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Investimento não é cassino

Fabrizio Gueratto tem quase 20 anos de experiência no mercado financeiro. É especialista em investimentos, professor de MBA em Finanças, autor do livro “De Endividado a Bilionário”, fundador da Gueratto Press e criador do Canal 1Bilhão, com quase 21 milhões de visualizações no YouTube

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Fabrizio Gueratto

Efeito Trump: o que acontece com a economia brasileira se o republicano vencer as eleições?

A corrida eleitoral nos EUA está em um momento decisivo, sendo essa uma das disputas mais acirradas já vistas

Efeito Trump: o que acontece com a economia brasileira se o republicano vencer as eleições?
O ex-presidente e candidato à eleição neste ano Donald Trump. (Imagem: Alan Santos /PR)
  • A insatisfação dos eleitores com os altos custos de alimentação e moradia pode ser um fator crucial nas urnas
  • A postura agressiva de Trump em relação ao comércio, especialmente com países como a China e o continente europeu, poderia resultar em uma guerra comercial
  • A proposta de Trump de cortes de impostos para estimular a economia americana pode aquecer o mercado interno

A corrida eleitoral nos Estados Unidos está em um momento decisivo, com o ex-presidente Donald Trump e a vice-presidente Kamala Harris em uma das disputas mais acirradas já vistas nos EUA. Os dois candidatos estão tecnicamente empatados em diversos estados, e a insatisfação dos eleitores com os altos custos de alimentação e moradia pode ser um fator crucial nas urnas.

Mas, afinal, pra que se preocupar com as eleições de lá se já temos vários problemas com as eleições daqui, não é? Isso é uma meia verdade, mas o fato é que as eleições por lá têm efeitos globais e afetam a economia de todos os países ao redor do globo, incluindo o Brasil. A relação entre política e economia, tanto nos EUA quanto aqui no Brasil, molda o futuro econômico em um mundo que se torna cada vez mais interconectado.

Se Donald Trump vencer, o Brasil pode enfrentar um cenário de incertezas. A proposta de Trump de cortes de impostos para estimular a economia americana pode aquecer o mercado interno, mas também suscita preocupações com a inflação e a saúde fiscal dos EUA. Essa estratégia pode levar a um aumento do dólar, o que, em um contexto de maior protecionismo, pode dificultar a competitividade de produtos brasileiros no exterior.

O Brasil, que já é vulnerável a flutuações na moeda americana, pode também enfrentar um ambiente de investimentos mais desafiador, à medida que a inflação nos EUA influencia as taxas de juros globais. Em resumo, um Trump no comando poderia levar a um aumento do dólar, pressionando a inflação no Brasil e complicando ainda mais a política monetária local.

Além disso, a postura agressiva de Trump em relação ao comércio, especialmente com países como a China e o continente europeu, poderia resultar em uma guerra comercial que afetaria negativamente as economias emergentes, incluindo o Brasil. Esse cenário não apenas comprometeria as exportações brasileiras, mas também poderia desviar investimentos que, de outra forma, fluiriam para o país.

Com esse cenário de incertezas, a candidatura de Trump provoca volatilidade nos mercados. Investidores já demonstram cautela diante da possibilidade de sua vitória, o que pode resultar em uma fuga de capitais em busca de ativos mais seguros. Essa dinâmica pode pressionar ainda mais a economia brasileira, dificultando o financiamento e exacerbando as tensões inflacionárias.

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Portanto, enquanto acompanhamos de perto a corrida eleitoral nos EUA, é essencial não subestimar o impacto que Trump pode ter nas políticas econômicas e nas relações comerciais com o Brasil. O futuro econômico do nosso país pode depender fortemente das escolhas que os eleitores americanos fizerem nas urnas.

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