O dólar se apreciou contra os principais pares nesta segunda-feira (30), após o presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Jerome Powell, afirmar que o Banco Central dos Estados Unidos espera cortar juros em 25 pontos-base nas duas próximas reuniões de política monetária, o que gerou uma diminuição da expectativa de um alívio ainda mais incisivo.
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A moeda americana recuperou parte da queda para o iene após comentário de Shigeru Ishiba, provável futuro primeiro-ministro, que indicou que o Banco do Japão (BoJ) pode não apertar as condições monetárias de maneira tão rápida.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,40%, a 100,779 pontos. No mês, o DXY cedeu 0,90% e, no trimestre, computou perda aproximada de 4,82% diante da reação ao início do corte da taxa de juros nos EUA. O dólar se valorizava a 143,77 ienes às 16h50 (de Brasília). O euro cedia para US$ 1,1137, enquanto a libra era cotada em leve baixa, a US$ 1,3378.
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Em evento na Conferência da Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe), Powell ressaltou que a instituição não tem a urgência para flexibilizar a política monetária, visto que o mercado de trabalho segue bem aquecido, muito embora venha desacelerando.
O dólar se recuperou frente ao iene, após enfrentar forte pressão vendedora na sexta-feira. Ishiba, que deve ser confirmado premiê do Japão, disse que “precisamos manter a tendência flexível”. “Não deveríamos estar a falar de taxas de juro quando ainda não podemos dizer com certeza que superamos a deflação”, afirmou.
A moeda americana se manteve firme ante o yuan, após banco central chinês (PBoC) anunciar novos incentivos para o setor imobiliário, ampliando um agressivo pacote de estímulos que começou a ser revelado há uma semana e também inclui cortes de juros e de compulsórios bancários. O dólar subia a 7,0176 yuans.
O euro cedeu frente ao dólar. A moeda foi pressionada ainda por fala da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que disse que os dirigentes do BC do bloco não vão esperar que inflação retorne à meta de 2% para seguir com novos cortes das taxas de juros. Já a libra rondava a estabilidade.