Intenção de consumo em SP atinge maior patamar desde março de 2020

Por Luiz Araújo

09/03/2023 | 0:01 Atualização: 08/03/2023 | 21:18

Os dados do índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), indica melhora das finanças nos lares de São Paulo. Em fevereiro, houve crescimento pelo sexto mês seguido, de 2,6%, e o ICF a voltou a superar a barreira dos 100 pontos, chegando a 100,2 pontos, o que não ocorria desde março de 2020.

A pesquisa é uma das três realizadas pela FecomercioSP em fevereiro que apontam para uma melhora gradativa nas condições econômicas das famílias. Também foi captada a redução da inadimplência e endividamento e aumento do Índice de Confiança do Consumidor (ICC).

Detalhamento

Todos os sete itens analisados pela pesquisa de ICF registraram alta no mês. Os destaques ficam para os itens momento para duráveis e perspectiva de consumo, que subiram 6,7% e 6,3%, respectivamente. O primeiro avançou para os 60,8 pontos e o segundo atinge os 97,2 pontos.

Para a FecomercioSP, as tradicionais liquidações do início do ano, com boas oportunidades de compras a preço mais baixo, animaram os consumidores paulistanos. O relatório pondera, contudo, que dessa forma pode haver um ajuste nos próximos meses devido à volta dos preços aos níveis normais.

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O item emprego atual subiu 1% e se posiciona nos 128,3 pontos, o item com melhor avaliação no mês pelo ICF. Há também o otimismo em relação a melhoria profissional do responsável do domicílio. O item perspectiva profissional apontou leve aumento de 0,5% e ficou nos 116,9 pontos.

Com a inflação mais amena e por conta do reajuste do salário mínimo, o item renda atual das famílias paulistanas passou de 118,2 pontos em janeiro para os atuais 122,2 pontos, alta de 3,4%.

Os demais aumentos foram de acesso a crédito, de 0,9% e do nível de consumo atual, de 1,8%. O primeiro ficou nos 95,9 pontos e o segundo, 80,3 pontos.

A recuperação está se dando de forma mais acentuada na faixa de renda mais baixa, inferior a dez salários-mínimos. O ICF para esse grupo avançou 3,4% e atingiu os 98 pontos. Ao mesmo que, para a faixa de renda superior a 10 salários mínimos, o índice apresentou leve aumento de 0,4% e atinge os 106,7 pontos. Essa diferença de 8,7 pontos é a menor desde agosto de 2019.

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