As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira (28), em um dia marcado por evento do Banco Central Europeu (BCE), que reuniu em um painel presidentes de algumas das principais autoridades monetárias do mundo. Comentários sobre as condições na zona do euro sugeriram um quadro com menor chance de recessão para a economia da região, o que deu algum impulso aos ativos.
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O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,74%, a 456,24 pontos.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou hoje que as projeções da instituição não apontam para uma recessão na zona do euro. Durante fórum em Sintra, Portugal, ela acrescentou, porém, que os dados do segundo trimestre “não nos dão muita esperança” de uma recuperação “forte” na região. A dirigente disse que “ainda há terreno a cobrir” no aperto da política monetária. Caso sua previsão se confirme, haverá alta de juros em julho, adiantou.
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No mesmo painel, esteve o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, que afirmou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que toma as decisões de política monetária, “claramente acredita” que haverá mais altas nos juros nos Estados Unidos. Porém, ele deixou as opções futuras em aberto, enquanto notou a força da inflação, sobretudo o núcleo de serviços.
Para o analista da Oanda Craig Erlam, com tantas autoridades aparecendo ao mesmo tempo, há sempre as chances de pelo menos uma dizer algo que irá sacudir ou estimular os mercados. “Para tornar este evento mais intrigante, todos eles estão enfrentando problemas muito semelhantes e, no entanto, suas situações individuais são bem diferentes, o que torna a discussão ainda mais interessante”, avalia. Além de Lagarde e Powell, estiveram no evento o presidente do Banco da Ingleterra (BoE, na sigal em inglês), Andrew Bailey, e o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kazuo Ueda.
Em dia de apetite por risco na Europa, ficou em segundo plano uma pesquisa do instituto GfK projetando que a confiança do consumidor alemão voltará a cair em julho, na primeira queda desde outubro de 2022.
Neste cenário, o FTSE 100 subiu 0,52%, a 7.500,49 pontos em Londres. O DAX avançou 0,64%, a 15.949,00 pontos, em Frankfurt. O CAC 40 teve alta de 0,98%, a 7.286,32 pontos, em Paris. O FTSE MIB ganhou 0,86%, a 27.637,46 pontos, em Milão. O Ibex 35 subiu 0,99%, a 9.485,70 pontos, em Madri. E o PSI 20 teve ganho de 0,36%, a 5.931,64 pontos, em Lisboa.
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