Fachada da Vale (VALE3). Foto: Fabio Motta/Estadão
O CEO da Embraer (EMBR3), Francisco Gomes Neto, e o diretor-geral da Klabin (KLBN11), Cristiano Teixeira, não vão participar do processo seletivo para eleger o sucessor do atual CEO da Vale (VALE3), Eduardo Bartolomeo. As informações foram obtidas por meio de notas ao E-Investidor enviadas pelas assessoria de imprensa das respectivas empresas. O profissional eleito pra dirigir a mineradora deve ocupar o cargo no ano que vem.
Em comunicado, Gomes Neto agradece pela consideração ao seu nome no processo de sucessão da Vale. “Mas, para evitar especulações, gostaria de reafirmar meu compromisso com a Embraer, que passa por um período de crescimento muito positivo e conta com um plano estratégico robusto para garantir um futuro sustentável para a companhia”, comenta.
“Em respeito à Klabin e para evitar qualquer tipo de especulação, Cristiano reforça o seu compromisso com a Klabin S.A., e seus colaboradores, acionistas, diretoria e Conselho de Administração”, reforça a produtora e exportadora de papéis.
Ambas as notas foram divulgadas após a reportagem apontar, na quarta-feira (10), o perfil dos prováveis sucessores de Bartolomeo. Os nomes de Gomes Neto e Teixeira estavam numa lista que elencava os pontos fortes na carreira dos candidatos à presidência da mineradora, segundo o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Além dos dois, a publicação afirma que Gustavo Werneck, da Gerdau (GGBR4), Carlos Piani, da Equatorial (EQTL3), Maurício Bahr, da Engie (EGIE3), Antonio Maciel Neto (Caoa), o ex-ministro e ex-presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Pedro Parente, o presidente da Volks nos EUA, Pablo Di Si, e dois executivos da mineração, Ruben Marcos Fernandes (Anglo American) e Marcelo Bastos (BHP e ex-Vale) também figuravam no documento.
A pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a Vale aumentou nos últimos meses, especialmente após a tentativa frustrada de indicar o ex-ministro Guido Mantega para o comando da empresa. Lula tem argumentado que a Vale “precisa prestar contas ao Brasil” e não pode agir como “dona” do País, ressaltando a importância da mineradora em seus planos para a recuperação econômica doméstica.