A agenda econômica desta sexta-feira (1º) traz a publicação do relatório de emprego (payroll) de outubro dos Estados Unidos, com as apostas no ritmo de corte de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na próxima semana. A reta final das eleições americanas, bem como balanços do terceiro trimestre devem repercutir no mercado financeiro hoje em meio à espera pelas medidas de corte de gastos do governo brasileiro.
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Ainda na agenda econômica hoje, serão conhecidas as duas leituras de Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial de outubro da S&PGlobal e Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). Enquanto isso, a presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, discursa.
No Brasil, saem o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) de outubro e os dados da produção industrial de setembro, além do PMI industrial de outubro.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do lançamento do canal CNBC Brasil, em São Paulo. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) grava entrevista, por videoconferência, ao canal privado francês TF1.
Confira os 6 assuntos mais importantes do mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
Os mercados futuros em Nova York se recuperam das perdas da véspera com o salto de mais de 5% da Amazon (AMZO34) e Intel (ITLC34) após balanços, enquanto a Apple (AAPL34) recuava 1,2%, pressionada pelo resultado de vendas na China.
Os juros dos Treasuries (títulos da dívida americana) sobem e o dólar também, após ganhar 3,17% em outubro.
As bolsas europeias também mostram sinal positivo em meio ao bom desempenho de ações de energia e do PMI da indústria da China a 50,3 em outubro, que abandonou o terreno de contração e veio acima da previsão do mercado.
Payroll
Investidores ficam à espera do payroll após sinais difusos do mercado de trabalho e incertezas com a eleição presidencial sugerindo juros mais altos à frente. A previsão é de que foram criados 100 mil empregos (mediana) em outubro no país, após 254 mil vagas em setembro. A mediana para salário médio por hora é de 0,3% na comparação mensal, enquanto a taxa de desemprego deve seguir em 4,1%.
Balanços
No exterior, a temporada de balanços do terceiro trimestre segue com os resultados das petroleiras ExxonMobil e Chevron antes da abertura dos mercados. A ExxonMobil reportou lucro de US$ 8,61 bilhões no período, revertendo prejuízo de US$ 630 milhões em igual período do ano passado, mas decepcionou em receita.
Por aqui, os balanços retomam na segunda-feira (4), com os números de Itaú (ITUB4), Klabin (KLBN11) e mais. Confira aqui o calendário de balanços do terceiro trimestre completo.
Fusão de Auren (AURE3) e AES Brasil (AESB3)
A Auren e a AES Brasil Energia informaram na quinta-feira (31) que a combinação de negócios foi concluída. Com a consumação de todas as etapas da operação, a AES Energia passa a ser subsidiária integral.
Além disso, na última quarta-feira (30), os balanços das empresas de energia foram divulgados ao mercado. A Auren reverteu prejuízo e alcançou lucro de R$ 270,8 milhões no terceiro trimestre, enquanto a AES fez o caminho contrário, revertendo lucro em prejuízo milionário.
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O E-Investidor reuniu as principais análises do mercado sobre os balanços e a fusão para orientar o investidor sobre os próximos passos das empresas – confira nesta matéria.
Commodities
As commodities operam em direções contrárias mais uma vez, seguindo o movimento da véspera, com o petróleo ganhando 2,00% com relatos de que o Irã prepara retaliação contra Israel nos próximos dias. Já o minério de ferro fechou em queda de 1,47% na China.
Tanto os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3), quanto da Petrobras (PETR3; PETR4) avançavam 0,75%, por volta das 8h15 (de Brasília), no pré-mercado em Nova York.
Mercado brasileiro
O apetite por risco no exterior e o petróleo forte podem aliviar a abertura da B3, embora a queda do minério na China e a impaciência do mercado com a demora do anúncio das medidas fiscais sejam contrapontos.
O dólar e juros futuros podem ganhar impulso com os Treasuries, se o rumo não mudar após o payroll, e com a notícia de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estará na Europa na próxima semana.
Mesmo sem fixar prazo para o anúncio ou estimar o impacto desse pacote, o recado do governo é de que o material já está sendo redigido e passando por análise jurídica.
Na quinta-feira (31), o dólar bateu R$ 5,78 após subir 6% em outubro, e os juros futuros já tocaram máximas na reta final da sessão diante também da convicção entre economistas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai acelerar o ritmo do aperto na próxima semana, com 0,50 ponto porcentual na Selic, a 11,25% ao ano.
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Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast