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Treasuries caem, com tensões geopolíticas em foco e à espera de dados dos EUA

As taxas tocaram as mínimas intraday no meio da tarde desta segunda-feira (12)

Treasuries caem, com tensões geopolíticas em foco e à espera de dados dos EUA
Juros (Foto: Adobe Stock)

As taxas dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) recuaram em toda a extensão da curva nesta segunda-feira (12), com o recrudescimento das tensões geopolíticas corroborando a busca pelos papéis da dívida americana em meio ao ajustes de posicionamento para os dados de inflação nos Estados Unidos.

O juro da T-note de 2 anos cedia de 4,048% no fim da tarde de sexta-feira para 4,008% nesta tarde. O da T-note de 10 anos recuava de 3,939% para 3,902% e o do T-bond de 30 anos cedia de 4,221% para 4,198%.

As taxas tocaram as mínimas intraday no meio da tarde. No Oriente Médio, fontes revelaram que Israel está no maior nível de alerta sobre ataque iminente pela primeira vez neste mês e que os Estados Unidos teriam enviado um segundo navio porta-aviões para a costa israelense, informou o Wall Street Journal. A Fox News, por sua vez, revelou que um ataque iraniano pode acontecer em menos de 24 horas. Outro foco de tensão vinha da Rússia, após ofensivas da Ucrânia dentro do território russo.

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O noticiário ajudou na busca de refúgio nos títulos, derrubando as taxas projetadas, que seguem em direção inversa ao rumo dos preços. O movimento antecede a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na quarta-feira. Nesta segunda-feira, a ferramenta FedWatch, do CME Group, atribuía uma probabilidade de 51,5% de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) cortar juros em 50 pontos-base em setembro, enquanto era de 48,5% a hipótese de um alívio de 25 pontos-base. Na sexta-feira, a hipótese de 25 pontos-base tinha se tornado a predominante.

No mercado de renda fixa corporativo, emissores de títulos dos EUA estão emitindo novos títulos em um esforço para reduzir os custos de empréstimos, refinanciando dívidas caras, dizem analistas da CreditSights em nota. “O mercado primário dos EUA iniciou o mês tradicionalmente mais lento com um ritmo robusto de emissão, precificando US$ 47,4 bilhões em novos papéis com grau de investimentos nos primeiros 9 dias de agosto.” Novas emissões têm se concentrado em títulos de longo prazo, e principalmente, nos segmentos de papéis classificados com a nota A ou BBB, segundo os analistas. Os títulos com nota A são os considerados como tendo uma qualidade alta e os BBB são classificados como sendo de boa qualidade.