MB anuncia oferta de quase R$ 3 bi que une o mundo cripto com a economia real

Os recordes de preço do bitcoin dos últimos anos atraíram a atenção dos investidores em direção às oportunidades de investimentos que a indústria de criptomoeda proporciona. Por ser o maior ativo digital em valor de mercado, o BTC surge como uma porta de entrada para aqueles que buscam retornos elevados ou acreditam no potencial disruptivo dos criptoativos.

Atento a essa demanda, o Mercado Bitcoin (MB) anuncia nesta quinta-feira (7) a distribuição de até US$ 500 milhões, equivalente a R$ 2,73 bilhões ao considerar a cotação do dólar comercial de quarta-feira (6), em tokens de ativos reais para os próximos anos. O retorno médio desses investimentos, segundo o MB, é equivalente a um CDI (Certificados de Depósitos Interbancários) + 3,1% ao ano.

A operação faz parte de uma parceria com a Plume que empresa de blockchain responsável por criar a infraestrutura necessária para a negociação dos tokens atrelados a ativos da economia real.

“Permitimos que pequenas e médias empresas, muitas vezes excluídas do crédito tradicional, captem recursos de forma mais eficiente por meio da tokenização. Ao mesmo tempo, damos a investidores brasileiros e estrangeiros acesso a ativos que anteriormente eram restritos a um grupo seleto”, diz Fabrício Tota, Vice-Presidente de Novos Negócios do MB e colunista do E-Investidor.

A oferta consiste na estruturação de tokens que possuem lastro em instrumentos de crédito privado, como dívidas corporativas e contas a receber. A parceria, no entanto, não é um caso isolado. No início do ano, o MB e a Plume fizeram uma oferta similar, mas com um volume de distribuição bem menor: US$ 40 milhões (R$ 218,4 milhões). A rodada de investimento teve grande adesão dos investidores e esgotou em apenas quatro meses. Hoje, os ativos acumulam retornos de até 18%.

“Ultrapassar US$ 40 milhões em ativos tokenizados em um curto período é uma validação de que o mercado está pronto para uma adoção em larga escala de ativos do mundo real na blockchain“, afirma Chris Yin, CEO da Plume.