A Petrobras (PETR3; PETR4) operou nesta quarta-feira (15) sob a notícia da troca de comando na companhia e, como a estatal responde por boa parte do desempenho do Ibovespa, este é o principal fator que impactou o mercado na sessão de hoje. A causa da troca, segundo apurou o Broadcast, se deve à cobrança por maior velocidade na execução dos projetos anunciados pela companhia.
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Na noite da terça-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a demissão de Jean Paul Prates, cuja saída já era especulada e aconteceu um dia após a divulgação do balanço da estatal. A empresa terminou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 23,7 bilhões, uma queda de 37,9% em comparação com mesmo período do ano anterior.
O presidente indicou para a presidência da Petrobras Magda Chambriard, a ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff – veja aqui quem é a nova CEO da petroleira.
Confira aqui em tempo real o desempenho dos papéis da Petrobras no mercado nesta quarta-feira, bem como seus impactos para o Ibovespa, o dólar e outras companhias listadas.
17h40 – Prates envia vídeo de despedida a colaboradores da Petrobras
Jean Paul Prates enviou um vídeo de despedida para os empregados da Petrobras, onde agradece a oportunidade de dirigir a empresa ao presidente Lula, fazendo um breve resumo da sua passagem pela companhia, com destaque para a criação da diretoria de Sustentabilidade e Transição Energética.
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“Com o coração cheio de gratidão, me despeço mais uma vez dessa empresa, na qual sinto muito orgulho de ter começado a minha carreira. Agradeço especialmente ao presidente Lula, de dar a partida no processo de transição de uma empresa de energia que agora está preparada para o futuro”, disse Prates minutos antes de deixar o prédio sede da estatal nesta quarta-feira (15), no Rio de Janeiro.
Prates lembrou que durante a sua gestão a Petrobras foi reposicionada e teve uma grande valorização no mercado de ações, chegando a dobrar de tamanho em um ano. Para o ex-presidente, a história da empresa “excede a biografia dos que a preside”, e que dias melhores ainda estão por vir na empresa.
“A jornada rumo a um futuro mais sustentável é uma responsabilidade de todos e todas. Nós temos certeza que a Petrobras continuará a trilhar esse caminho de sustentabilidade. Fizemos a diferença, até breve”, encerrou.
17h30 – Entrada de Magda Chambriard foi costurada em abril, dizem fontes
A entrada da engenheira Magda Chambriard na Petrobras estava sendo costurada desde o final de abril, segundo fontes entrevistadas pelo Broadcast. O mês foi marcado pelo aumento das tensões entre o então presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e os ministros do governo Lula.
Não à toa, a executiva esteve na OTC 2024, em Houston, no início de maio, a maior feira de petróleo do mundo, “para mostrar a cara ao mercado”, disse uma fonte próxima ao assunto.
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Quando assumir de fato o comando da estatal, Chambriard terá como primeira tarefa acelerar os investimentos da empresa. A lentidão da entrega de projetos foi um dos motivos alegados para a demissão de Prates.
Outra decisão a ser tomada será a permanência ou não de diretores ligados a Prates. O mais próximo ao ex-presidente, Sergio Caetano Leite, de Finanças, foi demitido nesta quarta-feira (15).
17h10 – Ações da Petrobras (PETR3;PETR4) fecham em queda de 6% e estatal perde R$ 34,05 bilhões em valor de mercado
Os papéis preferenciais (PETR4) terminaram a sessão em baixa de 6,04% a R$ 38,40, enquanto os ordinários (PETR3) fecharam em queda de 6,78% a R$ 40,01.
Com isso, a estatal perdeu R$ 34 bilhões em valor de mercado. A demissão de Jean Paul Prates da presidência penalizou fortemente as ações da Petrobras no pregão desta quarta-feira (15), apesar da possibilidade de uma troca de comando na estatal já ser esperada.
O Ibovespa também encerrou em baixa, pressionado pela Petrobras e o dia negativo para os grandes bancos. A principal referência da B3 recuou 0,38%, aos 128.027,59 pontos.
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Na terça-feira (14), as ações preferenciais da empresa haviam registrado o maior volume de estoque de aluguel em 12 meses, segundo dados de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria, apurados para esta reportagem.
De acordo com Rivero, muitos investidores que operaram os contratos de aluguel na terça-feira registraram ganhos significativos com a queda das ações. “A demissão de Prates influenciou fortemente o mercado, resultando em oportunidades lucrativas para aqueles que estavam envolvidos em operações de aluguel de ações da Petrobras”, ressalta o especialista.
16h54 – Ex-conselheiro da Petrobras não acredita que nível dos dividendos serão rebaixados com novo comando
O advogado Leonardo Antonelli, ex-conselheiro da Petrobras entre 2020 e 2021 e assessor de alguns dos maiores acionistas minoritários da companhia, disse ao Broadcast não acreditar que o nível de pagamento dos dividendos da estatal seja rebaixado sob a gestão de Magda Chambriard.
A tese, portanto, é que a Petrobras deve manter a apuração de dividendos em 45% do fluxo de caixa livre. Até julho do ano passado, esse porcentual era de 60%, o que foi reduzido em 15 pontos porcentuais pela gestão Prates. O mínimo legal é de 25%.
O advogado, diz que o melhor interesse da empresa no momento é preservar a estabilidade e que, portanto, não deve haver dificuldades na aprovação no nome de Magda nas instâncias do conselho de administração, ao menos da parte de seus clientes.
16h50 – Ações da Petrobras (PETR3;PETR4) ampliam queda antes do fechamento; valor médio de mercado cai R$ 33,98 bilhões
Seguindo a forte baixa causada pela demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras nesta quarta-feira (15), os papéis ordinários (PETR3) tombam 6,85% logo antes do fechamento, às 16h39, cotados a R$ 39,99, enquanto os preferenciais (PETR4) recuam 5,95% e são negociadas a R$ 38,44.
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O Ibovespa permanece no campo vermelho, considerando o mergulho de Petrobras e o dia negativo para os grandes bancos. No horário mencionado, o índice recua 0,34% aos 128.081,87 pontos.
A forte queda das ações da Petrobras reduz o valor de mercado da estatal em R$ 33,98 bilhões, firmando há pouco R$ 508,98 bilhões no total. Vale destacar que esse dado foi calculado a partir de uma média entre os papéis ordinários e preferenciais da empresa.
16h38 – Troca de comando da Petrobras afeta a Brazil Week em Nova York
O noticiário sobre a Petrobras impactou na Brazil Week, semana do País em Nova York, nos Estados Unidos. Embora já esperada no mercado, o momento da demissão de Jean Paul Prates e a indicação da ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, surpreenderam interlocutores ouvidos pelo Broadcast.
Em Wall Street, a reação à mudança foi negativa. Os recibos de ações da Petrobras (ADRs, na sigla em inglês) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse) tinham queda de mais de 7% na tarde desta quarta-feira.
A mudança na petrolífera dominou as conversas nos eventos da Brazil Week desta quarta, roubando os holofotes antes voltados à situação do Rio Grande do Sul e o desafio fiscal do País no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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“O timing pode ter surpreendido, mas o evento não”, diz o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, durante o Latam CEO Conference, evento do Itaú BBA, realizado durante a Brazil Week.
Apesar de surpreender pelo momento, o economista do Itaú afirma que a mudança na Petrobras é consistente com a visão que boa parte do governo tem sobre a importância do Estado no processo de desenvolvimento do Brasil. “Essa estratégia deu errado por muito tempo. Não vejo por que ela vai dar certo agora”, alerta.
16h20 – Ibovespa segue em baixa penalizado pela Petrobras; petrolífera perde R$ 34,2 bilhões em valor médio de mercado
O Ibovespa mostra ainda correção relativamente contida ao se aproximar do fechamento, considerando o mergulho de Petrobras e o dia também negativo para os grandes bancos, com Santander ainda à frente. Às 16h12, o índice recua 0,18% aos 128.286,95 pontos.
A forte queda das ações da Petrobras nesta quarta-feira (15) penaliza a principal referência da B3 e reduz o valor de mercado da estatal em R$ 34,2 bilhões, firmando há pouco R$ 508,69 bilhões no total. Vale destacar que esse dado foi calculado a partir de uma média entre os papéis ordinários e preferenciais da empresa.
Ainda reverberando as incertezas em meio a demissão de Jean Paul Prates da presidência da petrolífera, os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) tombam 6,96% no horário citado, cotados a R$ 39,94, enquanto os preferenciais (PETR4) recuam 5,90% e são negociadas a R$ 38,46.
16h04 – Nova CEO interina da Petrobras já trabalhou na Caixa Econômica Federal; veja
Com a aprovação do encerramento antecipado do mandato de Jean Paul Prates como presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Clarice Coppetti, atual Diretora Executiva de Assuntos Corporativos da petroleira, foi nomeada como presidente interina da companhia.
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Segundo fato relevante da estatal, o Conselho de Administração informa que Coppetti também deve permanecer como CEO interina até a eleição e posse da nova presidente da Petrobras.
Ao longo de sua carreira, já atuou como diretora comercial do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (PROCERGS) e foi vice-presidente de Tecnologia da Informação da Caixa Econômica Federal. Veja mais sobre a nova diretora interina da Petrobras nesta reportagem.
Além disso, Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff, é a pessoa indicada pelo presidente Lula (PT) para assumir a liderança da empresa.
15h45 – PT tomou distância em demissão de Prates e Magda Chambriard é bem vista pelo partido
O PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assistiu à distância a demissão de Jean Paul Prates da Petrobras, segundo informações do Broadcast. O presidente informou a afiliados do partido que a sigla não deveria se envolver na remoção do Prates, que se enfraqueceu na perspectiva dos aliados de Lula.
A baixa lista de entregas ao governo foi a alegação de Lula para demiti-lo. Entre petistas, o executivo é visto como um recém-chegado, pois se filiou ao PT em 2013, e um executivo alinhado ao mercado, pouco propenso a tocar a agenda de desenvolvimento nacional desejada pelo governo.
Já Magda Chambriard, sua substituta, é considerada uma “petista histórica”, com maior propensão a tocar a agenda do governo. O nome de Magda para a Petrobras circulou ainda durante a transição, antes do início do governo, e voltou quando eclodiu a crise dos dividendos, há cerca de um mês.
Lula, afirmam aliados, teria escolhido José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, se pudesse, mas o nome dele não estava na lista. O executivo está impedido de assumir cargos públicos por uma decisão do TCU (Tribunal de Contas da União).
Prates deixa o cargo com a imagem de não ter reinserido a Petrobras nos planos do PT com a retomada da indústria naval e de grandes obras. De acordo com o Broadcast, Chambriard já está sendo cobrada, nos bastidores, a “recuperar o tempo pedido”.
15h37 – BB Investimentos rebaixa recomendação da Petrobras (PETR4) para neutra
O BB Investimentos rebaixou nesta quarta-feira (15) a recomendação das ações da Petrobras (PETR4) de compra para neutra após a demissão de Jean Paul Prates do cargo de presidente da companhia, mantendo o preço-alvo de R$ 47 por papel.
Os analistas destacam que Magda Chambriard, a indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o cargo, é um nome “interessante em termos de experiência e adequação ao cargo”, mas que as dúvidas sobre o rumo do mandato justificam um maior receio para com o investimento nas ações da petroleira. Confira mais detalhes sobre o relatório nesta matéria.
O documento destaca que a tese de investimento na companhia foi mantida e que a mudança na recomendação acontece devido aos riscos que ficaram mais relevantes, tornando a relação risco-retorno menos favorável. Contudo, o movimento do BB destoa da postura adotada por outros grandes bancos de investimento, como mostramos nesta reportagem.
15h30 – Com a queda das ações, Petrobras (PETR3;PERT4) perde R$ 36 bilhões em valor médio de mercado
A forte queda das ações da Petrobras nesta quarta-feira (15) faz com que a estatal reduza o seu valor de mercado em R$ 36 bilhões, firmando há pouco R$ 506,9 bilhões no total. Vale destacar que esse dado foi calculado a partir de uma média entre os papéis ordinários e preferenciais da empresa.
O movimento acontece após a demissão de Jean Paul Prates da presidência da petrolífera, que gera incertezas ao mercado.
Os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) tombam 7,24% às 15h15, cotados a R$ 39,82, enquanto os preferenciais (PETR4) recuam 6,29% e são negociadas a R$ 38,30.
As ações da estatal lideram as perdas do Ibovespa com folga. No horário citado, o principal índice da B3 recua 0,53% aos 127.852,66 pontos.
14h57 – Petrobras perde R$ 39 bilhões em valor de mercado com recuo de quase 8% na sessão
Os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) tombam 7,10% às 14h49 desta quarta-feira (15), cotados a R$ 39,88, enquanto os preferenciais (PETR4) recuam 6,12% e são negociadas a R$ 38,37. As ações da estatal lideram as perdas do Ibovespa com folga.
O índice, por sua vez, segue pressionado após a demissão de Jean Paul Prates da presidência da petrolífera. No horário citado, o principal índice da B3 recua 0,58% aos 127.768,15 pontos.
Além disso, a forte queda das ações faz com que a Petrobras reduza o seu valor de mercado na sessão. Há pouco, o valor da empresa caía em R$ 39 bilhões, consolidando-se pouco acima de R$ 520 bilhões.
14h36 – Citi enxerga capacidade de geração de caixa com a saída de Prates da Petrobras
Apesar de uma avaliação inicial de que a troca de presidente na Petrobras afeta a governança da estatal e colocam um viés negativo às ações, analistas do Citi enxergam, na outra ponta, a capacidade de geração de caixa e mecanismos de proteção a minoritários como redutores de risco.
Em uma primeira análise feita sobre a mudança, na terça-feira (14), os analistas do banco destacaram a deterioração da governança como um risco negativo para os papéis, na 42ª mudança de CEO desde a sua fundação da estatal, há 70 anos.
Ainda assim, os analistas afirmam que desde que o novo governo assumiu, a Petrobras demonstrou sua capacidade de sustentar a posição de boa pagadora de dividendos, o que ajudou a apoiar o desempenho das ações até o momento. “A grande questão é se esses pagamentos irão se sustentar”, afiram o Citi, em relatório.
Na ponta positiva, o banco destaca a capacidade de geração de caixa da petroleira, com o avanço do produção, alta dos preços de petróleo e o endividamento sob controle. Outro viés positivo está no fato de que os investidores acreditam que a empresa não irá conseguir cumprir todo o plano de investimento.
Com a saída de Prates e a possível quebra na estratégia da empresa, o Citi reiterou a recomendação neutra para o papel. Para os analistas, com a nova CEO assumindo o cargo nos próximos 15 dias, também devem ser esperadas mudanças na alta administração a curto prazo.
14h15 – Papéis da Petrobras (PETR3;PETR4) tombam pressionando 0 Ibovespa
Os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) tombam 6,85% às 14h10 desta quarta-feira (15), cotados a R$ 39,99, enquanto os preferenciais (PETR4) recuam 5,53% e são negociadas a R$ 38,61. O Ibovespa, por sua vez, segue pressionado com as incertezas em relação ao futuro da Petrobras após a demissão de Jean Paul Prates da presidência. O índice recua 0,36% aos 128.052,04 pontos.
No começo da tarde, o Índice Bovespa reduzia a velocidade de baixa, tentando recuperar o nível dos 128 mil pontos, diante da aceleração da valorização das bolsas americanas e com o petróleo testando alta, ecoando a ideia de que o Federal Reserve tem espaço para cortar juros este ano.
Entretanto as ações da Petrobras ainda tinham perdas consideráveis. “Era um assunto que estava esquecido, e voltou [com tudo]. Imagine se o CPI americano tivesse vindo ruim? Daria um cenário horrível ao Ibovespa”, descreve Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos, em entrevista ao Broadcast.
No mercado de câmbio, após dois dias em baixa, o dólar subiu durante a manhã reagindo à demissão do CEO da Petrobras, que suscita temores no mercado de ingerência política do governo na gestão da companhia nos preços de combustíveis e na distribuição de dividendos.
Porém, a correção perdeu força e a moeda americana opera perto da estabilidade ante o real, reagindo à publicação dos dados de inflação ao consumidor e de varejo dos Estados Unidos em abril abaixo das previsões e também com a queda dos Treasuries. No horário citado, o dólar comercial avança 0,06%, cotado a R$ 5,133.
13h38 – Ações da estatal aceleram queda após retorno de suspensão de negociações
As ações da Petrobras aceleram queda na sessão desta quarta-feira (15) com as implicações da troca de comando na estatal, com a demissão de Jean Paul Prates da presidência da companhia, continuaram a reverberar no mercado doméstico na última hora de negócios.
Os papéis ordinários (PETR3) tombam 7,29% às 13h38 desta sessão, cotados a R$ 39,80, enquanto os preferenciais (PETR4) recuam 6,12% e são negociadas a R$ 38,37.
O Ministério de Minas e Energia indicou Magda Chambriard ao comando da companhia. A substituição de Prates desperta temores de maior ingerência política na Petrobras, sobretudo em questões como preços de combustíveis e distribuição de dividendos.
Com perdas pesadas da Petrobras e recuo da Vale (VALE3), o Ibovespa se mantém em terreno negativo, apesar da alta firme das bolsas em Nova York. O principal índice da B3 recua 0,55% aos 127.804,20 pontos.
13h21 – Conselho da Petrobras confirma aprovação do desligamento de Prates e nomeia presidente interina
A Petrobras confirmou, via fato relevante, que o seu Conselho de Administração destituiu Sergio Caetano Leite de cargo de CFO e Relações com Investidores, além de aprovar o encerramento do mandato de Jean Paul Prates na presidência da companhia, de forma negociada, a partir desta quarta-feira (15).
Enquanto a presidência não é preenchida, o conselho nomeou como presidente interina da estatal, a diretora-executiva de Assuntos Corporativos Clarice Coppetti, até a eleição e posse da nova presidente.
Além disso, o conselho nomeou para a posição de Leite, igualmente de forma interina, o atual gerente-executivo de Finanças, Carlos Alberto Rechelo Neto, até a eleição de novo diretor pelo colegiado.
13h16 – Prates deixa o prédio da Petrobras e diz estar satisfeito com seu trabalho, apesar da tristeza
Visivelmente abatido, com os olhos cheios de lágrimas, Jean Paul Prates deixou há pouco o prédio sede da Petrobras no Rio de Janeiro, onde foi aplaudido por empregados da empresa e amigos do setor na porta do prédio da companhia no Centro do Rio, informou o Broadcast.
“Estou triste, mas saio tranquilo pelo trabalho que fiz”, afirmou o executivo, que ontem foi demitido pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Prates ainda afirma que deixa a “Petrobras encaminhada, com preço abrasileirado, como Lula queria”. Segundo ele, durante a sua gestão de um ano e quatro meses, o clima na empresa melhorou, depois da ameaça de privatização da gestão anterior, que havia deixado a categoria sem previsão de futuro.
“A gente deixa uma empresa muito bem encaminhada, os empregados estão gostando de trabalhar novamente, deixamos a transição energética encaminhada, coprocessamento nas refinarias, impulso na indústria naval, e principalmente a política de preços que o presidente (Lula) queria”, reforçou o executivo, ressaltando que tudo isso foi feito sem desvalorizar a companhia.
De acordo com o Broadcast, durante a gestão de Prates, a Petrobras teve uma valorização de mercado de mais de 100%.
13h11 – Prates fora da Petrobras ofusca influência de bolsas e dados dos EUA
A demissão inesperada do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, estragou o que seria um dia potencialmente positivo para a bolsa brasileira. Aumentaram os receios de interferência política do governo em companhias estatais e colocaram o Ibovespa em território negativo, em direção oposta à dos principais índices acionários dos Estados Unidos.
Por lá, a surpresa com a estabilidade nas vendas do varejo e a desaceleração da inflação ao consumidor em abril deixaram o mercado mais confiante num movimento de queda dos juros americanos, empurrando as bolsas para cima – com S&P 500 e Nasdaq Composto atingindo recordes.
O vencimento de opções sobre o Ibovespa contribuía para a volatilidade do índice na sessão. O descolamento visto no mercado de ações também ocorria entre os juros. As taxas dos Treasuries caíam, mas as dos contratos de Depósito Interfinanceiro tinham um comportamento dividido, resistindo a quedas na ponta curta com o mercado digerindo comentários de autoridades do Banco Central que prolongaram o debate sobre a dissidência na reunião do Copom.
No câmbio, o dólar caía no exterior, puxando o mercado local para baixo apenas depois do meio-dia, após subir frente o real durante a manhã sob impacto de Petrobras. Às 12h55, o Ibovespa caia 0,62%, aos 127.716,76 pontos. O dólar à vista operava a R$ 5,1305, estável. DI para janeiro de 2025 operava a 10,435%, ante 10,331% no ajuste anterior.
13h07 – Conselho da Petrobras aprova demissão de Jean Paul Prates
A Petrobras confirmou há pouco, via fato relevante, que o seu Conselho de Administração (CA) destituiu Sergio Caetano Leite de cargo de CFO e Relações com Investidores, além de aprovar o encerramento do mandato de Jean Paul Prates, de forma negociada, a partir de hoje. A informação foi antecipada pelo Broadcast.
Em decorrência da vacância na presidência da companhia, o Conselho nomeou como presidente interina da estatal, a diretora-executiva de Assuntos Corporativos Clarice Coppetti, até a eleição e posse da nova presidente, informou a Petrobras. A informação também foi antecipada pelo Broadcast.
Adicionalmente, o Conselho de Administração nomeou para a posição de Leite, igualmente de forma interina, o atual gerente-executivo de Finanças, Carlos Alberto Rechelo Neto, até a eleição de novo diretor pelo colegiado.
12h41 – Mudança na Petrobras não deve alterar política no curto prazo, avalia One Investimentos
A mudança na presidência da Petrobras não deve alterar a visão de investimentos nos papéis da empresa no curto prazo, na avaliação de Pedro Moreira, sócio da One Investimentos. “Até agora não vimos sinalização de alteração no preço da gasolina, por exemplo. Temos que esperar as primeiras falas da nova presidente, mas não vemos uma mudança estrutural na empresa nesse curto período”, disse o executivo.
Ele aponta ainda que é uma prática comum dos governos colocar pressão sobre a administração da principal estatal brasileira. “Havia divergências entre o ex-presidente da estatal, Jean Paulo Prates, e o governo. Magda Chambriard tem muito mais sinergias como executivo.”
O BTG Pactual, corretora à qual a One é ligada, manteve sua recomendação de compra para o papel. “Mesmo com volatilidade gerada pela troca, o BTG reitera sua análise que a geração de caixa e margem de remuneração aos acionistas devem permanecer saudáveis. Eles acreditam que não haverá mudança na distribuição de dividendos para 2024 e 2025″, disse Moreira.
12h37 – Petrobras reduz queda com virada do petróleo para positivo
As ações da Petrobras reduzem queda para 6,62% (ON) e 5,50% (PN) à medida que os contratos futuros de petróleo – que antes caíam mais de 1% – viram para o terreno positivo. O Brent sobe 0,08%, a US$ 82,46 por barril, e o WTI avança 0,16%, a US$ 78,18. Contudo, a estatal segue liderando as perdas do Ibovespa, com a saída de Jean Paul Prates da presidência da companhia reacendendo preocupações sobre uma possível interferência do governo na maior petrolífera do País. Já o Ibovespa cai 0,43%, aos 127.957 pontos.
12h23 – Petrobras recua e penaliza Ibovespa e câmbio
O índice Bovespa ampliou o ritmo de queda nos negócios da última hora e passou a se aproximar do suporte dos 127 mil pontos, puxado principalmente pelas ações da Petrobras, que despencam desde a abertura.
Às 12h23 (de Brasília), os papéis da petroleira aceleram as perdas, já tocando 6,76% (PETR3) e 5,77% (PETR4) nesta quarta-feira (15), negociadas a R$ 40,03 e R$ 38,51, respectivamente. Com o recuo de 7,31% nas ações, a estatal acumula perdas de R$ 40,9 bilhões em valor de mercado. O Ibovespa cede 0,57%, aos 127.786 pontos.
Os papéis da estatal refletem o risco político embutido na demissão de Jean Paul Prates da presidência da companhia, ontem à noite. A demissão traz de volta os temores de ingerência política na administração da Petrobras, o que leva o investidor a buscar proteção no dólar. Os juros futuros minimizam a queda dos retornos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) oscilam com viés de alta, influenciados pelo dólar.
O Ministério das Minas e Energia informou há pouco, via agenda oficial, que o ministro Alexandre Silveira dará entrevista ao programa A Voz do Brasil, da estatal EBC, às 18h45 de hoje. A entrevista foi agendada em meio às repercussões da mudança na presidência da Petrobras. No lugar de Jean Paul Prates, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou Magda Chambriard.
11h54 – Ibovespa hoje: índice reduz queda, mas risco político limita
Às 12h, o Índice Bovespa cai 0,74%, aos 127.563 pontos, ante recuo de 1,16%, na mínima aos 127.029,30 pontos, e máxima aos 128.645,75 pontos, quando subiu 0,10%. Petrobras cede entre 5,95% (PN) e 7,31% (ON), Vale (VALE3) perde 1,13%.
O Ibovespa atenuou um pouco a queda, diante da aceleração da alta das bolsas americanas – confira nesta matéria como elas operaram nesta manhã. Ainda assim segue na faixa dos 127 mil pontos, prejudicado pelo forte recuo nas ações da Petrobras.
Por conta da percepção de aumento do risco de ingerência política nas estatais, os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) são penalizados, assim como os da Eletrobras (ELET3;ELET6), apesar de a empresa elétrica já ter sido privatizada. Às 11h59, os papéis do banco cedem 1,57%, no valor de R$ 27,57, enquanto a companhia elétrica cai 1,31% (ELET3) e 0,71% (ELET6), cotados a R$ 37,76 e R$ 41,76.
“A percepção de risco aumenta. Eletrobras não é mais estatal, mas o governo tem uma presença forte na empresa. Eleva a incerteza”, descreve Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos. “Imagina se o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano tivesse vindo ruim? Daria um cenário horrível ao Ibovespa.”
11h09 – Dólar retoma alta por cautela com Petrobras
Após registrar a mínima intradia, a R$ 5,1303 (estável) no mercado à vista em meio à publicação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos abaixo do esperado, o dólar retoma o fôlego e rodava a R$ 5,1534 (+0,45%) no mercado à vista.
O head do Departamento de Análises Quantitativas e sócio da Equus Capital, Felipe Uchida, diz que o mal-estar com a provável troca de comando na Petrobras impede o dólar de acompanhar a queda externa dos juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense), acentuadas após o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA abaixo do esperado em abril. A inflação americana indica que a economia dá sinais de desaceleração, o que apoia chances de corte de juros nos EUA neste ano, avalia.
“Com o CPI abaixo do esperado, deve aumentar a chance de corte de 25 pontos-base (0,25 ponto porcentual) na taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), mas na curva de juros a decisão tende a ficar dividida entre 25 pontos-base e manutenção na próxima reunião em junho.”
Quanto menor o corte de juro no Brasil, mais atrativo fica o diferencial de juros a favor do real em meio à manutenção das taxas dos Fed Funds (equivalente à taxa Selic no Brasil) americanos. A máxima intradia foi registrada após a abertura, aos R$ 5,1718 (+0,81%).
11h07 – Ações da Petrobras despencam e lideram perdas no Ibovespa
Os papéis da Petrobras aceleram as perdas, já tocando 8,43% (PETR3) e 7,29% (PETR4) nesta quarta-feira (15), negociadas a R$ 39,31 e R$ 37,89, respectivamente. As ações lideram as perdas no Ibovespa, que recua 0,98%, aos 127.260 pontos.
A queda do principal índice da Bolsa está sendo puxada, justamente, pelas ações da petroleira estatal, na esteira da saída de Jean Paul Prates da companhia, na noite dessa terça-feira (14).
10h54 – Empresas do setor petroleiro driblam pessimismo da Petrobras e sobem
Petrolíferas juniores como Prio (PRIO3), PetroReconcavo (RECV3) e 3R Petroleum (RRRP3) sobem 0,96%, 1,43% e 2,26% respectivamente, driblando a queda do petróleo – Brent cai 1,08% e WTI recua 1,07% – e se firmam no positivo.
“Juniores se beneficiam de uma troca de posições, pois são uma alternativa que não têm o risco de interferência política que a maior companhia de petróleo do País – Petrobras – tem”, comenta Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos. O Ibovespa cai 1,01%, aos 127.226 pontos.
10h52 – BTG avalia positivamente a entrada de Magda Chambriard
O BTG Pactual avalia o encerramento antecipado do mandato do CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, que será substituído por Magda Chambriard, como algo surpreendente, embora essa possível saída já fosse repercutida pela mídia há algum tempo.
Embora a troca em si seja vista como algo negativo pelos analistas Pedro Soares, Thiago Duarte e Henrique Pérez, especialmente porque investidores começarão a precificar maiores riscos de interferência política na empresa, em relatório eles apontam que a visão inicial do banco sobre Chambriard é positiva.
“Apesar de acreditar que outra mudança na liderança da Petrobral vai dificultar a disposição dos investidores de atribuir um prêmio de risco menor à tese de investimento, nossa visão inicial sobre a Chambriard é positiva”, resumem os analistas, apontando que o cenário levará a Lei das Estatais a ser colocada à prova, especialmente depois da decisão do Conselho de Administração da Petrobras de reter o pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas, no valor total de R$ 43 bilhões.
10h31 – Ações da Petrobras tombam após troca de CEO
As ações da Petrobras abriram em queda de 6,89% (PETR3) e 6,58% (PETR4) nesta quarta-feira (15), negociadas a R$ 39,97 e R$ 38,18, respectivamente. Com o recuo, a petroleira já perde R$ 37 bilhões em valor de mercado.
Os papéis reagem após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocar Jean Paul Prates, nessa terça-feira (14), em Brasília, para informar a sua substituição à frente da maior empresa do País. O motivo seria a cobrança por maior velocidade na execução dos projetos anunciados pela empresa, principalmente em relação à encomenda de navios aos estaleiros brasileiros.
Para o lugar de Prates, foi nomeada a ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, uma indicação do ministro da Casa Civil, Rui Costa.
10h10 – Ibovespa hoje: índice abre em queda pressionado por saída de Prates
O Ibovespa abriu em queda de 0,52%, aos 127.841 pontos nesta quarta-feira (15). O recuo do principal índice da B3 ocorre com atenções voltadas à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de retirar Jean Paul Prates do comando da Petrobras. Saiba como devem ficar as ações da petroleira nesta matéria.
O recuo de 1,55% do minério de ferro em Dalian, na China, é outro fator a empurrar o Índice Bovespa para baixo e, claro, as ações da Vale (VALE3). A queda nos contratos futuros do petróleo e manutenção de juros na China também são agravantes.
Os investidores também monitoraram de perto os números do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br, conhecido como ‘prévia do PIB’, por servir de parâmetro para o BC avaliar o ritmo de crescimento da economia). Nesta manhã, o Banco Central (BC) informou que o indicador registrou queda de 0,34% em março, em comparação com fevereiro. No acumulado de 12 meses, até março, o índice apresenta alta de 1,68%. No trimestre até março, o IBC-Br também teve avanço de 1,08%, em relação aos três meses anteriores.
9h58 – dólar sobe ante notícia de demissão de Jean Paul Prates
Após dois dias em baixa, o dólar sobe e os juros futuros avançam, enquanto o Ibovespa futuro caía 1,37%, reagindo à demissão do CEO da Petrobras Jean Paul Prates, por temores no mercado de ingerência política no comando da estatal. Às 9h26, o dólar à vista subia 0,58%, a R$ 5,1598. O dólar para junho ganhava 0,64%, a R$ 5,1660.
Contribuem também as perdas de petróleo e do minério de ferro, manutenção de juros na China e o recuo do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR) de 0,34% em março, maior que a mediana esperada por analistas (-0,20%), segundo operadores.
9h54 – como o mercado avalia chegada de Magda Chambriard
O E-Investidor consultou analistas para entender como o nome da nova diretora da Petrobras, Magda Chambriard, será recebido pelos investidores. Confira nesta reportagem.
9h52 – ADR da Petrobras reduz queda no pré-mercado
Depois de cair mais de 9,6% por volta das 6h08, o American Depositary Receipt (ADR, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Petrobras reduz queda para 7,13% no pré-mercado de Nova York.
9h50 – Safra enxerga potencial risco de interferência política na demissão
O mercado deve reagir negativamente à saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras, segundo avaliação do Safra. Para o banco, o movimento deve ocorrer por causa da maior percepção de risco de interferência política nas decisões da empresa, em vez de uma opinião negativa sobre a própria Magda Chambriard, indicada para o cargo.
Em relatório, os analistas Conrado Vegner e Vinícius Andrade avaliam que o Conselho deve agora se reunir para validar a renúncia de Jean Paul Prates, e a empresa iniciará seus procedimentos internos de governança corporativa, incluindo as análises de conformidade e integridade em relação à nomeação de Magda Chambriard.
9h45 – Para o Santander, a demissão eleva incerteza sobre alocação de capital na Petrobras
O Santander avalia que a saída de Jean Paul Prates da Petrobras e a provável substituição por Magda Chambriard é negativa por aumentar as incertezas no caso de investimento na Petrobras, particularmente no que se refere à alocação de capital.
“Embora acreditemos que os estatutos da Petrobras e a governança interna sejam sólidos e dificultem a implementação de mudanças radicais, acreditamos ser importante monitorar como essa mudança de CEO poderia impactar potencialmente o ritmo de implementação e magnitude do Capital expenditure (Capex, que significa investimento), especialmente no segmento Downstream; a aceleração de projetos de M&A na Petrobras, especialmente em refino e petroquímica; e a precificação de combustíveis, especialmente dado o impacto potencial na geração de fluxo de caixa livre (FCF) e remuneração dos acionistas”, afirmam os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz.
9h – Citi e Ativa dividem opiniões sobre recomendação das ações da Petrobras
O Citi avalia que a saída de Prates da presidência da Petrobras representa a “deterioração da governança” da empresa e um risco negativo para a tese de investimento da petroleira. Segundo o banco, Chambriard chega com a pressão de cumprir o plano de investimentos e acelerar a expansão do Capex, o que pode ter impacto negativo no pagamento de dividendos da empresa. “A saída de Prates e a possível quebra na estratégia da empresa reforçam nossa recomendação Neutra para as ações da empresa”, afirmam os analistas Gabriel Barra e Andrés Cardona.
Já a Ativa Investimentos, “sem entrar no mérito da nova escolhida”, classifica a decisão como negativa. “Prates vinha desempenhando o que classificamos como um bom papel na companhia, equilibrando os interesses econômicos e políticos da empresa com sabedoria”, afirma.
8h45 – Para a XP, demissão de Prates aumenta percepção de risco dos investidores
O anúncio da saída, que foi antecipado pelo Broadcast, foi inesperado e ocorre em um contexto de elevada pressão política, avalia a XP. Na visão da corretora, a mudança na gestão adiciona incerteza ao caso de investimento e aumenta a percepção de risco dos investidores. Em relatório, os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm destacam que embora tenha sido previamente noticiado pela imprensa que Prates sofreu pressão política solicitando sua substituição, a mudança repentina no CEO não era esperada neste momento.
“Na nossa visão, a mudança repentina na gestão adiciona significativa incerteza ao caso de investimento da Petrobras e consequentemente aumenta seu risco”, afirmam os analistas, no texto.
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8h40 – Troca de CEO derruba ADR da Petrobras no pré-mercado
O American Depositary Receipt (ADR) da Petrobras registra queda de 8,39% no pré-mercado de Nova York, em reação negativa à troca de presidência na estatal, antecipada pelo
Broadcast. Citi, Ativa Investimentos e XP Investimentos afirmam que a saída de Jean Paul Prates do comando da estatal é negativa. Entre as preocupações, estão os riscos de maior interferência do governo na companhia, acelerando investimentos e M&As e potencialmente reduzindo os dividendos daqui para frente.
Mais cedo, por volta das 6h08, o ADR da Petrobras tocou mínima de US$ 15,08, com queda de 9,64%.
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8h30 – Goldman Sachs avalia saída de Prates como negativa
O banco Goldman Sachs avaliou a saída de Prates como negativa. De acordo com a instituição, o mercado via Prates como um bom conciliador entre os interesses dos investidores e dos governos.
Em relatório, os analistas Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins afirmam acreditar que a mudança pode reacender preocupações relativas à possível intervenção política nas operações da empresa.
“Observamos que a liderança da Petrobras mudou várias vezes no passado devido a desentendimentos entre a gestão e o governo – levando subsequentemente a uma queda no preço das ações nos dias seguintes aos eventos”, lembram.
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8h20 – “A demissão é um péssimo sinal porque mostra que a interferência política”
A queda de Prates deve repercutir mal na bolsa de valores nesta quarta-feira (15) e a sinalização é de que as ações devem abrir em baixa. “A demissão é um péssimo sinal porque mostra que a interferência política é enorme na companhia”, afirma Flávio Conde, analista da Levante Ideias de Investimento. “É lamentável e as ações devem cair.”
Para Felipe Corleta, sócio da GTF Capital, o investidor deve se preparar para um dia de baixa no Ibovespa. “Vamos ter um dia muito feio na bolsa de valores brasileira. O Ibovespa vai cair e isso vai trazer incerteza no ponto de vista de câmbio e juro, porque a Petrobras é uma estatal extremamente importante no Brasil”, diz Corleta. Veja análise completa nesta reportagem.
*Com conteúdo Broadcast