- A divulgação dos resultados do balanço da empresa aconteceu nesta quarta-feira (9)
- No 4T21, o lucro líquido operacional foi de R$ 125 milhões, enquanto no mesmo período de 2020, o montante foi de R$ 470 milhões
- Para analistas, o resultado ruim está associado ao cenário de inflação e alta dos juros
O dia não começou bem para a Via Varejo (VIIA3). Após a divulgação do seu balanço referente ao 4º trimestre de 2021 na noite de ontem, as ações despencaram nas primeiras horas do pregão desta quinta-feira (10).
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No fim da manhã, os papéis sofreram uma derrocada de 6,74%, negociados a R$ 3,18. Para os analistas, a penalização se deve ao baixo resultado da empresa nos últimos três meses do ano passado referente às lojas físicas.
De acordo com os dados da companhia, o lucro líquido operacional da Via Varejo foi de R$ 125 milhões durante o quarto trimestre. Em comparação ao mesmo período de 2020, o volume é 73,4% menor. Segundo Andre Zonaro, sócio e analista de ações Small Caps da Nord Research, o resultado mostrou que a companhia não conseguiu garantir a recuperação econômica das suas vendas em lojas físicas mesmo em períodos de alto consumo para o varejo.
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“Espera-se que uma empresa de varejo dê bons resultados no quarto trimestre. Se a empresa não dá resultado, é porque a companhia está indo mal”, afirma Mário Goulart, analista da O2 Research. Por volta das 11h, os papéis VIIA3 sofreram uma queda de 5,57%, sendo negociados a R$3,22. Uma hora depois, a desvalorização foi ainda maior. Alcançou o percentual de -6,74% e, logo depois, chegou a -7%.
Por outro lado, no acumulado do ano, o lucro líquido operacional foi de R$ 538 milhões em 2021. O montante é 32% superior ao que foi registrado ao longo de 2020.
O crescimento também foi visto na receita bruta, que cresceu 5,6% em relação ao ano anterior. Para Zonaro, a alta foi impulsionada pelas vendas on-line e, mesmo assim, o bom desempenho no digital não repercute de forma positiva porque os investimentos no e-commerce iniciaram somente a partir de 2019 ao contrário de outras companhias. “A sensação é que isso é muito mais uma recuperação de tempo perdido doque de fato de uma vantagem competitiva”, avalia.