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Juros: Mercado realiza lucros com exterior e taxas avançam

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 13,19%

Juros: Mercado realiza lucros com exterior e taxas avançam
Foto: Envato Elements

Os juros futuros subiram ao longo de toda a estrutura a termo, hoje especialmente nos vértices intermediários, em movimento de realização de lucros após as quedas recentes. A correção se deu em meio à piora da percepção sobre a política monetária nos Estados Unidos que também pressionou para cima os retornos dos Treasuries, apoiada por indicadores, especialmente de inflação, e falas de dirigentes do Federal Reserve. A virada do dólar para a queda no meio da tarde não foi capaz de aliviar as taxas, que, no entanto, devolveram prêmios na semana em relação aos ajustes da quinta-feira da semana passada.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 13,19%, de 13,15% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 avançou de 11,77% para 11,87%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de uuu% (11,64% ontem) e a do DI para janeiro de 2029 encerrou em 12,05%, de 12,01%. Na semana, a ponta curta caiu 4 pontos, enquanto os longos fecharam 30 pontos.

O exterior foi o principal vetor a conduzir os negócios no mercado de juros. O destaque local, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), mais fraca que o esperado, teve efeito pontual de baixa sobre as taxas no começo do dia. Depois acabou ficando em segundo plano, ofuscada por dados da economia americana divulgados ao longo da manhã, seguidos por declarações “hawkish” de dirigentes do Federal Reserve, que impulsionaram as chances de em alta de juro pelo Fed no encontro de maio para mais de 80% no termômetro das apostas do CME Group. O diretor do Fed Christopher Waller afirmou que a política monetária precisará continuar apertada por um período considerável – e por mais tempo que os mercados antecipam.

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Os juros dos Treasuries avançaram, com o yield da T-Note de 10 anos novamente acima de 3,50% e o de 2 anos, acima de 4%. Esse impulso preponderou sobre as taxas domésticas, mesmo quando o dólar voltou a cair no meio da tarde, para fechar em R$ 4,9151.

O economista da BlueLine Asset Flávio Serrano explica que havia espaço para correção na curva da B3. “Tivemos um fechamento forte das taxas ao longo da semana com um noticiário mais animador sobre o arcabouço fiscal e melhora dos indicadores de inflação nos Estados Unidos e no Brasil”, lembrou. Além disso, tem havido contribuição favorável do câmbio, sobretudo como amortecedor da pressão altista vinda do petróleo na inflação.

As declarações dos diretores do Banco Central Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais) e Diogo Guillen (Política Econômica), ontem a investidores em Washington, onde estão para participar da Reunião de Primavera do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, foram monitoradas, mas sem impacto relevante sobre a curva. Ambos mantiveram a linha da comunicação recente da autoridade monetária. Guillen disse que é preciso observar uma queda mais contundente dos núcleos de inflação e da inflação de serviços. Guardado reconheceu que houve alguma melhora recente, mas que as estimativas para a inflação permanecem “em níveis muito altos”.

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