O Ibovespa hoje abriu em alta de 1,43%, aos 132.439 pontos nesta terça-feira (24). A abertura de negócios ocorre de olho na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada esta manhã pelo Banco Central (BC) – confira a agenda completa do dia nesta matéria.
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O otimismo deve permanecer no principal índice da B3 hoje amparado por anúncios na China. “Os mercados amanhecem animados com superpacote de estímulos anunciado pelo governo chinês que engloba desde o setor imobiliário, passando pelos juros e chegando ao mercado acionário”, descreve em nota o Inter.
No entanto, os ganhos podem ser moderados pela cautela e estabilidade no pré-mercado em Nova York e pelas preocupações com as questões fiscais e o cenário de juros no Brasil.
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Na véspera, o índice fechou em queda pela quinta sessão seguida com risco fiscal e queda superior a 4% do minério de ferro – veja aqui. Entretanto, nesta terça-feira, as commodities devem favorecer a recuperação do Índice Bovespa.
Investidores monitoram de perto a ata do Copom sobre a decisão da semana passada, quando a taxa Selic passou de 10,50% para 10,75% ao ano, como o esperado, mas trouxe um comunicado lido como duro.
Em evento nesta manhã em São Paulo, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que o mercado sempre busca guidance (projeção), mas que a autoridade monetária procura serenidade. O dirigente insistiu que o BC olha as condições fiscais para calibrar a função de ação e reação.
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O que impulsiona o Ibovespa hoje
Bolsas internacionais
Os mercados de ações e os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) estão em alta após o anúncio de um robusto pacote de estímulos econômicos da China, o mais agressivo desde a pandemia. Essa iniciativa acalmou temporariamente os temores sobre a economia da zona do euro, que contraiu novamente este mês, conforme dados preliminares dos Índices de Gerentes de Compras (PMIs).
O índice Ifo de sentimento das empresas alemãs, que caiu mais do que o esperado em setembro, foi ignorado pelos mercados. Assim, as bolsas europeias sobem após estímulos na China, com mineração e bens de luxo em destaque.
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Nos EUA, investidores aguardam dados sobre a confiança do consumidor e comentários de Michelle Bowman, além de dados do Produto Interno Bruto (PIB) e Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) ao longo da semana.
- Leia mais: como está o dólar hoje?
Ata do Copom
No documento divulgado esta manhã pelo BC, o Comitê repetiu que os próximos ajustes na Selic e a magnitude total do ciclo de aumento dos juros serão determinados pela convergência da inflação à meta, assim como já constava no comunicado da última quarta-feira (18).
O Copom dividiu em três “dimensões” a dinâmica como se deu a discussão sobre a condução da política monetária, que levou à alta da Selic na semana passada. “Em primeiro lugar, o Comitê avaliou que o cenário, marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, demanda uma política monetária mais contracionista”, explicou no documento.
Em segundo lugar, o Comitê relatou que julgou que o início do ciclo deveria ser gradual de forma a, por um lado, se beneficiar do acompanhamento diligente dos dados, ainda mais em contexto de incertezas, tanto nos cenários externo como doméstico, mas, por outro lado, permitir que os mecanismos de transmissão da política monetária que possibilitarão a convergência da inflação à meta já comecem a atuar.
Por fim, o Comitê informou que debateu o ritmo e a magnitude do ajuste da taxa de juros, bem como sua comunicação. “Em virtude das incertezas envolvidas, o Comitê preferiu uma comunicação que reforça a importância do acompanhamento dos cenários ao longo do tempo, sem conferir indicação futura de seus próximos passos, insistindo, entretanto, no seu firme compromisso de convergência da inflação à meta”, trouxe o documento.
Commodities
As commodities trazem alento ao indicador da Bolsa hoje, com a alta de 4,64% do minério de ferro, em Dalian, na China. Em Cingapura, o minério fechou valorizado em 6,36%, recuperando as perdas dos últimos três dias.
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O petróleo, por sua vez, mostra avanço superior a 2,00% em meio às tensões no Oriente Médio e ameaças de furacões nos EUA e no México.
Esse movimento provoca uma valorização dos American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3) e deve surtir efeito no Ibovespa hoje.
* Com informações do Broadcast