Em mais um dia de agenda de indicadores econômicos esvaziada no exterior, observa-se uma relutância dos investidores em aumentar o nível de risco em seus portfólios. Isso se reflete nas oscilações bastante contidas dos principais mercados europeus e entre os índices futuros em Nova York – ainda que o tom seja levemente negativo.
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Ao que tudo indica, nem mesmo os dados chineses de comércio exterior melhores do que o esperado estão sendo suficientes para contrapor as recentes mensagens mais duras de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre o curso da inflação na maior economia do mundo – logicamente com contribuições negativas para as projeções de cortes antecipados nas fed funds (equivalente à taxa Selic no Brasil). Confira mais detalhes dos mercados asiáticos nesta matéria.
Em outros mercados, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) e o dólar avançam, enquanto os contratos futuros do petróleo operam em alta, estendendo ganhos da sessão anterior. No entanto, os preços futuros do minério de ferro encerraram a sessão em queda de 1,65% na madrugada em Dalian, na China.
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Por aqui, além desse fôlego mais ameno lá fora, a decisão (dividida) do Comitê de Política Monetária (Copom), na noite dessa quarta-feira (8), de reduzir a Selic em 0,25 pp, para 10,50%, deve limitar o desempenho dos ativos locais e impor prêmios adicionais ao longo de toda a curva de juros. De fato, o EWZ, o principal ETF brasileiro negociado no exterior, caía quase 1%.
Agenda econômica 09/05:
EUA: Destaque para os pedidos semanais de auxílio-desemprego (9h30) e o pronunciamento da presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, em um evento (15h).
Europa: O Banco Central da Inglaterra (BoE) divulgou sua decisão de política monetária (8h) e o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, discursará em evento (9h15).
China: As exportações do país tiveram alta de 1,5% em abril ante igual mês do ano passado, após caírem 7,5% em março, superando a expectativa de alta de 1,3%. Também no confronto anual, as importações registraram um salto de 8,4% em abril, após a queda de 1,9% em março, também superando o consenso de alta de 4,0%. O país acumulou superávit comercial de US$ 72,4 bilhões em abril, maior do que o saldo positivo de US$ 58,6 bilhões de março e acima da projeção de US$ 71 bilhões.
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