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Gestores veem Ibovespa entre 95 mil e 110 mil pontos no fim de 2022

Houve uma queda em relação à projeção anterior, quando o fechamento anual era entre 110 mil e 130 mil pontos

Gestores veem Ibovespa entre 95 mil e 110 mil pontos no fim de 2022
Expectativas do mercado para o Ibovespa ao fim de 2022 recuaram de patamar em julho. Foto: Werther Santana/ESTADÃO
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  • Segundo o BofA, a proporção de gestores que vê o dólar entre R$ 5,11 e R$ 5,70 no fim do ano saltou a 74% em julho
  • Cerca de 77% dos gestores esperam crescimento do PIB acima de 1,0% em 2022

Por Marianna Gualter e Guilherme Bianchini – As expectativas do mercado para o Ibovespa ao fim de 2022 recuaram de patamar em julho, na comparação com junho, de acordo com a última edição da LatAM Fund Manager Survey. pesquisa de gestores de fundos da América Latina, do Bank of America (BofA).

Dois terços dos gestores veem fechamento do índice entre 95 mil e 110 mil – queda em relação à leitura anterior, quando a projeção majoritária era de fechamento entre 110 mil e 130 mil pontos.

Segundo o BofA, a proporção de gestores que vê o dólar entre R$ 5,11 e R$ 5,70 no fim do ano saltou a 74% em julho, ante 9% em junho. No levantamento anterior, a expectativa majoritária era de câmbio entre R$ 4,81 e R$ 5,10.

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Enquanto somente 35% dos entrevistados em junho esperavam ver o dólar mais forte em 2022, agora a percepção abrange 71% dos participantes.

Os resultados da pesquisa conduzida pelo BofA mostram que as expectativas para o crescimento do PIB brasileiro permaneceram estáveis entre as medições. Cerca de 77% dos gestores esperam crescimento acima de 1,0% em 2022, com a maior parte das estimativas concentradas no intervalo de alta máxima de 2,0%. Ainda de acordo com o levantamento, em julho, 61% dos gestores esperam que a taxa Selic encerre 2022 entre 13,50% e 13,75%.

Preocupação com as eleições

Segundo o BofA, a proporção de gestores preocupados com as eleições de 2022 no Brasil caiu de 61% em junho para 48% em julho. O movimento foi acompanhado por um recuo na expectativa de reação do mercado ao pleito, de cerca de 80% no mês anterior para uma porcentagem próxima a 70% nesta leitura.

A situação fiscal brasileira, porém, é motivo de preocupação para a maioria dos entrevistados. Cerca de 45% dos gestores já estão preocupados com a situação no curto prazo e em torno de 40% se preocupam com os planos fiscais após a eleição.

Apesar da proximidade do pleito, os maiores riscos ao cenário são externos, observam os analistas do BofA David Beker, Paula Andrea Soto, Claudio Irigoyen, que assinam relatório do banco. Entre os fatores de preocupação, são citadas as perspectivas de desaceleração das economias da China e dos Estados Unidos.

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O BofA ouviu 31 gestores, com cerca de US$ 47 bilhões sob gestão.

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