- Apenas 39% dos pais brasileiros têm o hábito de dar mesada aos filhos, aponta levantamento divulgado pelo Serasa nesta terça-feira.
- O valor médio da mesada, para 74% dos pais entrevistados, é de até R$ 100. Essa quantia é destinada, principalmente, para comprar lanche na escola (33%) e para ensinar os filhos a poupar para o futuro (32%).
- Estudo também mostrou que 72% dos pais não fazem qualquer tipo de investimento ou poupança para os filhos atualmente.
A maioria dos pais brasileiros não tem o hábito de dar mesada aos filhos. Isso é o que aponta uma pesquisa realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, divulgada nesta terça-feira (10). De acordo com o levantamento, apenas 39% dos genitores têm esse costume. O estudo mostrou ainda que a grande maioria dos pais não faz qualquer tipo de investimento ou poupança para os filhos atualmente.
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Entre os cuidadores que pagam mesada, a maioria (62%) opta por dar o dinheiro mensalmente e em 74% dos casos a quantia não ultrapassa o valor de R$ 100. Segundo os pais entrevistados pela pesquisa, o dinheiro é destinado, principalmente, para comprar lanche na escola (33%) e para ensinar os filhos a poupar para o futuro (32%).
A faixa etária que mais recebe mesada é de crianças entre 6 e 11 anos (54%), seguida pelos adolescentes de 15 a 18 anos (45%).
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O estudo também questionou os genitores sobre hábitos de educação financeira e revelou que 72% não têm aplicações financeiras destinadas ao futuro dos filhos. Além disso, mesmo entre os genitores que juntam dinheiro para esta finalidade, 50% guardam essa quantia dentro da sua própria conta bancária, ou seja, não possuem uma conta específica para este fim.
O levantamento também apontou para a falta de conhecimento da população sobre produtos financeiros destinados a crianças e adolescentes. Segundo o estudo, 72% dos pais dizem não conhecer nenhuma dessas soluções. Entre os que afirmam ter informações, 8% mencionaram a Conta Digital Kids do Banco Inter, 5% citaram o Cartão Adicional Mesada da Caixa Federal e 4% destacaram o Nextjoy do Banco Next.
Tabu
Conversar sobre dinheiro continua sendo um tabu nas famílias. Entre os pais ouvidos pela pesquisa, 56% não se lembram de terem conversado com seus pais a respeito de finanças quando eram crianças. Esse indicador se sobressai entre as mulheres (65%) e nas classes D e E (64%).
Hoje, apesar de oito em cada dez pais alegarem que conversam com seus filhos sobre o assunto, apenas 24% começam a abordá-lo quando as crianças têm até 5 anos e 23% falam de dinheiro com os filhos de 6 a 8 anos.
Segundo a pesquisa, a introdução a assuntos como educação financeira e finanças pessoais ocorre principalmente quando é preciso explicar às crianças “quais produtos são caros ou baratos ou o que é possível ou não comprar” (41%) e quando os pais decidem “mostrar a importância de guardar dinheiro” (40%).
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