As bolsas da Europa fecharam com viés positivo após operar sem direção única durante a maior parte do pregão, enquanto investidores ponderavam sobre perspectivas para o cenário econômico europeu e dos Estados Unidos. O movimento também refletiu a melhora no apetite por risco em Nova York no início da tarde desta terça-feira (17), ao passo que o mercado acionário americano flertava com o azul, apoiado pelo setor de energia.
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O mercado europeu abriu em alta, contudo, perdeu força ao longo da manhã e passou a operar sem direção única. Em nota, o CMC Markets analisa que as bolsas tiveram dificuldade em manter os ganhos devido a pressão da nova escalada em toda a curva de juros de títulos soberanos.
Dados de varejo e indústria indicando a resiliência da economia dos Estados Unidos ampliaram expectativa de mais aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), acelerando a alta dos rendimentos e ampliando a cautela de investidores junto a preocupações com os conflitos no Oriente Médio.
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Por outro lado, a perspectiva aperto na oferta de petróleo, em razão dos conflitos, ofereceu apoio temporário para os preços da commodity, incentivando uma melhora no apetite por risco em Nova York e nos mercados europeus. Segundo a CMC, isto permitiu uma performance forte de empresas do setor de energia, como a Shell (+0,86%), e impulsionou o FTSE 100 neste pregão.
No fechamento, a Bolsa de Londres teve alta de 0,58%, a 7.675,21 pontos, conforme cotações preliminares. Entre outros destaques no mercado britânico, a Rio Tinto teve queda marginal de 0,06%, após a empresa divulgar relatório de produção do terceiro trimestre em linha com as expectativas, e Rolls-Royce subiu 0,98%, seguindo anúncio de cortes no quadro de funcionários.
No início da manhã, as bolsas europeias também encontraram breve apoio no avanço maior do que o esperado do índice alemão ZEW de expectativas econômicas em outubro, a -1,1. Para a Capital Economics, o dado sugere que investidores estão menos pessimistas sobre o cenário econômico, porém ainda indica fraqueza da atividade alemã e apoia a visão de que o país provavelmente está em recessão.
Em Frankfurt, o DAX fechou em alta de 0,09%, aos 15.251,69 pontos; em Paris, o CAC 40 subiu 0,11%, aos 7.029,70 pontos; em Milão, o FTSE MIB caiu 0,09%, aos 28.367,36 pontos; em Madri, o Ibex 35 teve alta marginal de 0,02%, aos 9.288,90 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 ganhou 0,45%, aos 6.144,03 pontos. As cotações são preliminares.
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