrefour (CRFB3) enfrenta um desafio significativo com a decisão dos principais produtores de carne bovina do País, incluindo JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e MasterBoi, de suspender o fornecimento para todas as lojas da rede. Segundo o relatório, a categoria representa cerca de 4% a 5% das vendas totais da companhia e é fundamental para atrair consumidores, embora sua contribuição para o Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) seja relativamente baixa.

A medida já afeta cerca de 150 unidades do Carrefour, Atacadão e Sam’s Club no Brasil, com possíveis desabastecimentos de carne bovina nos próximos dias. O boicote foi motivado por declarações do CEO global do grupo na França, que indicou a interrupção das compras de carne dos países do Mercosul devido a supostos padrões não alinhados às exigências francesas.

Analistas avaliam que, apesar da contribuição financeira modesta da carne bovina, o impacto pode ser ampliado pelo papel estratégico da categoria no varejo alimentar. “Neste momento, ainda é muito cedo para avaliar o impacto total do boicote, dado que os níveis reais de ruptura de estoque nas lojas da empresa e a velocidade com que eles podem escalar permanecem incertos”, afirma o Bradesco BBI em relatório.

Na visão de Tiago Maciel, analista da EQI Research, é difícil mensurar os reais impactos sobre as operações, por não saber exatamente quantos dias de estoque o varejista possui para rodar normalmente diante do desabastecimento. Ele não sabe se empresa conseguirá encontrar novos fornecedores, ou se outros produtores também adeririam ao boicote.

“Hoje, estima-se que as carnes bovinas representem cerca de 4% a 5% do total das vendas da rede no País. O que já seria relevante. Mais do que isso, achamos que o impacto pode ser muito mais abrangente por afetar o fluxo de consumidores nas lojas da rede. Vemos a possibilidade de clientes buscarem outras redes que lhes ofereçam cestas de produtos sem restrições. Lembrando que o final do ano é um período extremamente importante para as vendas dos supermercados”, diz Maciel.

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O analista diz ainda enxergar que a retaliação brasileira tem bastante força para pressionar a decisão da matriz global, porque o Carrefour Brasil corresponde a 40% do lucro operacional do grupo no mundo.

O episódio ocorre em um contexto de tensões crescentes envolvendo o acordo entre Mercosul e União Europeia. Na última semana, agricultores franceses intensificaram protestos contra o pacto, com bloqueios de estradas.

O pedido de desculpas do Carrefour

Em meio às tensões, houve um pedido de desculpa do Carrefour nesta terça-feira (26), a empresa disse que tem orgulho de ser o principal parceiro e promotor histórico da agricultura brasileira. “Melhor que ninguém, conhecemos as normas que a carne brasileira respeita, sua grande qualidade e sabor. Continuaremos a valorizar as cadeias agrícolas brasileiras, como fazemos no Brasil há quase 50 anos. Com nosso desenvolvimento, contribuímos para o desenvolvimento dos produtores agrícolas brasileiros, em uma lógica que sempre foi a do parceiro construtivo”, diz o Carrefour.

A companhia diz ainda que a sua decisão não visa mudar as regras de um mercado francês já muito amplamente estruturado em suas cadeias de fornecimento locais. Ela assegura legitimamente aos agricultores franceses, imersos em uma grave crise, a continuidade de nosso apoio e das nossas compras locais.

“Do outro lado do Atlântico, compramos quase toda a nossa carne brasileira no Brasil e continuaremos a fazer isso. São os mesmos valores de enraizamento e parceria que inspiram, há 50 anos, nossa relação com o mundo agrícola brasileiro, cujos profissionais e o compromisso com a terra e a pecuária conhecemos e medimos a cada dia”, diz a empresa. Veja o pedido de desculpas na íntegra.

Vale a pena comprar a ação do Carrefour?

Os analistas se dividem, mas a maioria sugere que o investidor não deve comprar as ações do Carrefour. Para o BTG, o grande problema da companhia não é a retaliação dos frigoríficos, e sim a fusão entre o Carrefour e o grupo Big. O movimento tem se mostrado cada vez mais complicado, tornando as esperanças dos analistas decrescentes em relação a essa medida.

“Além dos problemas do BIG, também vemos a perspectiva competitiva no setor varejista de alimentos brasileiro significam que os resultados permanecerão abaixo do esperado, sustentando nossa classificação neutra para CRFB3”, argumentam Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima que assinam o relatório do BTG.

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A Ativa Investimentos também não recomenda compra para as ações CRFB3. Os analistas dizem preferir as ações do Assaí (ASAI3), que podem se beneficiar com esse cenário que a concorrente passará no curto prazo. “No entanto, reforçamos que tanto as perdas do Carrefour quanto os ganhos do Assaí, em nossa visão, são marginais e não devem trazer efeitos de médio e longo prazo”, afirmam os analistas.

A Ativa tem recomendação de compra para as ações do Assaí com preço-alvo de R$ 15 para os próximos 12 meses, uma potencial alta de 99,4% na comparação com o fechamento de segunda-feira (25), quando a ação encerrou o pregão a R$ 7,52. Já o Bradesco BBI é único que recomenda compra para o Carrefour (CRFB3). O preço-alvo é de R$ 10 para os próximos 12 meses, uma potencial alta de 49% na comparação com o fechamento de segunda-feira (25), quando a ação encerrou o pregão a R$ 6,71.

Ou seja, seguindo a visão dos analistas, o investidor não deve comprar as ações do Carrefour (CRFB3), com exceção do Bradesco BBI. Nesse sentido, cada investidor deve ver o seu perfil risco, visto que apenas uma das casas consultadas pela reportagem diz que a compra do papel pode ser um bom investimento.

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