Não parou de subir! Bitcoin avança mais de 2% e tenta voltar para os US$ 60 mil

O bitcoin dá continuidade ao seu movimento de valorização e consegue ficar próximo dos US$ 60 mil, patamar que havia perdido no início da semana em meio ao caos nos mercados globais. Nesta quarta-feira (7), próximo das 10h00 (de Brasília),  a maior criptomoeda em valor de mercado crava o seu segundo dia de alta consecutivo e sobe cerca de 2,58%, sendo negociado a US$ 57,1 mil.

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O movimento de valorização demonstra que o pânico vivenciado pelos investidores com o risco de recessão dos Estados Unidos e alta de juros no Japão foi mais baseado em uma reação especulativa dos mercados do que sobre fundamentos. “É óbvio que a situação econômica norte-americana não é simples e o aumento de juros no Japão também ajudou nessa desconfiança generalizada, mas um grande volume de capital estava pronto para comprar o mergulho”, diz Beto Fernandes, analista da Foxbit.

Os dados de ETFs também corroboram que os investidores institucionais seguem resilientes em relação ao mercado de criptomoedas. Mesmo com a desvalorização de 10% na última segunda, os fundos de BTC à vista apresentaram uma saída de US$ 168 milhões, segundo Fernandes. O valor é considerado baixo para o tamanho da indústria. “Por conta da queda, havia a expectativa de uma retirada consideravelmente maior”, acrescentou.

A tendência é que os próximos dias sejam de continuidade de ganhos, como ocorre com as bolsas tradicionais. Isso porque o Banco Central do Japão afirmou ontem que não pretende aumentar os juros enquanto os mercados estiverem instáveis. Além disso, com os números do PMI acima das expectativas, a narrativa de uma crise econômica nos EUA perdeu força.

O índice subiu de 48,8 em junho para 51,4 em julho, enquanto as expectativas previam um aumento menor, a 51, segundo as projeções da FactSet, empresa de dados financeiros. Ou seja, a única certeza que foi assimilada pelos investidores após os primeiros dias caóticos nos mercados em agosto foi a redução do juros nos Estados Unidos na próxima reunião doFederal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), nos dias 17 e 18 de setembro.

Caso essa projeção se concretize, a tendência é que os ativos de risco, como o bitcoin, se beneficie com o movimento dos investidores em direção a investimentos mais voláteis em busca de retornos maiores.

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