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- A Diretoria Executiva da Petrobras aprovou nesta terça-feira (16) a nova estratégia para definição de preços de diesel e gasolina, em substituição à política de Preço de Paridade de Importação (PPI).
- Às 11h06, os papéis PETR4 avançavam 2,81%, cotados a R4 26,38, enquanto o PETR3 subia 2,49%, cotado a R$ 29,27
- O novo modelo usará referências de mercado como o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação e o valor marginal para a estatal
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) deslancham na Bolsa de Valores após o anúncio de uma mudança na política de preços da companhia. Às 14h15, os papéis PETR4 avançavam 3,12%, cotados a R$ 26,46, enquanto o PETR3 subia 2,84%, cotado a R$ 29,37. Veja as perspectivas para os papeis em reação às mudanças anunciadas hoje nessa reportagem.
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A Diretoria Executiva da Petrobras anunciou nesta terça-feira (16) a nova estratégia para definição de preços de diesel e gasolina, em substituição à política de Preço de Paridade de Importação (PPI). O novo modelo usará referências de mercado como o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação e o valor marginal para a estatal – mais detalhes aqui.
A atual estratégia, em vigor desde 2016, determinada durante o governo de Michel Temer, leva em consideração a cotação da commodity no mercado internacional. A política antiga gerou controvérsias nos últimos governos.
Como funciona a nova política de preços?
A companhia explicou, em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como a nova estratégia funcionará. O custo alternativo do cliente, um dos fatores que compõem o preço dos combustíveis, será baseado nas opções de suprimento – fornecedores e produtos substitutos. O valor marginal para a Petrobras, por sua vez, consiste no custo das alternativas para a empresa de produção, importação e exportação do produto.
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Dessa forma, o preço deixará de se basear no valor do petróleo internacional, mas nos custos de produção e distribuição da própria companhia. Entenda como o preço do combustível é calculado.
A empresa também disse que terá mais flexibilidade para praticar preços competitivos, tendo em vista suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores. Para mais detalhes, veja essa reportagem.
Controvérsias sobre a política antiga
A política de paridade de importação vem sofrendo críticas desde sua implementação, quando houve a destituição da ex-presidente da República, Dilma Rousseff, e isso não mudou na gestão dos presidentes posteriores.
Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), quatro presidentes da companhia foram demitidos pela insatisfação com a escalada de preços nos postos de gasolina. No governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o atual CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, adiantou ao mercado na última semana que iria reavaliar a política de preços.
A expectativa também é de uma mudança na política de dividendos da companhia, que pode ter distribuído sua última grande leva de proventos.
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