Os juros dos Treasuries recuaram nesta segunda-feira, após resultados distintos de leilões do Tesouro dos Estados Unidos e em meio à renovada aposta de que o Federal Reserve (Fed) efetuará um agressivo relaxamento monetário ao longo do ano que vem.
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No fim da tarde em Nova York, o rendimento da T-note de 2 anos caía a 4,877%, o da T-note de 10 anos cedia a 4,386% e o do T-bond de 30 anos baixava a 4,523%.
O Departamento do Tesouro americano promoveu dois leilões nesta tarde, um de US$ 54 bilhões em T-notes de 2 anos e outro de US$ 55 bilhões em T-notes de 5 anos. Ambos tiveram demanda aquém da média recente, mas o segundo apresentou um “tail” negativo – isto é, a média do juro máximo cobrado na operação foi menor que a do yield verificado no mercado secundário.
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Assim, os retornos se ajustaram para baixo, em um movimento que renovou a pressão que já havia sido agravada mais cedo por dado fraco do mercado imobiliário americano. De acordo com o Departamento do Comércio dos EUA, as vendas de moradias novas tiveram inesperada contração de 5,6% em outubro ante setembro.
“US$ 109 bilhões em oferta bruta de cupons [leilões] nesta segunda-feira foram insuficientes para impedir uma sólida oferta do Tesouro de redução dos rendimentos”, afirma o BMO Capital Markets, que indica a queda do petróleo também como um dos fatores que podem ter afetado os negócios, uma vez que indica menor inflação à frente.
Para os próximos dias, os participantes da renda fixa devem monitorar principalmente a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE), a métrica de inflação preferida do Fed, na quinta-feira.
O indicador será importante para calibrar as apostas para os próximos passos da autoridade monetária. Conforme mostra plataforma de monitoramento do CME Group, atualmente, a curva aponta como mais provável um cenário de corte acumulado de 100 pontos-base nos juros básicos ao longo de 2024.
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