- Em abril deste ano uma lei que reduz as dívidas da empresa com o governo em 50% entrou em vigor;
- O benefício contribuiu para que a Oi repensasse sua estrutura e planejasse leilões com retornos bilionários;
- Nos próximos dias, é esperado que novos leilões gerem um retorno de R$ 22 bilhões à empresa com a venda da Oi Móvel para o consórcio TIM.
Depois das ações da Oi se desvalorizarem quase 90% em um curto período de tempo, a empresa foi conduzida de volta à corrida
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Após 4 anos em processo de recuperação judicial, a Oi (OIBR3 e OIBR4) passou por surpresas positivas em 2020. Em abril deste ano uma lei que reduz as dívidas da empresa com o governo em 50% entrou em vigor. O benefício contribuiu para que a Oi repensasse sua estrutura e planejasse leilões com retornos bilionários.
Entre os ativos estão o data center e as torres de telefonia móvel, angariados pela americana Highline e pela Titan Venture Capital. Os valores somados renderam um montante de R$ 1,3 bilhão. Já nos próximos dias, é esperado que novos leilões gerem um retorno de R$ 22 bilhões à empresa com a venda da Oi Móvel para o consórcio TIM (TIMS3), Vivo (VIVT4) e Claro. O fim será desenterrar a Oi do processo de recuperação judicial.
Oi deve gerar caixa em 2022
Apesar disso, a sorte não é a única dona do acaso. Depois das ações da Oi se desvalorizarem quase 90% em um curto período de tempo, a empresa foi conduzida de volta à corrida por Rodrigo Abreu. Em entrevista ao Estadão, o CEO disse que a empresa deve voltar a gerar caixa entre 2022 e 2023. O otimismo e a boa ventura atraíram investidores interessados no potencial de upside das ações da Oi.
Lei de Falência
A jornada de cavalo azarão que ganha a corrida de cavalos se complementa pelo novo projeto de lei de falências e recuperação judicial. Após aprovação pelo congresso, a lei que poderá cortar as dívidas da Oi em até 70% aguarda sanção presidencial.
2020 marcou a história da Oi
Não seria exagero dizer que a empresa deixou de ser uma chacota nacional para figurar entre as mais contempladas. Se alguém tivesse me contado que a Oi passaria por um sistema tão consistente de vitórias em 2020, talvez eu não acreditasse. Aí reside a importância de analisar uma empresa por seu conjunto total, desde as pessoas envolvidas em sua gestão, até a estratégia a longo prazo programada.
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A Oi (OIBR3, OIBR4) é uma prova de que nem sempre os analistas estão corretos e nem sempre os números representam exatamente o potencial de uma empresa. Assim como uma companhia de tecnologia pode ter uma valorização surpreendente que os balanços não demonstram com precisão, executivos à frente das empresas, como no caso do Rodrigo Abreu, precisam ter um papel mais relevante na análise de uma ação, principalmente no caso de uma empresa em recuperação judicial ou que passa por um processo de turnaround, como no caso da Via Varejo.
Leia a matéria sobre o acordo de dívida da Oi aqui.
Assista ao vídeo exclusivo sobre os ensinamentos das ações da Oi (OIBR3 e OIBR4):
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