O Goldman Sachs rebaixa recomendação de Zamp (ZAMP3) de neutra para venda e corta o preço-alvo para 12 meses de R$ 5,70 para R$ 4,00 por ação, agora representando 16% de potencial de queda em relação ao fechamento de ontem (15), e ante potencial médio de valorização de 3% para o universo de cobertura da casa. O banco também reduziu a previsão de Ebitda – ou seja, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização – para 2024 para a Zamp em 6%, o que o coloca 15% abaixo do consenso.
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O poder de precificação e o crescimento da área são os dois fatores mais importantes para a criação de valor a longo prazo no setor de hambúrgueres no Brasil, diz o Goldman, que enxerga um cenário desafiador para a Zamp em ambas as frentes.
“Persistentes desalinhamentos de preços, após seus aumentos agressivos no primeiro semestre de 2023, continuam colocando o Burger King em uma posição de difícil competição (em meio a fundamentos macro suaves) e, com o objetivo de restaurar a lucratividade de seu portfólio legado, acreditamos que a administração talvez precise conter temporariamente o crescimento da área”, diz o analista Thiago Bortoluci. “Os preços podem precisar ser ajustados para baixo.”
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Embora ele reconheça o histórico da diretoria em turnarounds, observa que esses desafios surgem enquanto a concorrente Arcos Dorados está apresentando seu momento operacional mais forte desde 2017. A Zamp atualmente é negociada com um prêmio de 3% sobre a Arcos (em termos de EV/Ebitda), mas Bortoluci acredita que a superioridade dos ganhos da Arcos fará com que ela seja negociada com um prêmio relativo em 12 meses.
Atualmente, o banco vê o Burger King (BKBR3) com um prêmio médio de 13% em relação ao McDonald’s no Brasil.