- "Temos inflação comparativamente baixa e taxa de juro real fora de propósito. Mercado sabe disso, não entendo porque esse custo da farra eleitoral não vem a público com clareza", disse.
- Segundo Haddad, há bolhas especulativas por todo lado no mundo, em um movimento que mostra que "o que ocorreu em 2008", em referência à crise financeira, não acabou até hoje.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que apesar do momento desfavorável da economia internacional, o Brasil pode voltar a crescer, com baixa inflação e desemprego, se as “peças forem encaixadas” corretamente.
Leia também
Em entrevista ao vivo promovida pelo Brasil 247, o ministro considerou que a alta liquidez externa se converte hoje em inflação mais alta nos Estados Unidos e na Europa. No caso do Brasil, ele citou que a situação inflacionária é melhor do que nesses países desenvolvidos, com o maior juro real do mundo.
“Temos inflação comparativamente baixa e taxa de juro real fora de propósito. Mercado sabe disso, não entendo porque esse custo da farra eleitoral não vem a público com clareza”, disse. “O presidente fadado ao fracasso desesperadamente buscou a reeleição. A expansão de gasto veio acompanhada de brutal elevação dos juros“, completou, voltando a relacionar o ciclo de alta de juros promovido pelo Banco Central às medidas adotadas pelo governo Jair Bolsonaro às vésperas da eleição.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Segundo Haddad, há bolhas especulativas por todo lado no mundo, em um movimento que mostra que “o que ocorreu em 2008”, em referência à crise financeira, não acabou até hoje. “Quando o mercado externo está bom, há condições mais e menos favoráveis. Grande mérito dos grandes governantes é aproveitar janelas de oportunidade. Não é duradouro céu azul em economia de mercado com especulação financeira mundial”, avaliou.