O Bank of América (BofA) considera que as notícias sobre potencial reajuste dos combustíveis pela Petrobras (PETR4) são positivas, uma vez que a medida iria além de uma mera decisão de aumento de preço. Para o banco, o anúncio aliviaria preocupações sobre governança corporativa e sobre o impacto negativo no fluxo de caixa livre gerado pela defasagem em relação ao preço de paridade de importação (IPP).
Nos cálculos do BofA, o desconto caiu para 11,2% no caso do diesel e 4,5% para gasolina, com a recente valorização do real e a queda nos preços do petróleo, após o discurso inaugural de Donald Trump e o cessar-fogo no Oriente Médio. Contudo, esse porcentual já foi de 18% para o diesel dias atrás.
“Estimamos que cada 1 p.p. de desconto em relação ao IPP impacta o fluxo de caixa livre da companhia em US$ 250 milhões (0,3% de rendimento) e os dividendos em cerca de US$ 120 milhões (0,1% de rendimento)”, escreveram os analistas Caio Ribeiro, Leonardo Marcondes e Nicolas Barros.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Eles ressaltam que a expectativa é que apenas o diesel seja reajustado. A última vez que a Petrobras elevou o preço deste combustível foi em dezembro de 2023. Desde então houve períodos de grandes descontos, como em fevereiro e julho de 2024, de -15% a -17%.
O BofA mantém a recomendação de compra para as ações da Petrobras, depois de desenvolvimentos importantes que ajudaram a apaziguar preocupações sobre governança corporativa, precificação de combustíveis e dividendos. Os analistas consideram que esta semana é uma importante oportunidade para a Petrobras “mais uma vez demonstrar melhoria na frente de governança corporativa”.
Além disso, continuam a esperar forte geração de caixa e retornos no curto prazo. O preço-alvo para o ADR é de US$ 16,50, o que significa um potencial de alta de 30,2% em relação ao fechamento da última terça-feira (28) na Nyse.