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- A Coinbase, corretora americana de criptomoedas, realizou IPO na Nasdaq na última quarta-feira (14)
- A empresa foi avaliada em quase US$ 100 bilhões, o equivalente a meio trilhão de reais
- Entre os brasileiros que investem em WallStreet por meio da corretora internacional Stake, o ativo se tornou o mais negociado. A procura superou a busca por papéis como os da Tesla
Na última quarta-feira (14), a corretora norte-americana de criptomoedas Coinbase realizou IPO na Nasdaq. A empresa foi avaliada em quase US$ 100 bilhões, o equivalente a meio trilhão de reais.
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A abertura de capital foi uma das mais aguardadas e marcantes de 2021: em 48 horas de negociação atraiu investidores do mundo todo. os papéis foram precificados a US$ 381 cada, um salto de 52,4% em relação ao preço de referência, de US$ 250.
Entre os brasileiros que investem em Wall Street através da corretora internacional Stake, o ativo se tornou o mais negociado (35,48%) dos últimos dois dias. A procura pela plataforma de criptomoedas superou, inclusive, a busca por papéis como os da Tesla (11,48%), de Elon Musk, e Nio (8,73%), empresa chinesa que também fabrica carros elétricos.
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O levantamento da corretora considerou as negociações de 300 mil clientes. Nas primeiras 24 horas em que os papéis ficaram disponíveis, foram realizados mais de 2 mil trades na corretora, com um volume de transação de quase 4 milhões de dólares ao redor do mundo.
Em dois dias, esse número dobrou para 4 mil trades e 8 milhões de dólares investidos. Atualmente, um terço de todos os trades realizados no mundo pela Stake são feitos com ações da Coinbase.
“Cada vez mais os nossos clientes buscam alavancar seus investimentos por meio de ações e ETFs relacionados à blockchain. Os dados que estamos vendo confirmam isso”, afirma Paulo Kulikovsky, COO da Stake.
Com mais de 56 milhões de usuários em todo o mundo, a Coinbase possui cerca de 223 bilhões de dólares em ativos em sua plataforma. O montante corresponde a 11,3% de participação no mercado de criptomoedas.
As ações mais negociadas pelos brasileiros em Wall Street
1º – Coinbase (COIN): 35,48%
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2º- Tesla (TSLA) – 11,48%
3º – Nio Inc. (NIO) – 8,73%
Sobre a Coinbase
Fundada em 2012, a Coinbase sempre pretendeu ser mais do que um mercado em que as pessoas comprassem e vendessem dinheiro digital. O objetivo é de se tornar uma ponte entre o anárquico mundo das criptomoedas e as finanças convencionais.
Apesar de sua história ter sido tumultuada em certos momentos, a empresa não está longe de sua meta: os usuários não precisam de um diploma em criptografia para se beneficiar de seus serviços (apesar do atendimento ao cliente ser conhecidamente problemático); a firma mantém boas relações, de maneira geral, com agências reguladoras e bancos; e, ao contrário de outros câmbios de criptomoedas, até agora tem evitado se tornar vítima de algum hack catastrófico.
Em outros aspectos, porém, os prospectos da firma são incertos. Apesar de ter variado um pouco e passar a oferecer serviços como guardar e armazenar ativos em criptomoedas, as taxas das transações ainda representaram até 96% de sua receita no ano passado.
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Isso não significa somente que sua sorte depende fortemente das condições da economia das criptomoedas, que podem ser voláteis; significa também que sua fatia de participação nesse mercado poderia diminuir se a concorrência aumentar. Dos US$ 335 bilhões negociados no primeiro trimestre de 2021, a empresa ficou com cerca de 0,5% em taxas – muito mais, por exemplo, do que a Nasdaq, a bolsa de valores em que a Coinbase é listada.
*Com Reuters e The Economist