- Muitos jovens escolhem profissões com base naquilo em que vão bem na escola, sem considerar habilidades extracurriculares; isso pode fazer com que se sintam frustrados
- Fazer um trabalho de aconselhamento profissional com um jovem não é sobre definir uma profissão, mas sobre mapear os pontos fracos e fortes daquela pessoa
- De qualquer forma, é preciso mostrar ao jovem que o mais importante é tentar. Mesmo quando ainda não se tem certeza sobre a sua vocação
A definição do dicionário para a palavra vocação fala sobre uma habilidade nata para desenvolver alguma atividade. No latim, é sinônimo de “chamado”, como se você tivesse vindo à Terra para desenvolver um determinado papel por motivos superiores aos que podemos ver ou entender.
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Quando falamos em carreira nas aulas da Multiplicando Sonhos (MS), muitos alunos me perguntam se eu sempre soube “o que eu queria ser quando crescer”. Isso me levou a avaliar o meu processo de escolha profissional e percebi algumas coisas.
Ao contrário de muita gente, não escolhi minha profissão focando em quem eu queria ser, mas sim em quem eu sou. E acredito que essa é uma dica que pode ajudar muitos jovens a trilhar caminhos mais sólidos em suas vidas.
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Desde criança, sempre gostei de números e mantive uma boa relação com áreas de Exatas. Mas foi na adolescência que percebi uma grande habilidade minha – que me levou a escolher não só o meu curso de graduação, de Comércio Exterior, como também a minha carreira como professor e multiplicador de sonhos por meio da educação financeira. Eu era bom em administrar coisas e me comunicar com pessoas.
Meus amigos, professores e até familiares viviam me pedindo ajuda para organizar eventos e tarefas que deviam ser feitas em grupo. Eu vivia lidando e conversando com pessoas com o objetivo de tirar algo do papel. Por isso, provavelmente eu não me daria bem trabalhando em um escritório fechado, isolado do mundo, fazendo apenas contas e planilhas de excel.
Onde quero chegar: muitos jovens escolhem profissões com base naquilo que eles vão bem na escola, sem considerar habilidades extracurriculares. Isso pode fazer com que eles se sintam frustrados e perdidos. Afinal, a verdade é que somos muitos mais do que as disciplinas escolares. E isso precisa ser levado em consideração.
Aconselhamento profissional
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Angel O’Hara, gerente de gente e performance da MS, explica que fazer um trabalho de aconselhamento profissional com um jovem não é necessariamente sobre definir uma profissão a qual ele deve seguir, mas sim sobre mapear os pontos fracos e fortes daquela pessoa para que ela tome decisões mais seguras ao longo da sua vida profissional.
“Mesmo se a pessoa escolher uma carreira que não tem tanto a ver com as competências dela, é possível mapear quais são as habilidades que ela precisa desenvolver para ter sucesso nesse caminho que ela escolheu”, diz.
Já para os indecisos, ter maior clareza sobre suas habilidades ajuda a escolher uma profissão que talvez ele não tenha enxergado ainda. Ou, pelo menos, a riscar da lista de possibilidades as áreas nas quais ele jamais se veria trabalhando.
De qualquer forma, é preciso mostrar ao jovem que o mais importante é tentar. Mesmo quando ainda não se tem certeza sobre a sua vocação, é na prática que você se aproxima dela.
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“É importante lembrar que nenhuma decisão profissional é uma decisão permanente. Quando a gente fala de carreira, tudo é muito transitório e, por isso, tentar faz mais sentido do que esperar ter certeza para tomar uma ação”, diz Angel.
Pensando na vida profissional como um caminho, se você pegou uma estrada e no meio do caminho percebeu que a paisagem não é como você esperava que fosse, é sempre possível recalcular a rota e pegar uma via alternativa.
Na primeira aula do programa da Multiplicando Sonhos falamos sobre sonhos e como se planeja para alcançá-los. É por meio dos sonhos, dos propósitos de vida, que nos animamos para levantar todas as manhãs para conquistar. E o que isso tem a ver com carreira e a vida financeira? Tudo! Pra mim, o futuro começa com um sonho e é traçando metas e objetivos que a gente chega lá, tanto no trabalho como nas finanças.
Colaboração: Giovanna Castro
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