Benefícios corporativos adicionaram 32% ou cerca de 1/3 na renda mensal dos trabalhadores brasileiros no segundo trimestre de 2024, de acordo com dados do Panorama de Benefícios Brasil.
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A pesquisa encomendada pela Alelo, especialista em benefícios, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) indicou que, em junho, os montantes de vale-alimentação (VA) e vale-refeição (VR) acumularam uma soma média de R$ 941,2 à renda média recebida no período, de R$ 2.941 – calculada pela Pnad Contínua Mensal.
O mês de junho também representou um bom momento da empregabilidade do País, com o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) informando saldo positivo de 201.705 postos de trabalho formais no período.
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Somado a isso, o VA teve também uma valorização de 4,6% acima do principal índice de inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com o valor recebido, de R$ 412,40, sendo suficiente para arcar com pouco mais da metade (52,4%) do valor integral médio da cesta básica, de aproximadamente R$ 788, calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Esses resultados também representam o maior patamar de contribuição do benefício alimentação sozinho em quatro anos, segundo a Alelo. A última alta histórica foi em fevereiro/março de 2020, quando correspondeu a 14% da renda média dos brasileiros.
O benefício refeição também teve uma valorização de 3,2% acima da inflação, com valor mensal recebido (R$ 528,8) equivalente a 18% do rendimento médio mensal desses trabalhadores. O montante foi responsável por custear 10 das 22 refeições de junho – o que corresponde a uma refeição completa por dia útil durante duas semanas de trabalho. Para garantir a duração desse dinheiro, o intervalo médio entre as transações efetivadas foi de quatro dias, ou seja, compras com o VR foram feitas quase duas vezes por semana.
Na média nacional, o gasto com o benefício com alimentação fora do lar, o VR, foi de R$ 41,1 por transação em junho, uma queda de 2,1% no último ano. Já com o VA, os beneficiários gastaram em média R$ 94 por transação, o que corresponde a uma queda de 2,6% em relação ao mesmo mês de 2023, e utilizando o cartão cerca de uma vez por semana.
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Vale lembrar, no entanto, que apenas funcionários empregados com carteira assinada no setor privado recebem os benefícios corporativos, sem contabilizar os trabalhadores domésticos.
Valores das refeições completas pelo Brasil
O Fipe realizou ainda um ranking de capitais de acordo com o valor da refeição completa com base nas informações da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) e inflação da refeição via IPCA.
Florianópolis (SC), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) lideram a lista, com refeições que custam cerca de R$ 63, R$ 60,40 e R$ 60,30, respectivamente. Em contraste, as capitais em que refeições completas custaram, em média, relativamente menos no país incluíram Teresina, custando R$ 36,80, Goiânia a R$ 37,40 a alimentação e, por fim, Belo Horizonte que cobra cerca de R$ 37,90 aos trabalhadores. Confira o ranking completo:
Capital | Preço das refeições |
---|---|
FLORIANÓPOLIS | R$ 58,1 |
RIO DE JANEIRO | R$ 55,4 |
SÃO PAULO | R$ 54,8 |
NATAL | R$ 53,9 |
RECIFE | R$ 52,0 |
VITÓRIA | R$ 51,5 |
CAMPO GRANDE | R$ 50,9 |
MACEIÓ | R$ 50,7 |
PALMAS | R$ 50,2 |
SALVADOR | R$ 47,4 |
CURITIBA | R$ 45,1 |
MANAUS | R$ 45,0 |
JOÃO PESSOA | R$ 44,2 |
CUIABÁ | R$ 44,1 |
BRASÍLIA | R$ 42,9 |
SÃO LUÍS | R$ 42,1 |
ARACAJU | R$ 41,2 |
BELÉM | R$ 38,8 |
FORTALEZA | R$ 38,7 |
PORTO ALEGRE | R$ 38,4 |
TERESINA | R$ 34,5 |
GOIÂNIA | R$ 34,5 |
BELO HORIZONTE | R$ 33,9 |
Os benefícios corporativos também contaram com um aumento do poder de compra nos últimos 12 meses com o VA e VR, de 1,5 e 1,7 pontos percentuais, respectivamente.