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Moedas globais: dólar sobe no exterior, de olho em juros do Fed

Publicação do número de vendas de moradias novas dos Estados Unidos esteve no radar

Moedas globais: dólar sobe no exterior, de olho em juros do Fed
Moedas Globais. Foto: Envato Elements

O dólar subiu contra rivais nesta sessão, impulsionado pelas expectativas de manutenção da política restritiva do Federal Reserve (Fed), reforçadas por dados fortes. Entre as divisas que perderam para a moeda americana, o dólar canadense se desvalorizou na esteira da decisão do BC do Canadá de deixar seus juros inalterados. Nos mercados emergentes, o peso argentino subiu contra o dólar blue, com investidores atentos para o segundo turno das eleições presidenciais locais.

O dólar ganhou impulso no exterior com a publicação do número de vendas de moradias novas dos Estados Unidos, que veio bem mais alto do que se esperava. O indicador deu mais um sinal de que a atividade dos EUA continua excepcionalmente forte, a despeito da desaceleração global. Um crescimento avantajado tende a fortalecer argumentos em prol da continuidade do aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed).

“Resumidamente os dados econômicos desta semana sublinham o quão fraco está o resto do mundo, enquanto os EUA continuam a crescer bem acima da tendência”, apontou o BBH. “Nada mudou fundamentalmente e não vemos razão para acreditar que a tendência ascendente do dólar tenha terminado.” Enquanto isso, é amplamente esperado que o Banco Central Europeu (BCE) deixe suas taxas principais inalteradas na decisão de amanhã. O euro recuou a US$ 1,0569.

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A libra caiu a US$ 1,2120 no pregão. No entanto, a City Index pondera que, com as decisões tanto do Fed quanto do Banco da Inglaterra (BoE) na próxima semana, os investidores estarão reticentes de se comprometer com qualquer um dos lados. Portanto, é esperado que haja mais volatilidade na divisa nos próximos dias, diz a consultoria.

O dólar canadense recuou contra sua contraparte americana, após a manutenção dos juros do BC do Canadá. O Ban of America (BofA) disse, em relatório, que espera que o banco central mantenha suas taxas por muitos meses e comece um ciclo de relaxamento rápido em junho do ano que vem. No curto prazo, o banco falou que ainda vê razões para haver um rali do dólar americano, potencialmente apoiado em uma leitura forte do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre nesta semana.

Já o dólar blue, negociado no mercado paralelo da Argentina, recuou a 1.000 pesos, de 1.100 ontem, segundo o jornal Ámbito Financiero. No mercado oficial, o dólar subia a 350,2288 pesos. O foco está nas corrida presidencial. Hoje, a terceira colocada na disputa do primeiro turno, Patricia Bullrich, anunciou apoio a Javier Milei contra Sergio Massa, atual ministro da Economia.