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Mercado financeiro hoje: Galípolo à frente do BC, commodities e panorama internacional; tudo que você precisa saber para começar a semana com pé direito

Investidores acompanham prévia da inflação e dados de emprego. Veja a agenda completa da semana

Mercado financeiro hoje: Galípolo à frente do BC, commodities e panorama internacional; tudo que você precisa saber para começar a semana com pé direito
Galípolo deve assumir o comando do BC em 2025. (Foto: Adobe Stock)

A agenda econômica da semana traz indicadores como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em meio ao feriado do Natal, que fecha os mercados financeiros no Brasil, EUA, Europa, Coreia do Sul e Hong Kong na na quarta-feira (25). Nesta segunda-feira (23), o mercado financeiro acompanha o boletim Focus e os dados de transações correntes e Investimentos Diretos no País (IDP) de novembro.

Ainda na agenda econômica hoje, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, cumpre interinamente seu primeiro dia à frente da autarquia, antes de assumir o comando em janeiro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com o superintendente da Susep, Alessandro Octavian, em São Paulo.

Nos próximos dias, a agenda doméstica acompanha o IPCA-15 e Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de dezembro, além de Pnad Contínua, Caged e Governo Central de novembro, todos na sexta-feira (27). Também o resultado da arrecadação pode sair nesta semana.

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Nos Estados Unidos, saem nesta segunda-feira os dados de atividade nacional de novembro e de confiança da Conference Board. Na terça-feira (24), são esperados as encomendas de bens duráveis, vendas de moradias novas, enquanto as bolsas em Nova York e o mercado de títulos fecham mais cedo. O BC da Turquia divulga decisão de juros na quinta-feira (26), quando a China divulga o lucro industrial de novembro.

Confira os 5 destaques do mercado financeiro hoje

Bolsas internacionais

As bolsas da Europa operam de forma mista, com ganhos limitados nos futuros de Nova York e foco em dados econômicos, em uma semana de liquidez reduzida devido ao feriado de Natal.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,9% no terceiro trimestre, abaixo da previsão, enquanto não teve crescimento ante o trimestre anterior. A Capital Economics atribui o desempenho fraco a fatores como aperto monetário e incertezas fiscais.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que a inflação na zona do euro está próxima da meta de 2%, mas com incertezas sobre a inflação de serviços.

Nos EUA, os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) e o dólar avançam, impulsionados por dados inflacionários mais baixos e a aprovação de um projeto de lei que evita a paralisação do governo.

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Investidores se ajustam também à expectativa por um ritmo mais lento de relaxamento monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), após sinais conservadores na última reunião de dezembro.

Boletim Focus

boletim Focus do Banco Central atualizou as previsões para os principais indicadores da economia, nesta segunda-feira (23), como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e Selic.

A mediana do IPCA para 2024 passou de 4,89% para 4,91%, mantendo-se acima do teto da meta. Para 2025, a mediana foi de 4,60% para 4,84%.

Para horizontes mais longos, as estimativas do documento do BC para o IPCA se mantiveram em 4,00%, em 2026, e passaram de 3,66% para 3,80% em 2027.

Enquanto isso, para a Selic de 2025, a mediana do boletim Focus passou de 14% para 14,75%. No fim de 2026, foi de 11,25% para 11,75%. Em 2027, a taxa básica deve ficar em 10%.

Gabriel Galípolo à frente do BC

Após o afago do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, dizendo que ele será o chefe da autarquia com “mais autonomia” que a instituição já teve, o mercado acompanha o primeiro dia dele como presidente interino no BC.

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O presidente Lula sinalizou, em almoço com ministros, o desejo de pacificar a relação com o mercado financeiro, reconhecendo as razões para os juros altos, apesar de criticá-los. No evento, participou Gabriel Galípolo, com quem Lula tem boa relação e reafirmou confiança, descartando interferências no BC. A postura contrasta com o tom crítico usado contra Roberto Campos Neto, atual presidente da autoridade monetária.

Commodities

As commodities operam em direções contrárias nesta manhã. O minério de ferro fechou em alta de 0,84% nos mercados de Dalian, na China, enquanto o petróleo cede em torno de 0,30% sob o peso da escalada do dólar no exterior.

Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 0,56% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,92% no mesmo horário.

Mercado brasileiro

O Ibovespa hoje pode voltar a subir ligeiramente diante dos ganhos em Nova York. Investidores aguardam os dados de transações correntes, com previsão de déficit de US$ 3,45 bilhões em novembro, e entrada líquida de US$ 6 bilhões no Investimento Direto no País.

Após a aprovação do pacote fiscal pelo Congresso na semana passada, a sanção dos projetos ainda deve ocorrer este ano, com avaliação jurídica ágil conduzida pela Casa Civil.

Na avaliação de analistas de mercado financeiro hoje, o impacto fiscal previsto pelo governo de R$ 71,9 bilhões deve diminuir entre R$ 8 bilhões e R$ 20 bilhões nos próximos dois anos devido às alterações feitas pelos parlamentares.

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* Com informações do Broadcast