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Tesouro Educa+ pode compensar mais que o IPCA+? Veja a comparação

Simulação de especialista aponta qual dos títulos se coloca como a melhor opção no longo prazo

Tesouro Educa+ pode compensar mais que o IPCA+? Veja a comparação
Imagem de Freepik
  • O Tesouro Direto lançou seu novo título, o Tesouro Educa+, na última terça-feira (1). A aplicação focada no planejamento financeiro para os estudos dos filhos dispõem de 16 títulos, para famílias que planejam começar a receber os valores em 2026 até 2041
  • Os títulos do Tesouro Educa+ rendem de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) somado a uma taxa fixa, similar ao IPCA+

O Tesouro Direto lançou seu novo título, o Tesouro Educa+, no primeiro dia de agosto. E logo de início a aplicação focada no planejamento financeiro para os estudos dos filhos dispõe de 16 títulos com vencimentos a partir de 2026 até 2041. Com o aumento do portfólio oferecido pelo Tesouro Direto, o investidor dispõe de alternativas para alcançar o objetivo de financiar a educação dos jovens. Mas qual delas proporciona a melhor escolha?

No Tesouro Educa+, diferentemente de investimentos mais tradicionais como o Tesouro IPCA+ ou o Tesouro Selic, o pagamento do valor final não ocorre em um único depósito. Os titulares recebem o dinheiro em parcelas mensais equivalentes durante cinco anos a partir da data de vencimento. O desenho do fluxo de remuneração busca justamente se aproximar de uma mensalidade e equiparar o período médio de um curso universitário.

Não é difícil investidores habituados ao Tesouro Direto se confundirem quanto ao prazo de resgate do título. Geralmente, o nome dos produtos indica o seu vencimento: o Tesouro Selic 2026, por exemplo, vence em 2026. Devido à sua dinâmica de mensalidades, o Educa+2026, por exemplo, não se encerra no prazo que consta no seu nome, mas em 2030, devido à dinâmica de pagamentos mensais – que começam na data do vencimento. O funcionamento é similar ao do Tesouro Renda+, com foco na aposentadoria.

Apesar dessas particularidades, no fim a fórmula de rendimento é bastante similar ao Tesouro IPCA+. Os títulos do Tesouro Educa+ rendem de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) somado a uma taxa fixa. Quando o período de pagamentos começa, os investidores deixam de depositar. No IPCA+, por sua vez, o investidor recebe todo o valor investido mais os rendimentos até o vencimento.

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O Tesouro IPCA+ costuma oferecer opções de prazo de vencimento mais espaçados. Caso um investidor deseje fazer aportes nesta modalidade pensando na educação dos filhos e não houver um prazo de vencimento adequado ao início planejado da universidade, ela deverá fazer adaptações, como investir em um título com prazo mais curto e, posteriormente, encontrar algum investimento com vencimento no ano desejado.

Qual opção vale mais a pena?

O Tesouro Educa+ é um produto desenhado especificamente para facilitar o pagamento de ensino privado. “Foi desenvolvido pensando no investidor que quer acessar a educação privada, seja ensino técnico ou intercâmbio, mas principalmente ensino superior, e está se planejando com antecedência”, aponta Kaique Fonseca, economista e sócio da A7 Capital.

Quem investe na modalidade pode ficar mais despreocupado quanto a eventuais necessidades de aplicar o valor em novos títulos ou mesmo precisar gerir o dinheiro durante a duração do curso universitário. Segundo Fonseca, outra vantagem do Tesouro Educa+ em relação ao IPCA+ é que a B3 isenta o investidor do Educa+ da taxa de custódia, desde que ele mantenha o título até o vencimento e que a renda auferida seja menor do que 4 salários-mínimos (vigentes no momento do recebimento da renda).

Um levantamento de Andressa Camilo, especialista de renda fixa da Acqua Vero, aponta que o rendimento do Tesouro Educa+ bate o IPCA+ em qualquer uma das comparações. Para chegar ao cálculo, a especialista considerou o período de vencimento do Tesouro IPCA+ contra o fim do período de arrecadação do Tesouro Educa+.

“O Tesouro IPCA+ com juros semestrais terá uma rentabilidade menor pois ao pagar cupons o efeito dos juros compostos será menor, no entanto, o risco do ativo com pagamentos recorrentes será sempre menor”, diz Camilo.

A especialista ainda pondera que as simulações podem não refletir a realidade devido à diferença de taxa do ativo e do IPCA efetivo –  inflação e outros eventos reais sobre o montante projetado – do período. Para as contas, foi considerado um IPCA de 3,84% ao ano e um investimento mensal de R$ 300 até a data final de arrecadação em quatro títulos diferentes.

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