- O investimento na bolsa de valores está se popularizando, mas a negociação de ações oferece riscos. Conheça as principais dicas antes de investir!
(Aléxis Cerqueira Góis, especial para o E-Investidor) – Como investir na bolsa de valores? A verdade é que a compra e a venda de ações não é um investimento tão simples quanto as aplicações em renda fixa, caso da poupança, e é necessário maior cuidado para garantir um retorno positivo.
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É claro que há vantagens em investir em ações, já que é um investimento inicial baixo e com possibilidade de recebimento periódico de dividendos. De forma geral, os papéis tendem a oferecer excelente rentabilidade a longo prazo e podem ser negociados a qualquer momento.
Além disso, o Imposto de Renda é cobrado somente sobre os rendimentos, no momento da saída do investimento, para valores maiores que R$ 20 mil.
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Contudo, esse ainda é um de investimento de risco. Técnicas e estratégias podem ajudar a identificar tendências de alta ou baixa de uma ação na bolsa de valores, mas os resultados nunca são garantidos.
Por esse motivo, é necessário aprender como investir na bolsa de valores com o intuito de ter um mínimo de conhecimento para entrar no mercado financeiro com segurança.
Como investir na bolsa de valores?
1 – Faça o teste de perfil do investidor
Antes de realizar qualquer operação na bolsa de valores, é importante conhecer quais são seus objetivos com o investimento, suas expectativas e a tolerância aos riscos.
Vale aqui também uma importante dica: a realização da análise do perfil do investidor é obrigatória, conforme Instrução Normativa n. 539 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A análise é realizada a partir de um formulário simples, que pode ser preenchido em aproximadamente cinco minutos, com perguntas que se referem à idade do investidor, ao nível de conhecimento sobre o mercado financeiro, à condição econômica, ao volume de recursos disponíveis para o investimento e ao prazo pretendido para deixar o capital investido.
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A partir do teste, os investidores são classificados em conservadores (aversos aos riscos), moderados (ou que aceita certo risco nas aplicações) ou agressivos (com alta tolerância aos riscos e baixa necessidade de liquidez em curto prazo). Essa classificação deve balizar toda a estratégia de compra e venda de ações.
2 – Escolha em quais ações investir
O perfil do investidor influenciará nos tipos de ações a serem comprados. Investidores que querem uma renda mais estável devem buscar papéis de empresas de setores menos voláteis, como os de companhias de infraestrutura.
Já os mais agressivos podem optar por segmentos com forte sazonalidade, como varejo, companhias áreas e empresas de turismo.
Isso não significa, porém, que o investidor deve colocar todo seu capital em apenas um setor ou empresa da bolsa de valores. Uma das principais dicas de especialistas na hora de montar uma carteira de ações é diversificar o portfólio de investimentos. Dessa forma, o investidor poderá diminuir o risco das operações.
Na escolha das ações, também é importante observar a saúde financeira da companhia. As ações de uma empresa sólida podem ter momentos de baixa, mas a médio e longo prazos tendem a recuperar seu valor.
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Além disso, é essencial que os papéis tenham um bom volume de negociação, o que torna o investimento líquido, ou seja, fácil de ser recuperado caso haja necessidade.
3 – Encontre o melhor momento para o investimento
O investidor deve ficar atento a fatores macroeconômicos, como a economia global e do país que a companhia faz parte, a inflação e a taxa de juros da economia e o cenário político.
Também devem compor a análise as características microeconômicas, como o crescimento do setor, a receita, o custo e as dívidas da companhia e de suas concorrentes.
Outro ponto importante para encontrar o melhor momento para investir é acompanhar o comportamento do valor da ação. A análise técnica do gráfico permite identificar padrões para definir quais são os pontos mais favoráveis para a compra ou venda de um papel.
Vale lembrar uma “regra de ouro”: sempre compre na baixa e venda na alta, nunca o contrário.
4 – Confie nos especialistas da corretora
A negociação de ações na bolsa de valores é realizada apenas por meio de uma corretora.
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Além de intermediar os investimentos, essas empresas contam com uma equipe de especialistas para assessorar financeiramente os investidores e fornecem periodicamente relatórios de empresas e análises de mercado com informações cruciais.
As corretoras também costumam divulgar uma orientação geral de composição de carteira de ações. Algumas corretoras, como a Ágora Investimentos, oferecem produtos mais personalizados para seus clientes a partir do perfil e dos objetivos do investidor.
O documento traz informações como histórico de rentabilidade, volume de negócios e perspectivas para o futuro. Na análise da corretora, os especialistas podem apontar um preço-alvo para cada ação, que é o valor potencial de cada papel, calculado a partir do fluxo de caixa descontado com previsão para o fim do ano corrente.
Fonte: Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Professores do Sucesso, Bússola do Investidor, B3, Investnews, Ágora Investimentos.
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