Um dos ensinamentos valiosos do megainvestidor Warren Buffett envolve a técnica 5/25, que surgiu como um conselho dado pelo bilionário ao seu piloto pessoal, Mike Flint. Mais do que uma simples lição, a linha de pensamento se transformou numa forma de abordagem sobre produtividade e gestão do tempo, que pode ser usada na hora de investir.
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Enquanto Flint conversava com Buffett sobre seus planos para a carreira, o megainvestidor apresentou um exercício de três etapas para ajudar a otimizar seu foco. Os passas eram simples:
- Primeiro, anotar 25 metas;
- Depois, escolher as cinco mais importantes e circulá-las;
- E, por fim, escrever as cinco selecionadas em uma folha e as vinte restantes em outro papel.
Flint pensou que deveria se concentrar nas cinco metas escolhidas, mas imaginou que, quando tivesse um tempo sobrando, também poderia ir trabalhando nos outros vinte objetivos buscados por ele. Buffett, porém, tinha outro conselho: tudo que não foi circulado deveria ser “evitado a todo custo”. Não importa o que acontecesse, essas tarefas não deveriam receber a atenção do piloto até que ele concluísse sua prioridades.
O conselho, que ajuda na gestão do tempo, pode ser usado em diferentes esferas da vida, seja nos estudos, trabalho ou até mesmo no controle das finanças pessoais. Ao aplicá-la, o investidor pode se concentrar nos ativos adequados ao seu perfil e objetivo, sem desviar a atenção para tendências e “modismos” que prometem ganhos irreais.
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Ao seguir a técnica 5/25, também é possível manter uma maior disciplina e ficar menos suscetível a realizar aplicações por impulso. Organizando as suas prioridades de acordo com objetivos bem definidos, fica mais fácil manter uma estratégia de investimentos mais focada, o que contribui para o monitoramento e a realização de possíveis ajustes no portfólio.
Outras lições de Buffett para investir
Com apenas 11 anos, Buffett comprou suas primeiras ações: três papéis da empresa Cities Service Preferred por US$ 114,75. Na biografia A Bola de Neve: Warren Buffett e o negócio da vida, escrita por Alice Schroeder, ele conta que não entendia muito bem sobre a companhia quando comprou o ativo. Sabia apenas que era um dos papéis favoritos de seu pai, Howard Buffett.
De lá para cá, o megainvestidor, que completou recentemente 94 anos, construiu uma vasta experiência no mercado financeiro e deixou ensinamentos valiosos aos seus discípulos. Um dos pilares mais conhecidos da estratégia de Buffett é aplicar apenas em empresas que ele compreende totalmente. Por isso, ele sempre dedica tempo para entender o modelo de negócios da companhia, conferir os balanços e verificar a reputação da marca no mercado.
O bilionário também opta por players que possuem vantagens competitivas difíceis de copiar, protegendo seus negócios da concorrência. As empresas podem ter vantagens tangíveis, como uma patente exclusiva, ou mais abstratas, como uma marca muito bem construída.
Na hora de selecionar as ações que estarão em sua carteira, ele também é um grande adepto da análise fundamentalista detalhada, calculando retornos potenciais a partir de métricas dos balanços das companhias. Com os números em mãos, ele busca comprar os papéis em momentos em que esse potencial não está precificado – ou seja, quando a empresa está barata na Bolsa de Valores.
Outro conselho importante seguido por Buffett é o de manter o pensamento no longo prazo. O megainvestidor acredita que o verdadeiro valor de uma empresa se revela no decorrer do tempo e os melhores resultados acontecem para quem investe pensando no futuro. As flutuações diárias do mercado, portanto, não o assustam muito.
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O foco no longo prazo faz parte da estratégia conhecida como buy and hold, que em uma tradução literal seria “comprar e esperar”. Quem segue essa linha de investimentos, como Warren Buffett, compra ativos e os mantêm por um longo período de tempo, apostando em empresas sólidas e de credibilidade.