O que este conteúdo fez por você?
- Trabalhadores nascidos em julho já podem fazer saque do FGTS; período do saque vai até o último dia útil do mês seguinte ao aniversário
- Especialistas apontam que alguns investimentos podem compensar mais que a rentabilidade apresentada pelo FGTS e são alternativas ao dinheiro parado no fundo
- Prioridades com valor recebido devem ser pagamento de dívidas e formação da reserva de emergência
O saque-aniversário do Fundo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores nascidos em julho começou a ser feito nesta segunda-feira (3). Como regra, o período de saque vai do primeiro dia útil do mês de aniversário do beneficiário até o último dia útil do mês seguinte. Mas, afinal, o que fazer com esse valor adicional na conta?
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Especialistas apontam que o saque-aniversário é uma boa alternativa para começar a investir ou aumentar o bolo de recursos aplicados. Ativos financeiros como Certificados de Depósito Bancário (CDB) e o Tesouro Selic, por exemplo, oferecem segurança e rendimentos superiores ao ganho do dinheiro parado no FGTS.
Como recomendam educadores e planejadores financeiros ouvidor pelo E-Investidor, o aporte dos valores recebidos por meio do saque-aniversário devem sempre obedecer o planejamento financeiro do beneficiário, priorizando objetivos de curto, médio ou longo prazo de acordo com o que já havia definido.
Reserva de emergência e dívidas
Antes mesmo de entrar no planejamento de investimentos à curto, médio e longo prazo, os valores do saque-aniversário também podem ser importantes para colocar a vida financeira nos eixos. A prioridade, via de regra, deve ser o pagamento de dívidas e, na sequência, a formação de uma reserva de emergência — recomenda-se que ela seja composta pelo equivalente de 6 a 12 meses de custo de vida.
Na avaliação de Rodrigo Azevedo, economista, planejador financeiro e sócio-fundador da GT Capital, aderir ao saque-aniversário é interessante desde que o indivíduo tenha um bom controle de seu orçamento pessoal. Para o planejador, quando investido em ativos com melhor rentabilidade e tenha como destino o pagamento de dívidas com juros altos ou complementação temporária de renda, faz sentido.
“Se esses dois passos estiverem completos (pagamento de dívidas e reserva de emergência), o investidor deve revisitar o planejamento financeiro e alocar os recursos do saque-aniversário em investimentos de acordo com o que foi estabelecido por ele mesmo anteriormente no seu planejamento” aponta Bruno Mori, economista com certificação CFP e sócio fundador da consultoria Sarfin.
Possibilidades para investir o saque-aniversário
Em geral, os especialistas consultados pelo E-Investidor indicador que o recurso do saque-aniversário do FGTS seja investido em ativos de renda fixa, buscando opções mais coerentes com seus objetivos.
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Para investimentos que miram objetivos em curto prazo, a recomendação vai para Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e o Tesouro Selic. Estes são os chamados títulos pós-fixados, em que a rentabilidade do valor investido está sujeita e varia conforme um indicador.
A rentabilidade dos CDBs está atrelada ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), ao passo em que a rentabilidade do Tesouro Selic se dá pela variação da própria taxa básica de juros, a Selic. No fim, a rentabilidade desses dois indicadores é similar, já que o CDI está relacionado à taxa de juros.
“Os patamares atuais da taxa de juros possibilitam uma rentabilidade muito superior a do FGTS. No caso de reserva de emergência, os CDBs pós-fixados com liquidez diária de bancos ou o Tesouro Selic são as melhores opções”, aponta Azevedo. A rentabilidade do FGTS equivale à Taxa Referencial (TR) + 3% ao ano. Enquanto isso, a taxa Selic está em 13,75%.
Estes são investimentos com maior liquidez, ou seja, a facilidade de transformar o ativo em dinheiro, para eles, é maior. Para reservas de emergência, por exemplo, a possibilidade de saque no mesmo dia, ou no dia seguinte ao pedido, é recomendada.
Já para investimentos com objetivo em mais longo prazo, pode buscar por títulos prefixados ou atrelados ao IPCA (índice oficial de inflação no Brasil). “O famoso IPCA+ nada mais é que a inflação do período mais uma taxa fixa, que permite o ganho real, e o aumento do poder de compra de fato”, explica Idean Alves, educador financeiro, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos.
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Os títulos prefixados, por outro lado, tem uma taxa determinada no momento da sua contratação. Isso significa que o investidor sabe exatamente qual valore receberá ao fim do prazo da aplicação.
Títulos como o IPCA+ e o prefixado podem perder rentabilidade se sacados antes do prazo. “Os vencimentos longos não devem ser resgatados a qualquer momento, o que acaba sendo vantajoso para quem quer ter mais acúmulo de capital lá na hora do resgate”, afirma Alves.