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Dólar hoje: moeda abre em alta, a R$ 5,64, com mercado de olho no discurso do Fed e meta fiscal no Brasil

Outro empecilho é a dificuldade na economia chinesa, já que o país é o maior parceiro comercial brasileiro

Dólar hoje: moeda abre em alta, a R$ 5,64, com mercado de olho no discurso do Fed e meta fiscal no Brasil
Dólar: 3 pontos para entender a alta da moeda Foto: Adobe Stock
O que este conteúdo fez por você?
  • Às 9h10, o dólar era comercializado a R$ 5,6046, um avanço de 0,31%
  • Ações da Tesla e Alphabet caíram no pós-mercado após a divulgação de balanços, influenciadas por incertezas eleitorais
  • Estimativa de déficit de R$ 28,8 bilhões em 2024 no Brasil; governo bloqueou R$ 11,2 bilhões e contingenciou R$ 3,8 bilhões no Orçamento

dólar hoje abriu em alta com investidores à espera de novos dados econômicos dos Estados Unidos, de olho na corrida eleitoral americana e à situação fiscal do Brasil. Por volta das 10h30 desta quarta-feira (24), o câmbio estava cotado a 5,6426. Mais cedo, a moeda americana era comercializada a 5,6046, um avanço de 0,31%. Desde ontem, o dólar vive uma valorização global, especialmente em relação às moedas de mercados emergentes, impulsionado pela queda nos preços das commodities.

No fechamento desta terça-feira (23), o câmbio estava cotado a R$ 5,593, um avanço de 0,41%.

Hoje, o mercado está atento aos números do Produto Interno Bruto (PIB) e do Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal (PCE) americano. Além disso, investidores acompanham de perto as declarações de alguns dos dirigentes do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, deve fazer um discurso às 17h, no horário de Brasília, e Michelle Bowman, membro da diretoria do Fed, deve falar em um evento por volta das 17h30.

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Essas apresentações podem oferecer pistas sobre o futuro das taxas de juros americana neste ano, especialmente após o presidente do Fed, Jerome Powell, ter dado sinais de que um corte nos juros está mais próximo do que se espera.

Além disso, o mercado também está de olho nas gigantes da tecnologia, conhecidas como big techs. Ontem, as ações da Tesla e da Alphabet (empresa controladora do Google) caíram no pós-mercado após a divulgação de seus balanços. De acordo com analistas, essas quedas são atribuídas principalmente às incertezas no cenário eleitoral.

No Brasil, segundo o diretor de câmbio da Ourominas, Elson Gusmão, o que pesa é a questão fiscal. A Ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que a equipe econômica fará uma coletiva de imprensa na próxima semana para dar detalhes dos cortes do orçamento de 2024 e 2025.

Na tarde da terça-feira (23), ao final de sua participação na mesa “Combater as desigualdades e erradicando a pobreza, a fome e a desnutrição”, que integra a programação paralela da Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20, Tebet disse que os programas sociais não são um problemas para o orçamento brasileiro.

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De outro lado, a ministra defendeu a necessidade de uma revisão dos gastos tributários. As declarações ocorrem em meio à decisão do governo de congelar R$ 15 bilhões do orçamento de 2024.

Outro empecilho para o Brasil é a dificuldade na economia chinesa, já que o país é o maior parceiro comercial do país. A queda expressiva no minério de ferro aumenta a aversão pelo risco. “Percebemos que quando o dólar bate em R$ 5,60, o mercado aproveita para realizar lucro daqueles que compraram o dólar com a cotação mais baixa”, diz Gusmão.

Dólar: eleições nos EUA, comodities e meta fiscal no Brasil

Externamente, as atenções se voltam para o avanço de Kamala Harris como líder da chapa democrata nas eleições americanas, após Joe Biden anunciar que não buscará reeleição.

Além disso, ontem o dia foi caracterizado pela pressão sobre moedas atreladas a commodities e pelo fortalecimento generalizado do dólar, que está subindo até em relação a outras moedas de economias desenvolvidas.

No Brasil, as contas públicas devem apresentar um déficit de R$ 28,8 bilhões em 2024, conforme a nova estimativa divulgada pelo governo. Esse montante é o limite máximo da meta fiscal estabelecida no novo arcabouço fiscal, que permite um déficit de até R$ 28,8 bilhões.

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Para cumprir essa meta, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no Orçamento, conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada.

Até hoje, o dólar registra queda de 0,32% na semana, recuo de 0,05% no mês e alta de 15,11% no ano.

O que afeta o dólar hoje? Entenda em 10 pontos rápidos

  • Hoje, o mercado monitora os números do PIB e do PCE americano.
  • Investidores acompanham declarações de dirigentes do Fed, como Lorie Logan (17h) e Michelle Bowman (17h30).
  • Discurso de Jerome Powell sugere que um corte nos juros dos EUA está mais próximo do que se espera.
  • Mercado também observa big techs; ações da Tesla e Alphabet caíram no pós-mercado após balanços.
  • Analistas atribuem quedas das big techs a incertezas eleitorais.
  • No Brasil, situação fiscal é foco; ministra do Planejamento, Simone Tebet, falará sobre cortes no orçamento de 2024 e 2025.
  • Tebet afirmou que programas sociais não são um problema para o orçamento brasileiro.
  • Ministra defendeu revisão de gastos tributários em meio à decisão do governo de congelar R$ 15 bilhões do orçamento de 2024.
  • Dificuldade na economia chinesa impacta o Brasil, maior parceiro comercial; queda no minério de ferro aumenta aversão ao risco.
  • Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas, comenta que a cotação do dólar a R$ 5,60 é aproveitada para realização de lucros.

Até hoje, o dólar registra queda de 0,32% na semana, recuo de 0,05% no mês e alta de 15,11% no ano.