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Mercado

A crise energética global é culpa do ESG?

Apagões e desabastecimentos preocuparam mercados, que passam a questionar a ‘pressão ESG’

Por Jenne Andrade

06/10/2021 | 3:00 Atualização: 05/10/2021 | 20:01

Xi Jinping, presidente da China (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Xi Jinping, presidente da China (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

No início do ano, o mercado foi surpreendido com a possibilidade de o Brasil viver uma grave crise hídrica neste segundo semestre. Por ora, o desenrolar da falta de chuvas não desembocou em apagões ou rodízios de energia, mas o aumento da conta de luz já pesa no bolso dos brasileiros sob vários aspectos. Isso porque o encarecimento da energia resulta no encarecimento de toda a cadeia produtiva.

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Do outro lado do mundo, entretanto, algumas regiões já estão ficando no escuro em função justamente de uma ‘tempestade perfeita’. É o caso da China, cujos apagões constantes ameaçam o ritmo de produção das empresas, gerando desabastecimento e, consequentemente, aumento dos preços dos produtos. Segundo o Goldman Sachs, cerca de 44% da atividade industrial no país está sendo impactada pela falta de energia.

A crise por lá não vem da falta de chuvas, mas da diminuição dos estoques de carvão, que é o insumo utilizado pelos chineses para manter a rede elétrica funcionando em praticamente metade do país. Entre os principais motivos por trás da queda dos estoques está o descompasse entre oferta e demanda causado pela retomada econômica pós-coronavírus. Isso significa que a necessidade de fornecimento de energia, que diminuiu consideravelmente durante os lockdowns, se recuperou muito mais rápido do que a indústria conseguiu prever e acompanhar.

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Aliado a esse defasagem entre oferta e demanda provocada pela pandemia, não só a China, mas diversos países europeus estão com uma mudança de matriz energética em curso, em direção a atingir as métricas ESG – sigla em inglês que significa boas práticas ambientais (E, de environmental), sociais (S, de social) e de governança (G, de governance).

A gigante asiática, por exemplo, tem a meta de zerar a emissão de carbono até 2060 e se movia, até então, rapidamente para deixar de usar materiais poluentes. O aço, utilizado em infraestrutura, e o carvão, para energia, são dois desses insumos que são nocivos ao meio ambiente.

“Estamos vivendo um desarranjo na cadeia produtiva global. Depois do covid, o mundo quer crescer, mas está obviamente esbarrando em algumas limitações. A energia elétrica é uma delas”, explica Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos. “Em resumo, o mundo quer fazer duas coisas ao mesmo tempo: voltar à normalidade e mudar a matriz energética. Temos que decidir o que vamos fazer.”

Contudo, com o aprofundamento da crise energética, Pequim já orientou as estatais de mineração chinesas a aumentarem a produção de carvão ‘a todo custo’, de acordo com informações da Bloomberg. Para os mercados mundiais, a crise energética na China é bastante preocupante porque pode afetar os preços produtos em escala global, ou seja, provocar um choque inflacionário.

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A Bolsa brasileira já sofre com essa possível desaceleração econômica chinesa. “Na Vale, 55% das receitas vem da China. A Petrobras tem a China como maior importador de petróleo cru da companhia. Na Suzano, o principal mercado de celulose da fibra curta é o chinês. A JBS também tem na China um parceiro comercial fundamental”, explica Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

Essa também é a visão de Costa, da Fatorial. “A crise energética no mundo deverá segurar o crescimento global e o Brasil é um exportador de commodities. Se o mundo vai crescer menos, o Brasil exportará menos. E se o país vai exportar menos, as empresas lucrarão menos e o esperado é que as ações valham menos”, afirma.

Sinal amarelo em todo o mundo

Na Índia, o risco de apagões também começa a dar sinais de alerta, por conta da escassez do carvão. Em paralelo, a Europa enfrenta uma crise energética, mas devido ao aumento da demanda de outro insumo nesse ‘pós-covid’: o gás natural, que quadruplicou de preço em 12 meses. Além de importante fonte energética no continente europeu, pois é usada em aquecedores principalmente no inverno, que ainda não começou. Portanto, a perspectiva é de piora nos próximos meses.

“É difícil substituir o combustível fóssil com grande velocidade e ficar só na base de eólico e solar. Sempre tem uma dependência, no caso da Europa é do gás natural, que é importado da Rússia e teve uma disparada de preços”, afirma Roberto Nemr, analista da Ohmresearch. “Em geral, o petróleo também subiu, com a demanda subindo com os países voltando à circulação plena.”

Efeito da ‘Pressão ESG’?

A situação dos mercados globais, com crises energéticas ‘estourando’ em vários países, fez pipocar críticas sobre a ‘pressão ESG’, em especial sob as companhias do setor de óleo e gás.

Isso porque, com o ESG ganhando relevância entre investidores nos últimos anos, as empresas de setores mais poluentes começam a ser pressionadas a utilizarem energias mais limpas, mas que ainda não são autossuficientes. Em um momento de aumento brusco de demanda, como o que estamos vivendo agora, a diminuição dos combustíveis fósseis surgiria como um ‘problema’ ao invés de uma ‘solução’.

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“Para fazer a troca de matriz energética e produzir uma energia mais limpa, também precisa de energia e isso tem que ser colocado na conta. As coisas estão ficando mais caras por aspectos econômicos e também por essa mudança energética, que o mundo não vai conseguir fazer em um estalar de dedos”, afirma Costa.

Arbetman ressalta que é preciso equalizar esse processo em direção à utilização de energia limpa. “Dentro da temática do ESG, eu vejo que esse endereçamento da agenda verde foca fundamentalmente no E (ambiental). A questão é como melhorar o E, sem prejudicar o S (social), porque muitas das usinas termelétricas, por exemplo, estão instaladas em comunidades remotas e em ecossistemas muitas vezes isolados, que necessitam de renda daquela usina”, explica.

No entanto, apesar da motivação a mudança de matriz energética ser mais um fator que contribuiu para a tempestade perfeita das crises de energia pelo mundo, apontar o ESG como culpado pode ser um argumento raso. Segundo Nemr, da Ohmresearch, houve a coincidência de uma série de problemas logísticos afetarem os países, em um momento que a demanda volta forte após um controle maior da pandemia.

“Eu não acredito que esse descompasse vai durar muito tempo, que seja algo estrutural. Acho que tem muito exagero nas projeções, como se o ano que vem inteiro fosse afetado por isso”, afirma. “É bem provável que tenha um jogo geopolítico aí, um discurso dos países produtores, para falar que é impossível ficar sem combustíveis fósseis e que a agenda verde é ruim. Isso é uma propaganda enganosa, a ideia é manter a produção de energia no mesmo patamar e ir substituindo (por energia limpa) aos poucos.”

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Para Fabio Alperowitch, diretor da Fama Investimentos e pioneiro em ESG no Brasil, atribuir ao ESG a responsabilidade por esse choque de oferta é esquecer a displicência com que os países, no geral, sempre trataram a questão climática. Na visão do especialista, o mundo ‘engavetou’ a pauta por décadas e resolveu se mexer apenas quando os problemas ficaram urgentes demais para serem ignorados. E agora, sofre as consequências de não ter agido antes, quando poderia fazer um processo de transição mais suave.

É importante lembrar que, na China, a poluição do ar chegou a níveis alarmantes em meados de 2014, quando Pequim quase se tornou inabitável. As imagens de chineses andando nas ruas envoltos em nuvens espessas de poluentes rodaram o mundo. Alperowitch comparou a situação atual com a de um motorista que, repetidamente, ignora sinais de alerta de que seu carro está apresentando falha até ser tarde demais e o veículo quebrar no pior momento possível.

“São duas da manhã. O motor funde. Você está no meio da estrada. Não há ajuda próxima. Está perto de um bairro perigoso. Chegam uns elementos e te assaltam apontando uma arma na sua cabeça. Você passa muito medo e desespero. Ao conseguir retornar para casa você culpa: o motor? A Volkswagen? Ou a sua displicência?”, explica Alperowitch.

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